Extensão

Acadêmicos do curso de Direito refletem sobre aprendizagens no contato com diferentes realidades

Acadêmicos do curso de Direito refletem sobre aprendizagens no contato com diferentes realidades
Os 170 estudantes da primeira fase participaram de ações que, conforme eles mesmos, os surpreenderam (Fotos: Divulgação) Mais imagens

Que aprendizagens a Universidade proporciona aos seus jovens estudantes de primeira fase quando lhes dá oportunidade de contato direto com diferentes pessoas e realidades, através de projetos de extensão do curso de Direito? Difícil mensurar. O melhor é deixar que eles mesmos falem: “ Vivemos em uma sociedade cheia de desigualdades, necessidades e intolerâncias. O projeto me ensinou mais sobre respeito, empatia e solidariedade”, diz Thalia Consenso Alievi, uma  das participantes das ações.

Neste primeiro semestre de 2019, os 170 estudantes de primeira fase do curso de Direito da Unesc realizaram 35 projetos de extensão Solidariedade, trabalhando 2.344 horas em 35 entidades públicas, sociais, comunitárias e filantrópicas, localizadas em 13 cidades do Sul catarinense: Araranguá, Cocal do Sul, Criciúma, Forquilhinha, Içara, Jacinto Machado, Maracajá, Nova Veneza, Sangão, Sombrio, Turvo e Urussanga, além de Torres (RS).

Percepção dos estudantes   

Confira, nas palavras dos acadêmicos, suas percepções sobre as atividades:

“Este tipo de aproximação com a comunidade é fundamental e serviu não apenas para nos apresentar exemplos emocionantes de superação, mas também para nos tornar futuros profissionais mais humanos”, Isabelli de Medeiros Uliana.

“Sempre estudei as desigualdades sociais e os sujeitos que estão a margem de direitos na sociedade, mas quando você participa do dia-a-dia desses sujeitos e eles deixam de ser algo que estão presente só nos artigos e tomam um espaço real, ganham nomes, ganham corpos ... Tive a oportunidade de ver no cotidiano as graves consequências do desiquilíbrio social e econômico que o capitalismo desenfreado traz para a vida das pessoas”, Maike Silveira Custódio.

“Antes de qualquer profissão, classe social ou religião somos cidadãos, temos deveres a cumprir e direitos a serem respeitados”, Diogo Francisco Costa

“Escolhi o Direito para poder ajudar outras pessoas e este projeto fez este sentimento aflorar ainda mais. Futuramente, como profissional do Direito, quero fazer a diferença na vida daqueles que precisam”, Mariana dos Santos Padilha.

“O projeto me fez perceber as diferenças que há entre a vida de alguém que está do lado de dentro de uma instituição comparada com a das pessoas que estão do lado de fora. Fiquei chocado com coisas que vi. Me fiz questionamentos: como será que deve ser não ver a sua própria família por semanas? Uma coisa é certa: o projeto pode acabar na forma de trabalho de faculdade, mas sua essência continuará em nossas vidas e nos influenciará para sempre”, Vinicius Galvani Cândido,

 “O projeto de extensão é, sem dúvida nenhuma, um divisor de águas neste primeiro contato que temos com a universidade. A universidade, por si só, nos proporciona uma mudança de paradigmas através do conhecimento e do contato com o novo, gerando um impacto profundo em todos nós como cidadãos. E quando, junto com este momento de ingresso na universidade, nos deparamos com um projeto de extensão deste nível, as mudanças e os impactos são mil vezes maiores. O projeto nos faz entender de uma forma mais ampla o nosso papel e a nossa responsabilidade como cidadãos e como futuros operadores do Direito”, Simone T. Cardoso Patrício

“Este projeto transformou minha vida e me ajudou a crescer como ser humano”, Mateus Rodrigues.

“O projeto foi uma experiência incrível que vai ficar na memória de cada um de nós”, Fabrício Inácio Machado.

“Aprendi a olhar o mundo de uma maneira diferente, que muitos precisam de ajuda e que com pequenas atitudes, podemos ir mudando o mundo aos pouquinhos, transformando-o em um lugar melhor para se morar, um lugar mais prestativo e acolhedor”, João Vitor Cardoso.

 “Tive o prazer e a oportunidade de vivenciar algo único e que poucos poderão falar sobre. Conheci pessoas. Vivi e poderei contar um dia para as próximas gerações. Riqueza nenhuma no mundo será capaz de comprar o sentimento bom de fazer o bem”, Mateus Amaro Moretto.

