Pesquisa Científica

No Dia da Universidade, Unesc reforça o compromisso com o ensino de qualidade e com o desenvolvimento da região

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Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

18 de janeiro de 2024 às 17:40
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Webinar discute abordagens, pesquisas e vivências em torno do espectro autista

Webinar discute abordagens, pesquisas e vivências em torno do espectro autista
Evento virtual foi promovido pelo Laboratório de Pesquisa em Autismo e Neurodesenvolvimento da Unesc (Reprodução) Mais imagens

O que há de mais atual nas abordagens multidisciplinares no acompanhamento de pessoas dentro do espectro esteve em pauta na noite desta quarta-feira (30/3) no terceiro Webinar “Autismo – Fazendo sentido em meio ao caos”, promovido pelo Laboratório de Pesquisa em Autismo e Neurodesenvolvimento (Land) da Unesc.

O encontro reuniu profissionais e acadêmicos das mais diferentes áreas com foco na aprendizagem em torno do atendimento aos pacientes com transtorno do espectro autista. Entre os convidados a compartilhar conhecimentos científicos dentro da pauta estiveram a psicóloga e neurocientista Mayra Gaiato, o neuropediatra Marcelo Masruha e influenciadora Daniela Sales, uma das grandes produtoras de conteúdo sobre o autismo do ponto de vista do próprio paciente.

A Análise de Comportamento Aplicada e estratégias naturalistas utilizadas com eficiência no acompanhamento de pacientes, a teoria sobre os mecanismos causadores do autismo o olhar do paciente e seus desejos diante de um mundo caótico foram apresentados pelos painelistas, convidados ainda a responder questionamentos enviados pelos espectadores da noite.

De acordo com a coordenadora do Land, Cinara Ludvig Gonçalves, o encontro realizado na semana na qual é celebrado o Dia de Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (1º/4), é preparado com muito carinho como forma de contribuição da academia. “Aqui nós reunimos todos os esforços científicos para entender um pouco mais sobre o autismo e a melhor forma de atender e diagnosticar os casos”, frisou, apresentando ainda as pesquisas desenvolvidas pelo Laboratório dentro da temática.

Abordagem naturalista entre os temas

Entre os destaques da noite esteve a apresentação da psicóloga e neurocientista, que levantou o debate sobre a mudança no conhecimento sobre as formas de abordagem dos pacientes ao longo dos anos. “As questões sensoriais foram deixadas de lado em busca de resultados palpáveis e visíveis em crianças com comunicação não verbal ou dificuldade de expressar essas sensações. Agora essas crianças do passado já são adultos e podem, melhor do que ninguém, nos falar sobre isso. São pessoas que desenvolveram repertórios importantíssimos de socialização, de comunicação e até acadêmicos, mas que trazem traumas e consequências emocionais pelo fato de as sensações terem sido desconsideradas na aplicação de programas”, destacou Mayra.

Conforme a pesquisadora, já é indiscutível a eficácia dos métodos baseados na ciência da Análise de Comportamento Aplicada. “São as abordagens que têm os melhores resultados na ampliação de repertórios adequados e na redução de comportamentos e situações que podem ser entendidos como aqueles que trazem sofrimento para a criança e para a família. É oferecer o vínculo humanizado proporcionando estímulos, que vão ajudar no aprendizado, mas de forma agradável para quem aplica e para quem recebe. O primeiro passo das estratégias naturalistas é olhar para essa criança de verdade, valorizando e entendendo o que ela gosta”, afirmou.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

30 de março de 2022 às 21:46
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Artigo de pesquisadores do PPGD emplaca em revista internacional

Artigo de pesquisadores do PPGD emplaca em revista internacional
Trabalho do professor doutor Gustavo Silveira Borges e do mestrando Benício Fagner foi aceito para publicação na revista The Journal of Global Health (Foto: Reprodução) Mais imagens

O artigo “Covid-19 Vaccine As Common Good”, de autoria do professor doutor Gustavo Silveira Borges e do mestrando Benício Fagner, do Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD) da Unesc, foi aceito para publicação na renomada revista internacional The Journal of Global Health (JoH). A pesquisa, que se debruçou sobre o direito à saúde no contexto global, discorre sobre a vacina contra a Covid-19 a partir dos bens comuns, um dos eixos trabalhados no Grupo de Pesquisa "Novos Direitos e Litigiosidade”.

Conforme o coordenador adjunto do PPGD, Reginaldo de Souza Vieira, a JoH é uma revista internacional revisada por pares que tem dentre seus principais objetivos a pesquisa e a publicação de temas relacionados à saúde global. “É uma revista vinculada a International Society of Global Health (ISoGH), reconhecida organização internacional sem fins lucrativos sediada na cidade de Edimburgo, Reino Unido”, explica.

Na plataforma da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) o periódico é avaliado como revista A1, vinculada aos principais indexadores internacionais como Medline; PubMed Central; DOAJ; Web of Science; COPE e Crossref.

