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Do sonho da comunidade, nasce a Unesc


Conheça a rica trajetória e a história de contribuição à nossa região

A história da Unesc tem sua origem a partir da metade da década de 1960, quando o Sul de Santa Catarina vivia um crescimento econômico. Em Capivari de Baixo, a região ganhava a Sociedade Termoelétrica de Capivari (Solteca), controladora da Usina Termelétrica Jorge Lacerda, e o Estado de Santa Catarina vivia a implementação do plano de metas que pensava o desenvolvimento das áreas financeira, de transporte, de energia e de telecomunicações.

Metas essas traçadas no governo Irineu Bornhausen (1951-1955), que tiveram continuidade no governo de Jorge Lacerda e Heriberto Hülse (1956-60) e, mais efetivamente, com o Plameg - Plano de Metas do Governo, no Governo Celso Ramos (1961-65).


“Na contramão da recessão, no fim de um período de planejamento centralizado antes do golpe militar de 1964, o Governo de Santa Catarina elaborou o seu plano de metas cujo objetivo se concentrava na formação do capital social básico, investindo em energia, transporte e educação. O planejamento, enquanto uma vontade política para alterar a infraestrutura, começou efetivamente em 1961, com o Plameg (Plano de Metas do Governo), no Governo de Celso Ramos (1961-65). Do ponto de vista documental, o Plameg foi resultado do Seminário Socioeconômico promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) em colaboração com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), nos anos de 1959 e 1960, sob a coordenação de Celso Ramos, então Presidente da FIESC. Para a elaboração do Seminário, em uma primeira etapa, foram feitas diversas reuniões de trabalhos, realizadas em 16 cidades catarinenses, às quais compareceram mais de 2.000 pessoas. Em seguida, realizaram-se sete encontros regionais em que foram elaborados 18 documentos setoriais, apontando as deficiências estruturais da economia catarinense. E, por último, realizou-se o Seminário Socioeconômico em Florianópolis, quando foi elaborado o Documento Final que se constituiu num dos melhores diagnósticos sobre a economia catarinense feitos até então (Schmitz, 1985). O Documento apontava a deficiência na infraestrutura e fazia propostas para revertê-la, além de fazer críticas à “visão particularista dos problemas industriais” (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, 1960, p. 1). Cabe ressaltar que o Plameg não foi apenas resultado desse seminário ou de um empenho pessoal do Governador Celso Ramos. Ele foi fruto de um novo padrão de crescimento gestado nos anos anteriores que estava prestes a se romper por inteiro, ou seja, o movimento de acumulação capitalista orquestrou mudanças institucionais para liberar as forças produtivas.”

Fonte: Alcides Goulart Filho O planejamento estadual em Santa Catarina de 1955 a 2002.


Nesse contexto, o então candidato a prefeito Ruy Hülse levava à sua campanha eleitoral o compromisso de trazer para Criciúma uma instituição de ensino superior.

Eleito em 1965, Hülse governou Criciúma de 1966 a 1970 e neste período cumpriu o prometido. Prefeito de muitas obras, foi responsável também pela construção da antiga sede da prefeitura de Criciúma, na esquina das ruas Anita Garibaldi e São José, fez o calçamento da Praça Nereu Ramos, entre outras obras estruturantes para a cidade. Ruy Hülse nasceu em Criciúma, em 7 de fevereiro de 1926, exatamente no ano de instalação do Município.

Hülse era formado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mas foi na política, seguindo os passos de seu pai Heriberto Hülse, que constituiu uma sólida carreira, como deputado estadual por três legislaturas, de 1955 a 67. Presidiu a Assembleia em 1957. Seu último mandato como deputado foi interrompido para assumir a Prefeitura de Criciúma. Após esse período voltou a atuar institucionalmente, como presidente do Sindicato da Indústria de Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc).

