PPGCA - Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais

Defesa Pública de tese - DANILO BARBOSA DE ARRUDA

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais convida a comunidade acadêmica para a Defesa Pública de Tese abaixo relacionada:

Doutorando: DANILO BARBOSA DE ARRUDA

Título: “AMÉRICA LATINA E RECURSOS NATURAIS: ENTRE A RETÓRICA DESENVOLVIMENTISTA E O DISCURSO NEOLIBERAL”.

BANCA EXAMINADORA

Membros Titulares:
Prof. Dr. Geraldo Milioli (Presidente e Orientador)

Prof. Dr. Nilzo Ivo Ladwig (UNESC)

Profa. Dra. Natália Martins Gonçalves (UNESC)

Prof. Dr. Daniel Rubens Cenci (UNIJUI)

Prof. Dr. Nicolas Floriani (UEPG)

Membro Suplente:

Profa. Dra. Teresinha Maria Gonçalves (UNESC)

Resumo: Para tentar compreender o panorama latino-americano vigente é preciso usar recursos históricos, culturais, espaço-temporal, contextualizar e tecer uma conjectura de escravidão, dominação indígena e sistema produtivo que engendraram as raízes do subdesenvolvimento atual. Nesta esteira, devido à complexidade do tema, se faz necessário uma analise sistemática e devidamente fundamentada do sistema produtivo no passado e no presente, com a reprodução do capital a qualquer custo, mesmo que isso signifique o esgotamento dos recursos naturais. O sistema capitalista tal como está colocado tem assegurado a reprodução do lucro e garantia de reserva mercado tanto como produtor de matéria-prima, como consumidor no cenário da periferia global como limitações ante os países da América Central, Caribe e América do Sul, denominados genericamente ‘ América Latina’. Ante a necessidade de compreender o arcabouço que permitiu o desenrolar do neoliberalismo, globalização e manutenção de um sistema produtivo, científico e tecnológico em colapso, o papel da América Latina tem destaque para estratégias de perpetuação da ordem internacional em vigor. Este trabalho não tem o condão de exaurir a temática que cerca a América Latina, seus desafios e perspectivas para a seara humana, social, ambiental e político-econômico, mas sim, contemporizar as ambivalências e simbolismos inerentes aos mesmos. Consoante o exposto, os objetivos do presente visam um estudo interdisciplinar entre desenvolvimento regional latino-americano, epistemologia do sul e o tratamento da problemática latino-americana sob uma visão interna. Assim sendo, o (sub) desenvolvimento das nações latino-americanas traz para o cerne a discussão do modelo hegemônico ocidental de civilizações, seus paradoxos e insustentabilidade. A proposta de trabalho vincula-se a uma perspectiva teórica e qualitativa, com análise de dados secundários, uso de fonte e revisão bibliográfica otimizando o tema tratado para construção da justificativa. Os resultados oportunizam uma releitura da América Latina, numa interface entre sustentabilidade e sociedade, sob o eixo de uma ciência pública que avança para questionar os dilemas latino-americanos pertinentes ao desenvolvimento local.

Palavras-chave: Sistema Produtivo. Desenvolvimento Local. Sustentabilidade. Latinoamericano.

Data: 08/03/2019               Horário: 09h30min             Local: Bloco P – Sala 18

Por: Michele Ribeiro Dos Santos 01 de março de 2019 às 14:29
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Defesa Pública de tese - JOSÉ CARLOS VIRTUOSO

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais convida a comunidade acadêmica para a Defesa Pública de Tese abaixo relacionada:

Doutorando: JOSÉ CARLOS VIRTUOSO

Título: “AS DINÂMICAS DE PODER NA APROPRIAÇÃO DOS RECURSOS COMUNS COM RECORTE NO USO DA ÁGUA NA BACIA DO RIO URUSSANGA, SOB O ENFOQUE DOS PRINCÍPIOS DE ECODESENVOLVIMENTO”.

