Engenharia Química

Unesc e Celesc desenvolvem projeto para facilitar detecção de problemas elétricos

Unesc e Celesc desenvolvem projeto para facilitar detecção de problemas elétricos
Parceria resultou em sensores térmicos que ajudam no monitoramento (Foto: Divulgação) Mais imagens

Facilitar a detecção de problemas em sistemas de distribuição elétrica é um dos objetivos do projeto que a Unesc desenvolveu para o Programa P&D (Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico) Celesc/Aneel. Pesquisadores da Universidade desenvolveram sensores utilizando cristais líquidos para monitorar o sistema elétrico. Com o uso dos dispositivos, os técnicos da empresa responsável pela distribuição de energia elétrica vão conseguir monitorar com maior eficácia as linhas de transmissão, cabos e conectores, e assim, prever problemas que possam afetar o abastecimento de energia.

O projeto “Desenvolvimento de Sensores Térmicos baseados em Cristais Líquidos para a Monitoração de Pontos Quentes e Correntes de Fuga em Equipamentos de Sistema de Distribuição” iniciou em 2013 no LAPPA (Laboratório de Processamento Avançado de Polímeros), com a participação de professores pesquisadores do PPGCEM (Programa de Pós-Graduação em Ciências e Engenharia de Materiais), alunos do Mestrado em Ciências e Engenharia de Materiais e estudantes dos cursos de Engenharia de Materiais, Engenharia Mecânica e Engenharia Química da Unesc. O projeto tem recursos da ordem de R$ 1,3 milhão, oriundos do Programa P& D Celesc/Aneel.

Segundo o professor doutor Alexandre Gonçalves Dal-Bó, coordenador do projeto de pesquisa, a Celesc abriu um edital para submissão de projetos de P&D e a Universidade inscreveu o seu projeto. Até então, os técnicos da empresa utilizam uma câmera termográfica com infravermelho, aparelho elevado custo e de baixa disponibilidade.

“Buscamos desenvolver um novo sensor térmico, de fácil aplicação e interpretação, que indique em cada conexão ou equipamento a alteração da temperatura através da variação de cor. O trabalho de inspeção não dependeria mais das câmeras e pessoas com treinamento específico para operar o equipamento com infravermelho, podendo assim, outras pessoas que atuam no sistema ajudar no monitoramento”, afirma Dal-Bó.

Segundo o professor doutor da Unesc, Tiago Elias Allievi Frizon, que também fez parte da equipe de pesquisadores, o protótipo do sensor térmico com cristais líquidos foi testado por técnicos da Celesc e teve bons resultados. “Fizemos uma inovação de aplicação do sensor com cristais líquidos. Com ele é possível ver, a olho nu, as alterações nas redes de energia elétrica”, comenta. Segundo Frizon, o sensor vai responder a qualquer alteração na temperatura habitual de funcionamento das redes de distribuição, sendo que o mesmo muda de cor, indicando problema: branco (até 75º C); azul (75º C a 90º C) e preto (acima de 90º C, o que é sinal de problemas na rede).

A próxima etapa, segundo Dal-Bó, é a submissão do projeto a novos editais para aprimorar o protótipo desenvolvido e para aplicação como lote pioneiro/inserção de mercado nos editais Celesc. Além da Celesc, outras empresas que tenham necessidade de indicação da temperatura em seus componentes podem fazer uso do produto desenvolvido pela Unesc, futuramente.

O projeto na área de P&D rendeu duas propriedades intelectuais, três defesas de mestrado, três artigos científicos de elevado índice de impacto, trabalhos internacionais e nacionais.

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

02 de setembro de 2016 às 20:46
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