“É chocante quando nos deparamos com uma realidade tão diferente daquela que estamos acostumados.  O mundo precisa de mais amor. Precisamos olhar para o próximo com mais compaixão, pois isso também cura”, Michele Sbardelotto

“O projeto conseguiu florescer em mim algo que nunca tinha sentido antes. Comecei a dar valor as coisas simples da vida e que realmente importam, deixando de lado coisas fúteis que não nos acrescentam nada. Enfim, aprendi a valorizar o essencial”, Vitória Dajari Schaukoski.

“Aprendi e compreendi a importância de olhar para o próximo, observar o mundo que me cerca e a sociedade em que vivo, que está cheia de desigualdades e necessidades. Percebi que pequenas ações podem mudar o mundo”, Sharlon Estork José.

“Me fez repensar muita coisa em minha vida. Me trouxe um pouco mais de empatia, gratidão e amor pela vida e pelas pessoas. Pequenas coisas podem transformar o dia e a vida de alguém. Pude amadurecer e ser grata por tudo que tenho e a ter mais respeito e carinho por todos os seres humanos, sem exceção”, Gabriele da Silva Pereira.

“Com o projeto pude perceber que o Direito não trata só de leis que servem para manter a sociedade em harmonia. Mas se trata também do cuidado, amor, respeito e carinho com que devemos olhar e tratar o próximo. Serviu como lição”, Natally Januário Perfeito.

 “Ajudar as pessoas, além de ser um ato de bondade, é um ato que faz qualquer um evoluir como pessoa e enxergar com outros olhos o mundo à nossa volta. Qualquer gesto de ajuda faz a diferença”, Gabriele Josefino Demétrio.

“O projeto foi gratificante e de suma importância em vários aspectos. Trouxe uma reflexão sobre o amor, a solidariedade e a empatia que o mundo precisa. As vezes algo tão simples para mim, pode ser algo transformador e grandioso na vida do outro”, Lorizane Rodrigues.

 “No começo foi meio estranho, já que nunca tinha tudo uma experiência dessas em minha vida. Mas no final achei proveitoso, pois sempre aprendemos alguma coisa de bom quando se ajuda o próximo. Fizemos um bom trabalho”, Anísio Calegari Machado.

“O projeto nos faz sair da nossa zona de conforto, abrindo nossos olhos, fazendo com que percebamos que há milhares de vidas fora da nossa casa, pessoas muito menos afortunadas do que nós. Me ensinou que dando, recebemos muito mais”, Gabriele Nascimento dos Santos.

“Aprendi com o projeto que existem muitas realidades que se diferem. Que existem aqueles que nascem privilegiados. Mas também existem aqueles que desde a infância enfrentam muitas dificuldades, mas isso não as torna menos importantes. Na função de agente do direito, deve-se sempre lembrar de tal fato e de que essa parcela da população precisa muito mais do Direito do que os demais”, João Pedro Rodrigues Moura.

“O projeto me mostrou uma realidade até então escondida pela sociedade, com pessoas que são reféns do meio em que vivem, da impunidade e do crime, que são deixadas de lado pelo Estado. Foi um choque de realidade de um mundo tão diferente, mas que ao mesmo tempo está tão próximo de nós”, Juliano Locks.

“O projeto me permitiu enxergar o mundo de forma diferente, que mesmo com todas as desigualdades existentes, somos todos seres humanos e precisamos nos ajudar, afim de tornar a sociedade melhor, mais harmônica, e de nos tornarmos indivíduos do bem”, Letícia Dominguine.

“Foi uma experiência que me transformou e que, acredito, continuará me influenciando”, Paula Acordi Fortuna.

 “Com o projeto saímos de uma realidade que estávamos acostumados e isso mudou nossas vidas. Vi que posso e devo ajudar sempre. Só tenho a agradecer a experiência vivida”, Gabriel da Silva de Sousa.

“Aproveitar mais a família e amigos. Ser grata pelas pequenas coisas de nossas vidas. Demonstrar carinho e amor pelas pessoas que estão a nossa volta. Foram aprendizados para a vida!”, Gabrieli da Silva Ferrari.

“Desde pequena tive interesse de ajudar quem precisa e de participar de ações assim, porem tinha muito receio de tomar a iniciativa. O projeto me proporcionou essa experiência única, que trouxe muito aprendizado, valorização e amor”, Gabriela Machado Colombo.

