História

Como será o mundo pós-pandemia? Professores da Unesc apontam desafios e soluções

Como será o mundo pós-pandemia? Professores da Unesc apontam desafios e soluções
A Covid-19 vai rever valores e mudar hábitos da sociedade em todas as escalas (Foto: Arquivo) Mais imagens

O mundo pós-pandemia será diferente. Os impactos da Covid-19 já são sentidos em nossas vidas, com mudanças que vão além do isolamento social. São rastros de transformação que devem moldar a realidade à nossa volta nos próximos anos. A partir deste momento, questionamentos são feitos, tentando vislumbrar um possível futuro. Quais problemas enfrentaremos? Onde encontrar respostas?

Um desafio já presente em países por todo o mundo é a recuperação da economia. Segundo o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às micro e pequenas Empresas), 600 mil empresas já quebraram no Brasil e o número de desempregados pode chegar a 14 milhões em dezembro. “Uma recessão mundial é plausível. Não podemos ser otimistas e ingênuos de pensar que a economia pode se recuperar rapidamente. É algo que não se pode mensurar ainda e não sabemos onde está o fundo do poço”, aponta o professor do curso de Ciências Econômicas, Amauri de Souza Junior.

🎧 Podcast | Os impactos na economia


Para responder ao cenário que se apresenta, empresas estão recorrendo à inovação e à transformação digital, por meio da Tecnologia de Informação. “A sociedade está passando por um processo de adaptação. Muitas empresas tiveram que acelerar processos e quem nem havia projetado a inovação teve que fazer avanços em meio ao caos da situação. Trabalho remoto, encurtamento de processos, o uso da tecnologia não só pode como deve perpetuar e organizações vão se reinventa, desde a pequena até a grande empresa”, explica o coordenador adjunto do curso de Ciência da Computação da Unesc, Luciano Antunes.

Já presente em fórmulas de sucesso empresarial em todo o mundo, mais do que nunca a inovação se apresenta como solução. Segundo o gerente de Inovação e Empreendedorismo da Universidade, Paulo Priante, será fundamental ter entendimento sobre o que o mercado requisita neste momento e a partir dele. “O grande segredo será a percepção de valor e a reação rápida diante de possibilidades”, explica Priante.

Para o empreendedor mais vulnerável à crise, em pequenas empresas e negócios individuais o momento deve ser visto com cautela, mas também como oportunidade para crescer. “Novos modelos de atuação vão surgir. A criação de canais de trabalho e uma análise dos processos realizados internamente devem ser prioridade, para uma reconfiguração do negócio. Quem sobreviver certamente sairá fortalecido deste desafio”, garante o gerente de Inovação e Empreendedorismo.

Pandemias na história nos ensinaram a valorizar as pessoas

O que o mundo apresenta à humanidade hoje já fez parte da vida em séculos passados. Gripe Espanhola, Varíola, Cólera. Inúmeras vezes enfrentamos inimigos invisíveis com capacidade para disseminar todo o mundo. “O que estamos passando com a Covid-19 hoje não é nenhuma novidade. Epidemias e doenças extremamente contagiosas mataram milhões de pessoas e não desapareceram, apenas aprendemos a conviver com elas. Historicamente, o desconhecimento faz com que os seres humanos fiquem perdidos e acabam por disseminar falsas informações, o que agrava ainda mais a situação”, conta o coordenador do curso de História da Unesc, Tiago da Silva Coelho.

🎧 Podcast | Pandemias na história


A Organização Mundial de Saúde calcula que sejam necessários pelo menos 18 meses para haver uma vacina contra o novo coronavírus. Isso significa que, assim como empreendimentos e o estímulo a avanços tecnológicos são necessários, outras mudanças devem ser postas, em busca do fortalecimento de valores, como solidariedade e empatia, e o bem-estar da população, como ensina a professora Elenice Sais, do curso de Psicologia da Unesc. 

“Estamos vivendo um período crítico. Para tanto, é natural buscarmos recursos internos para compreensão e posicionamento. Gosto muito de pensar na palavra “crise” como uma oportunidade que a vida nos dá para reflexão e avaliação de nossa condução de futuro.  Talvez, passar por esta situação justifique tão belas atitudes que vemos a humanidade tomando, diante do cenário da epidemia. Em momentos assim, temos a excelente oportunidade de fortalecer os valores tanto pessoais quanto coletivos, principalmente os de dimensões por tantas vezes esquecidas, como os da empatia e da solidariedade”, afirma.

Outros fatores que merecem atenção, segundo material indicado pela professora, são os mergulhos na busca por informação, distanciamento das pessoas, sinais de estresse e ansiedade. Confira a cartilha compartilhada.

A cronologia da pandemia no Brasil e a busca por soluções

O início do contágio da Covid-19 no Brasil ocorreu em 26 de fevereiro de 2020, após um homem de 61 anos de São Paulo que retornou da Itália testar positivo para a SARS-CoV-2. Desde então, em 17 de abril de 2020, confirmaram-se 30.425 casos, a maior parte deles no estado de São Paulo, causando 1956 mortes. A transmissão comunitária foi confirmada para todo o território nacional, o que resultou em impactos diretos na vida da sociedade brasileira. 

Em todo o país, soluções são procuradas diariamente. Em contribuição a esse esforço coletivo, a Unesc concluiu, nesta quinta-feira (16/4), o primeiro projeto de higienização por ozônio para o combate da pandemia Covid-19 do Sul do Brasil. A concretização da iniciativa, em colaboração com a Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma, foi simbolizada com a entrega do primeiro túnel de higienização por ozônio, localizado no Centro de Triagem do bairro Boa Vista. 

Além deste projeto, mais de 20 iniciativas estão em execução, com o objetivo de garantir a qualidade de vida ao ambiente que cerca a Instituição.

Leonardo Ferreira - Agência de Comunicação 

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

17 de abril de 2020 às 15:57
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Nota de falecimento – João Batista Figueira Ribeiro

Nota de falecimento – João Batista Figueira Ribeiro
Egresso do curso de História, Ribeiro era policial militar e faleceu nesta quarta-feira (Foto: Divulgação) Mais imagens

É com pesar que a Universidade comunica o falecimento na madrugada desta quarta-feira (1º/4) do policial militar João Batista Figueira Ribeiro. Egresso do curso de História da Universidade (graduado em 2012), ele tinha 41 anos e atuava no 9º Batalhão da Polícia Militar de Criciúma.  

Ribeiro faleceu após ser baleado durante o cumprimento de um mandado de prisão em Criciúma, nesta terça-feira (31/3). Casado e pai de uma jovem com 18 anos e de um menino com 5, Ribeiro era natural de Criciúma e atuava na Polícia Militar há 17 anos.

Em nome dos professores, funcionários e acadêmicos de História da Unesc, a coordenadora do curso, Michele Gonçalves Cardoso, manifestou pesar pelo falecimento de Ribeiro. “É lembrado pelos professores como um ótimo aluno. Calmo e atencioso com todo mundo, era também muito solícito com os colegas do curso”.

O velório ocorrerá às 16 horas no Crematório Millenium, em Içara. O sepultamento ocorrerá no cemitério do bairro Brasília, em Criciúma.
Aos pais, familiares e amigos de João Batista, os sentimentos de mais profundo pesar e solidariedade de toda a comunidade acadêmica da Unesc.

Milena Nandi – Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

01 de abril de 2020 às 12:44
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