Engenharia Química

Planta piloto da Unesc transforma subproduto do carvão em material para fabricação de cimento

Planta piloto da Unesc transforma subproduto do carvão em material para fabricação de cimento
Projeto foi inaugurado nesta quinta-feira (Foto: Mayra Lima) Mais imagens

Garantir o uso de menos energia na fabricação de cimento e trazer mais durabilidade às construções, utilizando um dos subprodutos do carvão. Esse é o Projeto Pozolana, desenvolvido pelo LabValora (Laboratório de Valoração de Resíduos) do IDT (Instituto de Engenharia e Tecnologia), do Iparque (Parque Científico e Tecnológico da Unesc). O projeto é inédito no Brasil e a inauguração da planta piloto ocorreu nesta quinta-feira (30/7).

Pozolana é o nome dado a todo tipo de material que desenvolve características de cimento na presença de cal. A pozolana estudada no laboratório do Iparque é derivada de um subproduto do carvão, os argilominerais, que são separados do carvão, no processo de “lavagem” após a retirada da mina.

Para a pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão, Luciane Ceretta, o projeto irá trazer grandes benefícios. “É um produto forte, com potencial inovador e que traz diferentes significados dentro do âmbito da pesquisa do ensino e da extensão. Envolve o conhecimento, os valores ambientais e potencializa a economia”, ressaltou.

A diretora da UNA CET (Unidade Acadêmica das Ciências, Engenharias e Tecnologias), Ângela Piccinini, afirmou que essa é mais uma conquista da Universidade. “Todos nós sabemos o quanto precisamos do cimento, e poder fazer esse material de resíduos é inovador”, destacou.

Segundo o diretor do Iparque (Parque Científico e Tecnológico), Marcos Back, o projeto só pode ser desenvolvido por conta das parcerias. “Esse é mais um projeto construído em conjunto com a Universidade e as empresas e entidades parceiras. Por isso, nós queremos agradecer e frisar que o Iparque está aberto para desenvolver novos projetos que possam beneficiar a população cada vez mais”, afirmou.

A pesquisa é coordenada pelos professores doutores Agenor De Noni Junior, Michael Peterson e Adilson Oliveira e tem a participação de alunos e egressos do curso de Engenharia Química e do Mestrado em Engenharia e Ciência de Materiais, ambos da Unesc, e de engenheiros e técnicos de mineradoras.

“A finalização dessa primeira etapa me deixou muito entusiasmado para o desenvolvimento da próxima. É uma enorme satisfação poder oferecer esse produto que contribui de forma significativa para a sociedade em termos ambientais. Agora temos novos desafios”, contou o pesquisador Agenor.

Ao término das atividades do projeto, a planta piloto permanecerá no Iparque e servirá para o desenvolvimento de pesquisas nas áreas de resíduos do setor mineral e industrial.

Montagem de usina

O próximo passo é o estudo de viabilidade econômica para a montagem de uma usina para produção em grande escala de pozolana. O Projeto Pozolana  tem um investimento de R$ 4,6 milhões, com aporte de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e de uma empresa do setor carbonífero da região.

A intenção da mineradora é montar uma usina com capacidade para a transformação de 600 toneladas/dia de minerais – que seriam descartados como resíduos do processo de extração do carvão – em pozolanas para a indústria cimenteira.

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

30 de julho de 2015 às 21:49
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