“O projeto veio somar em minha vida. Me trouxe uma experiência incrível de ver o mundo de outra forma, saindo daquela bolha individual e abrindo os olhos para enxergar a sociedade e o quanto as pessoas tem que se unir cada vez mais para conseguir vencer os problemas. O projeto não deve nunca acabar, pois como me beneficiou de maneira grandiosa e espiritual, desejo que todos possam passar por essa experiência antes de seguir a carreira profissional”, Morgana Comin Zeferino.

“O projeto me mostrou como as pequenas atitudes e boas ações podem mudar de maneira significativa o final de uma história. A realidade é diferente daquela que estou acostumada. Me animou a continuar fazendo ações solidárias em lugares esquecidos pela comunidade e pelo Estado. Se cada um fizer a sua parte, podemos mudar o mundo, ou pelo menos a parte que nos rodeia”, Mariana Schutz Faraco.

“O projeto me proporcionou conhecer um mundo completamente fora da minha realidade. Permitiu que eu ouvisse histórias comoventes que me emocionaram. E fez transcender o que no começo era um simples trabalho acadêmico para uma experiência incrível e transformadora”, Vinicius Hideki de Souza Otani.

“O projeto me mostrou que para ser uma operadora do Direito não é suficiente possuir apenas o conhecimento técnico. É necessário ir além do conteúdo e enxergar as partes mais subjetivas do outro. É necessário que tenhamos sensibilidade, empatia e vontade de ajudar aqueles que mais precisam”, Caroline Rabello Cabreira de Souza.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Mayara Cardoso 09 de julho de 2019 às 20:11
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Projeto Viver Sus está com inscrições abertas até sexta-feira

Projeto Viver Sus está com inscrições abertas até sexta-feira
Ação será comemorativa ao aniversário de 25 anos da Estratégia Saúde da Família (Foto: Arquivo) Mais imagens

Uma nova edição do projeto Viver Sus - Vivências e Experiências na Realidade do Sus da Unesc, está se aproximando. A ação será realizada entre os dias 15 e 19 de julho em sete municípios da AMREC (Associação dos Municípios da Região Carbonífera), AMUREL (Associação dos Municípios da Região de Laguna) e AMESC (Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense.) Nesta edição do evento será comemorado o aniversário de 25 anos do programa Estratégia Saúde da Família. As inscrições para estudantes de graduação e pós-graduação interessados em participar da seleção para integrar o projeto seguem até sexta-feira (28/6).

Pautada nos princípios do projeto Ver Sus Brasil, a ação pretende estimular a formação de trabalhadores para o Sus (Sistema único de Saúde), comprometidos eticamente com os princípios e diretrizes do sistema e que se entendam como atores sociais, agentes políticos, capazes de promover transformações. Conforme o atual coordenador do projeto, Rafael Amaral, o desejo é que o projeto leve os participantes além dos muros da Instituição. “Queremos oportunizar a vivência e a experiência das realidades do Sistema Único de Saúde, através da extensão universitária, colocando nossos acadêmicos nos cenários e nas realidades de cada um dos municípios”, destaca.

Além disso, conforme Rafael, o Viver Sus atua na provocação de diálogos e contatos entre as diversas áreas do saber em prol do auxílio para as comunidades, assim como na contribuição para a construção da consciência acerca da saúde como direito social e no fortalecimento dos serviços de saúde coletiva dos municípios envolvidos

Podem participar do projeto acadêmicos dos cursos de Biomedicina, Enfermagem, Educação Física (Bacharelado), Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Nutrição, Psicologia e Odontologia da Unesc e os residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção Básica/Saúde da Família/Saúde Mental.

Antes de os municípios receberem os visitantes os alunos participarão por capacitação na Unesc, no dia 12 de julho. O edital completo do projeto também pode ser acessado no site da Universidade. O resultado preliminar dos selecionados também será divulgado na página, no dia 04 de julho.