O artigo que levará o nome do PPGD à publicação foi aceito na modalidade “viewpoints”. “Mesmo diante das adversidades impostas com o advento da pandemia da Covid-19, o PPGD tem incentivado a pesquisa e promovido debates em defesa dos direitos humanos, e como fruto dos intensos trabalhos desenvolvidos está essa publicação”, destaca o coordenador dp Programa, Antônio Carlos Wolkmer.

Mayara Cardoso - Agência de Comunicação da Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

05 de outubro de 2021 às 18:25
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Mostra de trabalhos científicos movimenta curso de Ciências Contábeis

Mostra de trabalhos científicos movimenta curso de Ciências Contábeis
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Finanças pessoais, formação de preço na indústria e no varejo, turnover, economia no setor público e muitos outros temas compuseram os trabalhos apresentados na manhã deste sábado na VIII Mostra Científica de Projetos Acadêmicos do curso de Ciências Contábeis da Unesc. O evento reuniu mais de 60 alunos, além de professores do curso, mestrandos e doutorandos do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Sócio Econômico, da Unesc, o PPGDS.

Os temas de estudos foram apresentados em poster, que passaram pela análise de dois avaliadores externos do PPGDS e também pelos professores do curso.

Os participantes são acadêmicos da oitava fase, que estão na fase de preparação para a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso, o TCC. O coordenador da disciplina de projeto, professor Leonel Luiz Pereira, explica que o evento, que já está na oitava edição, traz vários resultados práticos para o acadêmico. “O projeto aproxima o aluno da pesquisa e também da apresentação e defesa do seu artigo no final do curso, proporcionando uma vivência prática da postura, organização do trabalho, bem como orientação para esta atividade no semestre de conclusão do curso”, analisa.

Ao todo 60 trabalhos foram apresentados, onde os acadêmicos têm a oportunidade de receber o feedback  dos examinadores externos, colhendo instruções e dicas de como melhorar ainda mais a proposta. No caso do acadêmico Mateus Marangoni Kestering, o projeto são as finanças pessoais. Presente na vida de todos, a temática também é uma das bases no curso. “Independente de ser rico ou pobre, as finanças pessoais estão presentes na vida de todas as pessoas. Ao longo do curso aprendemos muito sobre esse tema, principalmente no que tange às empresas. E eu sempre procurei levar para a minha vida, fazendo planejamento do que eu tenho para gastar e como posso gastar”, destaca Mateus, que pretende dar seguimento à ideia fazendo uma pesquisa entre os colegas de curso.

O Diretor de Pesquisa e Pós-Graduação da Unesc, Oscar Montedo, salientou que a atividade promove uma relação extremamente importante entre pesquisa, prática e teoria, por meio da consolidação de projetos que se transformarão em TTCs. “Gostaria de salientar a importância de todo o movimento que o curso de Ciências Contábeis vem fazendo ao longo do tempo, como revisão da matriz curricular, inserção de elementos ligados à inovação curricular e pedagógica, que é um grande movimento institucional e o curso tem se engajado nesta ideia de modernizar a sua matriz de formação acadêmica e isso nos deixa muito estimulados ao ver isso acontecer”, destacou. Montedo ressaltou também a união entre o curso e a área de pesquisa, consolidada através da parceria com o PPGDS. “Percebemos elementos importantes da estruturação do trabalho, que fica melhor construído e apresentado”, observa.

O coordenador da atividade, professor do curso de Ciências Contábeis e integrante do PPGDS, Sílvio Parodi Oliveira Camilo, destaca a qualidade dos trabalhos de conclusão, que têm impressionado outros professores da universidade que compõem as bancas de TCC. “Tudo isso representa a evolução e um sinal de que há uma maturidade científica nos estudantes de Ciências Contábeis e isso nós precisamos valorizar”, salientou.

A coordenadora do curso, Milla Lucia Ferreira Guimarães, destaca a importância do projeto sob diversas áreas, mas sobretudo na aplicação prática do estudo no último semestre do curso e aplicando toda a metodologia científica nestes trabalhos de conclusão de curso. “Todo esse trabalho envolvendo ensino, pesquisa e extensão que temos no curso é para construir um egresso melhor. Porque a nossa região merece e demanda por contadores qualificados, competentes, não só para o exercício profissional, mas também para o exercício da cidadania”, salientou.

Ana Sofia Schuster - Assessoria de Imprensa - AICOM Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Ana Sofia Schuster 30 de novembro de 2019 às 19:20
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Uso terapêutico da maconha: um debate a ser enfrentado

Como fazer pesquisa sobre uma planta que é simplesmente proibida de existir? Esse é apenas um dos questionamentos de pesquisadores que tentam aprofundar, no Brasil, os estudos sobre o uso terapêutico da cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha. A proibição do cultivo e processamento da maconha por décadas em muitos países, e até hoje no Brasil, faz com que o uso terapêutico dos seus componentes ande a passos muito lentos. O uso medicinal da maconha foi o tema de uma das palestras mais aguardadas da Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc, com o Farmacêutico e Doutor em Farmacologia, Rafael Mariano de Bitencourt, realizada no dia 25/10, no auditório Ruy Hülse.

