Em encontro com estudantes da Unesc, presidente do CVV fala sobre “Valorização da Vida”
“O importante não é o fato, mas o que levou ela a fazer isso. Suicídio é um processo. E por isso, é preciso ficar atento aos sinais e se aproximar da pessoa para falar sobre o assunto. É preciso tentar abrir um vínculo de relacionamento com ela, para que não se isole”. A afirmação é do presidente do CVV (Centro de Valorização da Vida), Robert Gellert Paris Junior, que nesta quarta-feira (13/9), esteve na Unesc para uma roda de conversa com estudantes e professores do curso de Psicologia sobre “Valorização da Vida”.
O encontro foi organizado pela Diretoria de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias da Unesc e fez parte das atividades alusivas ao Setembro Amarelo, campanha nacional de prevenção ao suicídio, criada no ano 2015, em Brasília pela iniciativa do CVV, do Conselho Federal de Medicina e da Associação Brasileira de Psiquiatria.
“Quando vamos atender uma pessoa, pensamos que a gente pode estar no outro lado da linha a qualquer momento. O suicídio assusta mesmo, mas precisamos falar sobre. Quando isso for debatido abertamente na mesa de jantar, nas escolas, nas empresas, estaremos contribuindo para quebrar esse tabu e reduzir a taxa de suicídio”, afirma.
Segundo Paris, oficialmente, há 12 mil pessoas tirando a própria vida todos os anos e cada suicídio afeta dez pessoas ao redor, os chamados “sobreviventes de suicídio”, que também precisam de apoio. “Temos diversos grupos que fazem esse trabalho pelo Brasil. E muita gente que chega afetada pelo suicídio na família, se transforma em apoiadora de outras pessoas que passaram pela mesma situação”, conta.
CVV
Os contatos com o CVV são feitos pelos telefones 188 (24 horas por dia e sem custo de ligação), pessoalmente (nos 93 postos de atendimento), pelo site www.cvv.org.br, pelo chat ou e-mail. Nesses canais, são realizados mais de 2 milhões de atendimentos anuais, por aproximadamente 2.400 voluntários, localizados em 19 estados, mais o Distrito Federal.
Além dos atendimentos, o CVV desenvolve em todo o país, outras atividades relacionadas a apoio emocional, com ações abertas à comunidade, que estimulam o autoconhecimento e melhor convivência em grupo e consigo mesmo. A instituição também mantém o Hospital Francisca Julia, que atende pessoas com transtornos mentais e dependência química em São José dos Campos-SP. O Centro de Valorização da Vida atua no Brasil desde 1962 e é uma associação civil sem fins lucrativos.
Mais informações pelo site Setembro Amarelo (clique aqui)
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
13 de setembro de 2018 às 09:50