Mayara Cardoso - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Mayara Cardoso 26 de junho de 2019 às 16:37
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Noite em grande estilo para celebrar as ações de Extensão

Noite em grande estilo para celebrar as ações de Extensão
Evento especial marcou o Dia da Extensão nesta quinta-feira (2/5) (Fotos: Mayara Cardoso) Mais imagens

A noite de quinta-feira (2/5) foi de sorrisos e mais sorrisos no Auditório Ruy Hülse. Isso porque o local recebeu um evento especial em alusão ao Dia da Extensão na Unesc. Com apresentações de canto, dança e teatro, os presentes foram agraciados com momentos verdadeiramente especiais e gostosos de serem vividos. O evento contou com a participação de acadêmicos, professores, gestores e da comunidade de forma geral que participa das atividades oferecidas pela Instituição. A noite foi finalizada com um café no qual foram servidos alimentos preparados pelos participantes da Feira Economia Solidária da Unesc.

Ao agradecer a presença de cada uma das pessoas que lotaram o auditório, a pró-reitora Acadêmica, Indianara Reynaud Toreti, destacou a importância que a Extensão exerce dentro do papel da Universidade, que tem caráter comunitário. “Falar de extensão é falar de um movimento que transforma. Transforma vidas, cenários, práticas, desenvolve uma região. Embora tenhamos esse Dia da Extensão, que também é importante para comemorarmos essas conquistas, para nós a Extensão é cotidiana, é diária. Há 50 anos a Universidade transforma vidas e se ela transforma é porque tem esse pilar tão importante”, salientou.

O momento de tamanha alegria para todos aqueles que diariamente trabalham em prol das atividades, conforme a diretora de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias, Fernanda Sônego, também precisa ser de agradecimento aos profissionais que se dedicam para compartilhar aquilo de melhor que a Universidade tem a oferecer à comunidade. “Essa noite foi preparada com muito carinho como forma da mais profunda gratidão da Unesc por estarem conosco nesses trabalhos. É um momento para agradecer pelo sim de cada um. O sim das comunidades, dos nossos parceiros, dos nossos professores e acadêmicos e da confiança da nossa gestão”, completou.

Ao longo do evento o artista, Ricardo Herok, esteve em frente ao Auditório Ruy Hülse fazendo uma obra em grafite. Ele pintou o rosto de Paulo Freire como homenagem da Universidade ao educador, já que nesta data, há 22 anos, o Brasil o perdia vítima de infarto.

As atrações que encantaram o público no evento foram o Coral Unesc, a Cia de Dança Unesc, o Grupo Stand Bye, o Grupo Cirquinho do Revirado e o Grupo Cirandela Teatro.

Mayara Cardoso - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Mayara Cardoso 02 de maio de 2019 às 22:33
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Extensão: ações multiplicadoras de conhecimento e de carinho por meio da Universidade

Extensão: ações multiplicadoras de conhecimento e de carinho por meio da Universidade
Serviços prestados nos projetos de Extensão da Unesc alcançam mais de 30 mil pessoas no Sul catarinense (Fotos: Mayara Cardoso) Mais imagens

A Constituição brasileira, no artigo 207, diz que “As universidades (…) obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”. No que diz respeito ao ensino e à pesquisa, suas funções ficam mais evidentes no meio universitário. No entanto, o que muitos ainda não conhecem na real dimensão, é a importância da Extensão, pilar que tem a mesma importância e exerce papel social fundamental. No Estatuto da Unesc, artigo 40, a definição do trabalho extensionista é de que se trata de “um processo de prática educativa, cultural e científica que se integra ao ensino e à pesquisa, viabilizando a ação transformadora entre a Unesc e a sociedade e o retorno da aplicação desses aprendizados para a melhoria da prática acadêmica de alunos e professores”. De forma clara, a extensão pode ser explicada como a mais genuína troca entre a comunidade e a Academia no qual o resultado é o bem comum.

Dentre as inúmeras funções louváveis que permeiam o trabalho de uma Universidade, em especial de caráter comunitário, as ações de extensão de destacam como a forma prática de fazer a diferença na vida do próximo. No extremo Sul catarinense, região do entorno da Unesc, mais de 30 mil pessoas já foram de alguma forma beneficiadas por ao menos uma das quase 200 iniciativas da diretora de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias da Universidade. O número significativo engloba cidadãos de todas as idades envolvidos em atividades que podem ter foco em assuntos como comunicação, cultura, direitos humanos e justiça, educação, meio ambiente, saúde, tecnologia, produção e trabalho.

Nesta quinta-feira (2/5), dia em que é comemorado o Dia da Extensão, os olhos da comunidade acadêmica da Unesc se voltam a este, que é um dos principais pilares da Instituição. Ao longo de toda semana, programações especiais preparadas especialmente para a data pretendem enaltecer o trabalho feito até então nestes 50 anos de Universidade e conscientizar alunos, professores, colaboradores sobre a importância dos projetos em cada uma de suas áreas.

