História

Dia da Consciência Negra: Unesc promove debates sobre identidade e direitos nas políticas afirmativas

Dia da Consciência Negra: Unesc promove debates sobre identidade e direitos nas políticas afirmativas
Lançamento do clipe “Guerreiros de Bronze” faz parte da programação do evento (Foto: Priscila Cardoso) Mais imagens

O dia 27 de novembro vai ser marcado na Unesc por uma intensa programação em torno do tema “Consciência e Negritude: Identidade e Direitos nas Políticas Afirmativas”. Em alusão do Dia da Consciência Negra (21/11), diversos setores, cursos, Programas de Pós-Graduação e grupos de estudo da Universidade se reuniram para a realização de um evento que envolverá alunos, professores e funcionários da Unesc, representantes de movimentos sociais e a comunidade. A programação é gratuita e aberta ao público e contemplará apresentações culturais, rodas de conversa, lançamento de livro e de documentário e exposição de trabalhos dos alunos do Colégio Unesc.

Segundo a coordenadora do Neab (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, Indígenas e Minorias) da Unesc, que está à frente da comissão organizadora do evento, Normélia Ondina Lalau de Farias, novembro é um mês muito significativo, pois busca o resgate da cultura negra e mostra resistência de seu povo ao levar adiante a riqueza e importância da cultura afro e do povo negro, que ajudou e ajuda a construir o Brasil. “Se reconhecer como negro, se autodeclarar negro, entender a questão da negritude e resgatar a cultura, combater a violência às religiões de matriz africana e poder mostrar que somos um povo que pertence a esta terra e quer ter a sua cultura respeitada é muito importante. Somos mais de 53% da população brasileira que ainda é invisível na sociedade. Mas queremos dizer que estamos aqui buscando e que ocupamos os mais diferentes espaços”, afirma.

O evento pelo Dia da Consciência Negra iniciará às 14 horas, no Auditório Ruy Hülse, com apresentação cultural dos alunos do Colégio Unesc. A programação seguirá até à noite, com lançamento de livro, debates sobre imigração e direitos dos refugiados, além de uma roda de conversa sobre “Protagonismo Negro”, com o repórter EdSoul, o compositor e interprete do Grupo Voz do Gueto, Alex Gabriel e o professor doutor em Sociologia, Wagner Miqueias.

A programação trará ainda o lançamento do documentário e videoclipe “Guerreiros de Bronze”, às 19h30. O projeto tem o envolvimento da Unesc TV, do Neab, da Secretaria de Diversidade e Políticas de Ações Afirmativas da Universidade e da Ong Voz do Gueto e tem o objetivo de mostrar a história contemporânea dos negros brasileiros e suscitar a reflexão sobre desigualdade e direitos humanos.

O evento tem a organização do Neab e da Secretaria da Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas, com o apoio do Colégio Unesc, do PPGD (Programa de Pós-Graduação em Direito), do PPGE (Programa de Pós-graduação em Educação), dos cursos de Ciências Contábeis, de Administração, de Pedagogia, de História, de Geografia, de Biomedicina e de Engenharia Química, da Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing, do Setor de Eventos, do Setor de Arte e Cultura, do Colégio Unesc e do Grupo de Estudos em Direitos Humanos, Relações Raciais e Feminismos.

Programação


Dia 27 de novembro

14h – Apresentação cultural do grupo de dança do quinto anos do Ensino Fundamental do Colégio Unesc. Tema: Consciência Negra. Autoria da aluna Naomi Ayana Cardoso Ribeiro. Local: Auditório Ruy Hulse;

14h15 – Lançamento do livro “A Nova Casa da Água”, conto africano ilustrado pela aluna do terceiro ano do Ensino Médio do Colégio Unesc, Julia Zilli. Local: Auditório Ruy Hulse;

15h – Apresentação do documentário “Nós”, de Thiago Simas, sobre a trajetória cíclica dos refugiados através dos tempos e roda de conversa sobre “Cinema e Direitos Humanos” com acadêmicos da Unesc e alunos da Escola de Imigrantes. Local: Auditório Ruy Hulse;

17h – 2º Cara Gente Branca: Consciência e Negritude. Roda de conversa na Praça do Estudante;

19h15 – Apresentação cultural do grupo de dança do quinto anos do Ensino Fundamental do Colégio Unesc. Tema: Waka Waka. Autoria das professoras Ana Karen Rosado e Juliana Pereira Guimarães Local: Auditório Ruy Hulse;   

19h30 – Lançamento do documentário e videoclipe “Guerreiros de Bronze” e mesa-redonda sobre “Protagonismo Negro”, com o repórter da NSCTV, EdSoul, o compositor e interprete do Grupo Voz do Gueto, Alex Gabriel e o professor doutor em Sociologia, Wagner Miqueias. Local: Auditório Ruy Hulse;

Até 28 de novembro

Exposição de trabalhos de estudantes do Colégio Unesc, como fotos da visita à comunidade quilombola São Roque, ilustrações em aquarela para o livro “A Nova Casa da Água” e símbolos Adinkras.