Como forma de consolidar esse apelo social pela instalação do ensino superior na região, foi realizado um grande movimento comunitário. Esse momento gerou a realização nos dias 22 e 23 de junho de 1968 do Seminário de Estudos pró-implantação do Ensino Universitário do Sul Catarinense, que contou com a participação de educadores, intelectuais, políticos, magistrados, lideranças comunitárias da sociedade civil organizada e imprensa. Como resultado de todo esse processo o prefeito Ruy Hülse promulgou a Lei nº 697, de 22 de junho de 1968, que criava a Fucri - Fundação Universitária de Criciúma, com cursos voltados para o magistério.


“Assim, a criação da Fucri é o marco fundador do Ensino Superior no extremo sul catarinense e foi indiscutivelmente um grande acontecimento tanto para o município de Criciúma quanto para a região de que faz parte como cidade-polo”.

Fonte: Professor João Batista Bittencourt, no livro Unesc – A trajetória de um universidade comunitária.


A formação institucional ficou distribuída em Conselho Curador, Conselho Técnico-Pedagógico e Diretoria Executiva.

A Fucri é a mantenedora da primeira escola de nível superior criada no Sul de Santa Catarina. A entidade emergiu de um movimento comunitário regional que culminou à realização de um seminário de estudos pró-implantação do ensino superior no Sul Catarinense. O evento contou com a participação de educadores, intelectuais, políticos, magistrados, lideranças comunitárias da sociedade civil organizada e imprensa.

A Fucri foi criada pela lei n. 697, de 22 de junho de 1968, com cursos voltados para o Magistério e, com o crescimento do Sul do Estado foram criados outros, visando satisfazer a demanda empresarial. A Fucri sofreu alteração estatutária em 1973 e em 1988, sendo reconhecida de utilidade pública pelo Decreto Federal n. 72454/73, pelo Decreto Estadual n. 4336/69 e pelo Decreto Municipal n. 723/69. A Fucri iniciou suas atividades nas dependências do Colégio Madre Tereza Michel, com o curso pré-vestibular. Em 1971, passou a funcionar na Escola Técnica General Oswaldo Pinto da Veiga - SATC - e, em junho de 1974, mudou para o atual Campus Universitário, localizado no Bairro Universitário, em Criciúma.

Até setembro/91 a Fucri mantinha quatro Unidades de Ensino: A Faciecri, a Esede, a Estec e a Escca. Com o desencadeamento do Processo de Universidade, algumas ações foram executadas, entre elas, a unificação regimental e a criação da Unifacri (União das Faculdades de Criciúma) resultante da integração das quatro escolas.

Em 24/9/1991, o Conselho Estadual de Educação, pelo parecer 256/91, aprovou o regimento unificado da Unifacri. O processo de transformação da Unifacri em Unesc foi encaminhado ao Conselho Federal de Educação em 1991 e aprovado em agosto de 1992, pelo parecer 435/92 do CFE. Em 1993, face à transferência para o Conselho Estadual de Educação da competência de criação de universidades, o projeto da Unesc foi encaminhado ao CEE, que, em fevereiro de 1993, constituiu a Comissão de Acompanhamento, cuja atribuição era acompanhar o processo de transformação da Unifacri em Unesc.

Em 3 de junho de 1997, o Conselho Estadual da Educação aprova por unanimidade o parecer do Conselheiro Relator e, em sessão plenária, em 17 de junho de 1997, também por unanimidade, aprova definitivamente a transformação em Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), que definiu como missão "promover o desenvolvimento regional para melhorar a qualidade do ambiente de vida", tendo a Fucri como sua mantenedora.

Já em 11 de agosto daquele ano, a Universidade recebeu sua homologação, que equivale à 'certidão de nascimento', assinada pelo secretário de Educação, João Mattos, com a presença do vice-governador José Augusto Hülse.

Em 18 de novembro ocorreu a instalação oficial da Unesc, no Teatro Elias Angeloni, com a participação de autoridades, empresários, professores, alunos e funcionários da Instituição.