Conforme a diretora de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias, Fernanda Sônego, atualmente, as ações comunitárias da Unesc chegam a mais de 40 municípios catarinenses e do Norte do Rio Grande do Sul, sempre em busca de atender demandas da sociedade e promover o desenvolvimento. “São trabalhos realizados por professores extremamente qualificados que, acompanhados de alunos dos mais variados cursos, estão com o coração aberto para uma troca com aquele público. Seja uma ação voltada à saúde da comunidade ou ao meio ambiente, nós levamos serviços importantes e, em troca, somos presenteados também com muito carinho e aprendizado sempre. É engrandecedor”, salienta.

De acordo com Fernanda, as 200 iniciativas propostas pela Universidade se dividem em três temas centrais: as ações universitárias, projetos nos quais os alunos são levados à experiência real e direta na comunidade; as ações de prestação de serviços, atividades que levam serviços de saúde, direitos e assistências pessoais e sociais; e ações de cultura, aquelas que envolvem a promoção da arte. “Dentro deste cenário temos colaboradores, professores e alunos diretamente envolvidos nos projetos que se desenvolvem ao longo de todo o ano. Além de oferecerem experiências incríveis aos acadêmicos, os projetos são ainda vias de acesso a bolsas de estudo, já que hoje contamos com 534 bolsas acadêmicas concedidas por meio da extensão”, explica.

Os projetos, para a reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, fazem parte de um pilar fundamental da Instituição, sobretudo por se tratar de uma Universidade Comunitária. “A extensão qualifica o ensino de graduação e oferece subsídios para a pesquisa nas diversas áreas do conhecimento, além de ser uma estratégia que permite e articula o diálogo da universidade com a sociedade. Temos projetos incríveis, apaixonantes, que são sempre uma via de mão dupla: a Universidade transforma os cenários e esta experiência transforma os estudantes e professores que participam desse universo”, garante.

Exemplos na prática

A aluna do Bairro da Juventude, Andrielli Machado Ribeiro, de 15 anos, é um exemplo claro da forma como as atividades podem impactar diretamente a vida daqueles que são atendidos. A adolescente participou em 2018 da ação “Empreendedorismo e plano de negócios: Ações direcionadas a capacitação de jovens e adolescentes do Bairro da Juventude”, comandada pelo professor, Abel Corrêa de Souza, do curso de Administração da Unesc, e que hoje colhe bons frutos.

Neste projeto, em visitas semanais ao Bairro da Juventude, o professor passa, aos adolescentes e jovens, lições de teoria e prática para que possam, no futuro, saber como dar os primeiros passos em um negócio próprio ou até que estejam capacitados para o trabalho nas mais variadas empresas. A segunda parte dos encontros é sempre comandada pelo chef de cozinha Cleiton Machado, responsável por repassar lições valiosas de culinária aos participantes. Ao longo de sua participação como aluna, Andrielli mostrou sua força de vontade e aptidão para a função, aspectos que não passaram despercebidos pelo professor, que, em 2019, a escolheu como Jovem Aprendiz da ação. “Ela se destacou. Sempre se mostrou comprometida e disposta a fazer além da obrigação. Quando precisamos escolher alguém para trabalhar como assistente, não tivemos dúvida e demos a ela a oportunidade”, lembra Cleiton.

Dividindo a rotina entre os estudos no curso de Programação, os estudos do Ensino Regular e o trabalho na cozinha auxiliando o professor, Andrielli é grata pelas portas que lhes foram abertas. “É ótimo já poder ter uma relação de chefe para assistente e ao mesmo tempo de amigo para amigo. Eu aprendo muito aqui e, mesmo que não siga nessa profissão, os ensinamentos são para a vida e para sempre”, comenta a jovem.

Quem também tem a rotina puxada e ainda assim leva a vida sempre com um sorriso no rosto é a cozinheira Maria Regina Vitória. Aqueles que passam pela Unesc nas quartas-feiras certamente conhecem seu sorriso e seus produtos vendidos na Feira da Economia Solidária. São biscoitos, pães, bolos, pizzas, lasanhas, entre tantos outros quitutes cheios de carinho para quem quiser se aproximar para uma compra ou uma conversa. A Feira faz parte dos mais antigos projetos de extensão da Universidade e também está na história da vida da conhecida Dona Regina. “Aqui eu fiz muitos amigos e faço boa parte da minha renda. Nos dias que antecedem a Feira eu trabalho quase de uma madrugada a outra para dar conta de finalizar tudo para trazer, mas não reclamo. Faço cada um com muito amor, pois isso faz a diferença para mim e para a minha família”, destaca.