Milena Nandi – Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Milena Spilere Nandi 22 de novembro de 2019 às 12:31
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Projeto de extensão realiza atividades durante o Mês da Consciência Negra do IFSC Araranguá

Membros da equipe do projeto de extensão “Direitos Humanos e Epistemologias Negras em Movimento: Saberes partilhados, formação e luta pela cidadania”, participaram nesta segunda-feira (18/11), das atividades do Mês da Consciência Negra do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina), em Araranguá. A coordenadora do projeto, Lucy Cristina Ostetto e as bolsistas Maria Eduarda Delfino das Chagas (aluna do curso de Psicologia) e Tatiane Beretta (acadêmica do curso de História), fizeram uma roda de conversa com alunos do Ensino Médio sobre “Protagonismo das mulheres negras na literatura”.

A professora e as acadêmicas abordaram a importância do Dia da Consciência Negra e apresentaram diversas autoras negras, que fazem da sua escrita uma forma de agenciamento para expor suas lutas, histórias e diversas opressões. Ao fim da palestra Lucy doou o livro “O caminho de casa” da escritora Yaa Giasi, incentivando a leitura de escritoras africanas.

Na segunda da participação do projeto, a professora da Unesc realizou uma oficina de Abayomi (boneca negra), com estudantes e pessoas da comunidade, destacando a ancestralidade negra evocada na confecção das abayomis, palavra de origem iorubá que significa, entre outras coisas, aquela que traz felicidade ou alegria, contextualizando a travessia das mulheres arrancadas de África pelo tráfico negreiro.

O projeto de extensão da Universidade está vinculado ao Negra (Núcleo de Estudos em Gênero e Raça).

Por: Milena Spilere Nandi 21 de novembro de 2019 às 15:32
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Conferência marca início da Jornada Regional de Patrimônio Industrial

Conferência marca início da Jornada Regional de Patrimônio Industrial
Evento segue até sexta-feira (8/11) na Unesc com a presença de pesquisadores de todo o país (Fotos: Mayara Cardoso) Mais imagens

A conferência ministrada pela professora doutora Cristina Meneguello, na noite desta quarta-feira (6/11), abriu de forma oficial os trabalhos da primeira Jornada Regional de Patrimônio Industrial, evento que recebe profissionais de todo o país, em especial de Santa Catarina, do Paraná e do Rio Grande do Sul. O encontro, que segue até sexta-feira (8/11), é promovido pelo Grupo de Pesquisa Patrimônio Cultural: Histórias e Memórias, pelo Curso de História e pelo Cedoc (Centro de Documentação), em parceria com o TICCIH – Brasil (Comitê Brasileiro para Conservação do Patrimônio Industrial), recebendo apoio financeiro da Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina).

Presidente do TICCIH, Eduardo Romero prestigia o evento na Universidade e, na cerimônia de abertura, fez questão de agradecer a Unesc pela viabilização da Jornada, cuja intenção é reunir especialistas, como já realizado nas regiões Sudeste, Nordeste e agora Sul do país. “Essas são ações que o TICCIH incentiva em diferentes grupos e, neste caso, é um prazer estar participando e vendo o estímulo que está sendo dado para a discussão e estudo desse tema. Faço votos de que seja um encontro em que as pessoas conheçam umas às outras e entendam mais do que está sendo estudado. Queremos congregar pessoas que trabalham na mesma temática”, destacou.

Para o coordenador do curso de História, Thiago da Silva Coelho, é uma honra receber em Criciúma estudiosos de diferentes lugares, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, entre outros, para a Jornada. “Agradeço imensamente a presença de todos. Esse é um momento que deixa o curso de História muito feliz, pois é um evento que traz pessoas de diversas regiões para cá, mostrando também a Universidade, o curso, o Centro de Memória e, principalmente, conectando as pessoas em torno desse assunto com o qual tanto nos identificamos”, salientou.

Ao registrar sua alegria também por receber colegas para um evento sobre a temática, o coordenador do Cedoc, Paulo Osório, destacou ainda a luta constante diante deste cenário. “Nós todos aqui sabemos como é árdua a nossa luta. Nós não só pesquisamos sobre o patrimônio, mas trabalhamos também na defesa da sua preservação. Desta forma, para nós, é sempre uma riqueza e uma alegria muito grande pela socialização de conhecimento sobre o assunto”, ressaltou.

Temática relevante

Ao dar início nas atividades da Jornada, Cristina Meneguello destacou a importância da realização de um evento com tal temática. “Deixo meus sinceros parabéns por essa iniciativa. Para nós, estudiosos do assunto, essa é a consolidação de uma proposta intelectual e política e de um passado que as vezes as pessoas querem esquecer e ocultar”, destacou.

A preservação do patrimônio industrial, conforme a pesquisadora, não se refere apenas a estruturas visíveis ou as ruínas delas, pois vai além. “Refere-se, sim, à centralidade que a dimensão do trabalho tem nas nossas vidas, nos nossos cotidianos e nas nossas cidades”, enfatizou.

Confira a programação desta quinta-feira (7/11).

Mayara Cardoso - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Mayara Cardoso 06 de novembro de 2019 às 22:05
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