BANCA EXAMINADORA

Membros Titulares:
Prof. Dr. Carlyle Torres Bezerra de Menezes (Presidente e Orientador)

Profa. Dra.Viviane Kraieski de Assunção (UNESC)

Prof. Dr. Carlos Renato Carola (UNESC)

Prof. Dr. Rodrigo Rodrigues de Freitas (UNISUL)

Prof. Dr. Reginaldo Geremias (UFSC)

Membro Suplente:

Prof. Dr. Álvaro José Back  (UNESC)

Resumo: Esta tese tem como objetivo analisar as dinâmicas de poder determinantes na apropriação dos recursos comuns, com recorte no uso dos recursos hídricos na bacia hidrográfica do rio Urussanga dentro do modelo de gestão participativa preconizado pela Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), sob o enfoque dos princípios de ecodesenvolvimento. Sua realização foi motivada pelo cenário atual de escassez hídrica em âmbito global, como consequência do modelo econômico predatório originado com a Revolução Industrial, e consolidado como hegemônico nos dois últimos séculos, responsável por uma crise ambiental planetária sem precedentes. Orientado para a exploração ilimitada dos recursos naturais e sua transformação em bens de consumo, conforme reza o paradigma neoliberal, o processo em questão é responsável pela devastação dos ecossistemas e do atual desequilíbrio ecológico, que tem nas mudanças climáticas uma de suas principais implicações. Tal quadro também se configura no lócus do estudo, no caso uma bacia hidrográfica situada na Região Carbonífera do Sul catarinense, onde as atividades econômicas, em pouco mais de um século, foram responsáveis pela degradação severa do ambiente, com a contaminação do solo e, de forma quase irreparável, da água. Trata-se da menor bacia hidrográfica do Estado e a mais poluída, notadamente, devido à mineração de carvão, dentre outras fontes poluentes. De abordagem qualitativa, a pesquisa, nas modalidades bibliográfica, documental e de campo, ajudou a desvelar os arranjos socioeconômicos tecidos no território em questão, transcorridos em ciclos, identificando elementos que mostram a assimetria nos espaços de tomada de decisão local.  O modelo de análise utilizado à consecução dos objetivos foi o de Oakerson (1992), adaptado a partir da proposta do Institutional Framework for Policy Analysis and Design (IAD), voltada à gestão dos comuns. Por meio desse instrumento, pôde-se validar a hipótese de que há, da parte do segmento econômico, sobreposição de poder em relação aos temas de interesse coletivo, como a água, cuja atuação dá-se alinhada aos segmentos políticos, estabelecendo sua hegemonia em relação à sociedade como um todo. Nesse jogo, o setor carbonífero mostra-se muito acima dos demais setores, ao usar estratégias agressivas como o financiamento de campanhas políticas, rendendo-lhe representação junto às instâncias públicas, executivas e legislativas, nos âmbitos regional, estadual e federal, justamente o responsável pelos maiores impactos aos recursos hídricos, cuja contaminação por metais pesados presentes no carvão é irreversível do ponto de vista da potabilidade. Assim, não obstante os instrumentos legais voltados à tutela dos recursos hídricos e sua gestão como bem coletivo e de direito de todos, sua apropriação está ocorrendo de forma aleatória, como se fosse de livre acesso. Por conseguinte, o contexto dimensionado nesta tese indica a urgente necessidade de superação do atual modelo, vislumbrando-se um novo paradigma que enseje a participação efetiva da sociedade no planejamento do território e o seu empoderamento para as tomadas de decisão. Da mesma forma, a valorização das potencialidades locais como referência ao desenvolvimento territorial, em processos dinâmicos de aprendizagem social adaptativa para o estabelecimento de uma nova forma de governança.

Palavras-chave: Crise ambiental. Recursos comuns. Água. Escassez hídrica. Gestão hídrica. Ecodesenvolvimento e governança.

Data: 08/03/2019                  Horário: 08h30min               Local: Bloco P – Sala 16

Por: Michele Ribeiro Dos Santos 01 de março de 2019 às 13:31
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