A venda dos produtos por meio da Unesc, somada ao trabalho incessante de venda na sua comunidade, faz com que Regina contribua de forma significativa com o sustento da casa e no auxílio financeiro à filha, que estuda fora do país. “Esse é um sonho dela que, por meio do nosso trabalho aqui, estamos ajudando a realizar. Enquanto puder vou estar aqui fazendo isso por ela”, comenta orgulhosa.

Ações comemorativas

Com foco na celebração do Dia da Extensão, na noite desta quinta-feira (2/5), a partir das 19h30 no Auditório Ruy Hülse, a Unesc acolherá a comunidade em um café aberto ao público para conversar sobre o que é a extensão e apresentar as ações desenvolvidas na Instituição. “Será um espaço com atrações que trazem a essência da prática comunitária, com atividades artísticas e culturais. Logo na chegada ao evento, os convidados poderão prestigiar o trabalho do grafiteiro e artista plástico Ricardo Herok, que estará pintando uma tela em homenagem ao Dia da Extensão. Teremos também momentos com alguns projetos e outras ações pensadas especialmente para o encontro”, conta a assessora acadêmica da Diretoria de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias, Sheila Martignago Saleh.

O café oferecido pela Universidade também contará com produtos do projeto de extensão Feira da Economia Solidária, que reúne produtores agrícolas e estimula o empreendedorismo em um só lugar, para trocar informação e comercializar produtos sustentáveis e saudáveis de forma cooperativa.

Ainda em alusão à data, no sábado (4/5), a Universidade estará na Praça Nereu Ramos, das 9 às 12h30, com atendimentos de orientação, prevenção, informação sobre direitos e deveres, cuidados pessoais, meio ambiente e outros assuntos que impactam diretamente no dia a dia da comunidade, com a participação de projetos de extensão da Instituição.

Mayara Cardoso - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Mayara Cardoso 02 de maio de 2019 às 07:30
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Atividades são retomadas no Projeto de Extensão de leitura literária no Presídio Regional de Criciúma

Atividades são retomadas no Projeto de Extensão de leitura literária no Presídio Regional de Criciúma
Projeto “Leitura literária com detentos: uma contribuição para a cidadania” envolve acadêmicos e professores (Foto: Divulgação) Mais imagens

Foram reiniciadas nesta quinta-feira (04/04) as atividades do Projeto de extensão “Leitura literária com detentos: uma contribuição para a cidadania”, do Programa de Extensão Território Paulo Freire, da Unesc.

O encontrou contou com dezesseis detentos, os quais participarão semanalmente de atividades que envolvem leitura, interpretação e produção textual. Conforme a bolsista do projeto e acadêmica do curso de Letras, Renata Pavan, o encontro foi muito produtivo. “Eles mostraram grande interesse pelas temáticas abordadas, pois puderam falar um pouco sobre suas histórias de vida, além de produzir textos”, comentou.

A proposta do projeto é expandir o conhecimento para além do campus e oferecer o contato com a literatura dentro do espaço carcerário, contribuindo para o resgate da cidadania dos reclusos. Além disso, de acordo com a professora e coordenadora do projeto, Cibele Freitas, a intenção é auxilia-los no processo de escrita textual, uma vez que o Conselho Nacional de Justiça 44/2013 recomenda que, a partir da leitura de livros, sejam elaboras resenhas com fins de remição da pena.

Conforme Cibele, neste ano a ideia é formar duas turmas concomitantes para que se possa atender um maior número de detentos, já que a iniciativa teve bastante adesão em 2018.

Segundo a responsável pelo setor de educação do presídio, Aline Cizewski Borb, o projeto é visto como um instrumento para a ressocialização dos reeducados uma vez que através da leitura o indivíduo adquire novas informações, hábitos e diferentes maneiras de pensar.

Participam também das atividades do projeto a professora Janete Trichês, do Curso de Direito, o professor Richarles de Carvalho, do Curso de Letras, e a bolsista Marina Arnt, acadêmica da quinta fase do Curso de Letras.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Mayara Cardoso 04 de abril de 2019 às 20:31
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