Durante a palestra, o pesquisador apresentou um histórico sobre pesquisas relacionadas ao uso medicinal da maconha e todas as dificuldades enfrentadas por conta do preconceito quanto ao uso recreativo e a proibição gerada. Mesmo que de forma bastante lenta, a pesquisa tem comprovado diversos benefícios terapêuticos de substâncias como o canabidiol (CBD) e o THC, extraídas a partir da cannabis sativa. Conforme Bitencourt, o grande impacto da proibição aconteceu na ciência. “Houve um atraso gigantesco na pesquisa, sendo que apenas a partir da década de 90 foram iniciados efetivos estudos sobre as propriedades terapêuticas do CBD, do THC, bem como acerca do sistema endocanabinóide”. Ao longo desses estudos, os pesquisadores acabaram identificando receptores canabinóides e ligantes endógenos para estes receptores no encéfalo humano, ou seja, há “endomaconhas” sendo produzidas e distribuídas pelo nosso cérebro. Esta descoberta abriu possibilidades para muitas formas de intervenções farmacoterapêuticas para as mais diversas condições. Entre erros e acertos nas pesquisas, muitas foram as descobertas significativas, como a aplicação como medicamento para doenças neurológicas ligadas à depressão e síndromes convulsivas. Um desses estudos, de autoria do próprio Rafael Mariano de Bitencourt, egresso do curso de Farmácia da Unesc, mostrou a relação entre a administração de canabinóides no sistema nervoso central e a extinção de memórias aversivas em ratos. Hoje estudos em humanos têm confirmado que o uso do CBD pode ser eficaz como tratamento do transtorno do estresse pós-traumático (TEPT).

Mas o uso medicinal mais conhecido e que também tem gerado mais repercussão é a aplicação dessa substância como medicamento anticonvulsivo em pacientes com epilepsias refratárias. Devido ao atraso na aprovação da legislação referente à comercialização dos canabidióides, familiares de pacientes enfrentam todas as dificuldades para poder adquirir a medicação. O acesso só é possível após a realização de um longo processo burocrático para que o produto seja finalmente liberado para importação. Hoje, com essa batalha já vencida, o desafio está no preço e a esperança de familiares de pacientes é travada para que o país possa produzir esse subproduto da maconha. Conforme Bitencourt, algumas pessoas têm ganhado na justiça o direito de plantar e extrair de forma artesanal, mas enfrentam dificuldades técnicas quanto a concentrações medicinais corretas. Muitos apelam para laboratórios de universidades que realizam pesquisas na área.

O uso do canabidiol também tem sido usado de forma eficaz no tratamento dos efeitos colaterais em pacientes em quimioterapia. Todas estas possibilidades têm impactado positivamente na economia dos países que já liberaram o plantio, produção e venda dos subprodutos da maconha. Um dos casos relatados diz respeito ao estado americano do Colorado, onde a venda do canabidiol tem gerado receitas milionárias e economia no que se refere ao uso de outros medicamentos. Conforme e revista Forbes, dados da Hemp Business Journal, estimam que o mercado de canabidiol movimentou em 2017 mais de US$ 200 milhões nos Estados Unidos e deve passar de US$ 2 bilhões até 2020.

Com base nas informações, o professor questiona a demora no Brasil com relação ao uso dos canabidióides por aqui. Um dos grandes impactos seria a drástica redução de medicamentos pela indústria farmacêutica, usados atualmente. “Em países onde a lei permite o uso medicinal da cannabis, há uma diminuição drástica da prescrição de outros medicamentos. De acordo com estudos realizados pela universidade da Georgia (EUA), este consumo reduzido de medicamentos levou a uma economia de US$165,2 milhões para os cofres públicos em 2013”, salienta o professor. 

DANOS À SAÚDE

A palestra abordou ainda aspectos negativos do uso recreativo da maconha, através da combustão. Ele destaca que existe estudos os quais indicam um índice de 9 a 10% de possibilidade de dependência, bem como riscos de câncer, esquizofrenia em casos onde há histórico familiar e síndrome amotivacional. Por outro lado, estudos têm indicado que a maconha não leva ao uso de outras drogas nem é porta de entrada para vícios maiores. “Muitas vezes o que é porta de entrada é o próprio tráfico”, observa e conclui que, na sua análise, o maior mal da cannabis é o fato de ela ser proibida. “Mas tem muitas coisas acontecendo e a tendência é que se olhe cada vez mais de uma forma mais científica para tudo isso, menos preconceituosa e menos superficial”, conclui.

Ana Sofia Schuster - AICOM - Assessoria de Imprensa da Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Ana Sofia Schuster 26 de outubro de 2018 às 22:36
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