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Turismo e economia apontados como potenciais a serem desenvolvidos em Siderópolis

Turismo e economia apontados como potenciais a serem desenvolvidos em Siderópolis
Dados foram levantados durante encontro do Plano de Desenvolvimento da Amrec (Fotos: Milena Nandi) Mais imagens

Agregar mais valor à produção agrícola, assim como realizar a valorização da cultura e o desenvolvimento do turismo foram alguns das potencialidades de Siderópolis, apontadas durante um encontro virtual da manhã desta quinta-feira (20/8). A reunião envolveu lideranças políticas e econômicas e comunidade do município para debater os desafios, as potencialidades e os sonhos para o Sul do Estado e para o município. O encontro fez parte da primeira etapa de elaboração do Plano de Desenvolvimento da Amrec, coordenado pela equipe da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e do Centro Universitário Barriga Verde (Unibave).  

O objetivo do plano estratégico é levantar o que é necessário para que a região e os municípios tenham um desenvolvimento socioeconômico até 2030. Neste momento, que teve início semana passada, 12 municípios poderão colaborar na construção do plano regional.

A primeira etapa do plano encerrará nesta sexta-feira, com reuniões com Criciúma das 9 às 12 horas e Lauro Müller, das 14 às 17 horas.

Os interessados em contribuir com o Plano de Desenvolvimento Socioeconômico da Amrec podem o fazer respondendo a Consulta Pública até domingo (23/8). O questionário online pode ser acessado aqui ou no site da Universidade, logo na página inicial entre os banners que aparecem no topo da página.

Confira o que os participantes da reunião elencaram sobre Siderópolis:

Dificuldades/desafios


Meio ambiente: grande passivo ambiental; área degradada próxima do Centro da cidade a recuperação realizada não teve bom resultado.

Educação: necessidade de formação para os profissionais da educação (professores e gestores); aumentar o Ideb; falta de interesse dos jovens em dar continuidade aos estudos; dificuldade de acesso à internet pelos pais e alunos; ausência de educação técnica para jovens e adultos; pouca oferta de especialistas para auxiliar as crianças com déficit de aprendizagem.

Turismo: preservação histórica – falta de museu para resgatar a cultura italiana e açoriana; na área da cultura, falta um plano de trabalho; preservação do patrimônio arquitetônico e histórico; perda de recurso para realização de eventos náuticos (barragem); explorar o interior onde há belezas naturais; não há informações para orientar os visitantes; necessidade de rota cultural interligando os municípios.

Acesso, transporte e sinalização: longe da BR 101; interligação com os municípios; demarcar divisas de município com uma obra de arte da cultura italiana; transporte público: de outro município para Siderópolis e do município para o interior; plano diretor para estabelecer critérios para a organização do espaço do município; falta de sinalização dentro da cidade e espaços para propaganda e comunicação.

Desenvolvimento da cidade: falta de espaço geográfico para instalar novas empresas e expandir as existentes; há áreas degradadas pela mineração que estão em processo jurídico ou vinculadas à CSN que não podem ser utilizadas; energia é uma das 10 mais caras do Brasil; instalação de uma cooperativa municipal de alimentos; definir vocação; empregabilidade difícil; os residentes precisam trabalhar em outros municípios; desenvolvimento pouco diversificado, ancorado em poucos setores; fomentar a cadeia agropecuária; falta de insumos provenientes da agropecuária do município e políticas públicas para assegurar melhor qualidade de vida para a população que está envelhecendo.  

Potencialidades

Turismo: barragem; gastronomia; turismo rural; turismo natural; eventos e turismo cultural.

Economia: indústrias; mão de obra qualificada; ferrovia; agricultura familiar; avicultura; comércio e agroindústria.

Sonhos para o município

Infraestrutura e parcerias: parque s e corredores naturais; maior integração dos gestores municipais para implementação das ações desse plano; participação da comunidade nas decisões municipais; integração entre os municípios da Amrec (turismo, cultura, agricultura e no agronegócio); investir em saúde; desenvolvimento com mais segurança; mobilidade urbana – transporte público estruturado; gerar energia de forma consciente e limpa; fácil acesso, logística aos serviços e turismo; ter um bom projeto e coordenação para o crescimento.

Turismo e agricultura: resgate histórico e explorar mais a cultura do município; referência e investimento externo em gastronomia, turismo e agricultura; ampliação do segmento turístico; referência nos esportes náuticos; barragem como grande indutor do turismo na cidade; turistas em pequenas propriedades e força regional com os produtos coloniais.

Cultura e qualidade de vida: conscientização do trabalho, agregando valor, educação, respeito e coletividade; ressignificar o valor da cidade; um espaço cultural; museu étnico para crianças e visitantes; eventos culturais na cidade e qualificação em relação ao meio ambiente e em relação à qualidade de vida e ao envelhecimento da população.

Participação de lideranças e comunidade


A pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Unesc, Gisele Coelho Lopes agradeceu pela participação de todos e pela confiança nas equipes da Unesc e do Unibave, instituições comunitárias nascidas na região e para a região. “Gratidão por esse momento tão rico e que nos aproxima. O mundo está nos colocando para colaborar uns com os outros e é isso que estamos fazendo com este projeto grandioso para toda a Amrec. Estamos pensando estrategicamente e discutindo o futuro da região em um momento muito oportuno”.

O prefeito de Siderópolis, Hélio Cesa, afirma ter a convicção de que o debate é imprescindível para planejar uma região mais próspera. “Vivemos um processo dinâmico e um exemplo é a pandemia, que mudou tudo muito rapidamente. Quero agradecer à Unesc e ao Unibave e sobretudo as pessoas que se dispuseram a colocar a paixão que tem por Siderópolis para pensar o município e a região para os próximos anos. Construir uma cidade e uma região forte é um processo possível, mas que exige a participação de todos”.

Além de lideranças, representantes de entidades e pessoas da comunidade também deram suas contribuições. A representante da Academia de Letras e Artes de Siderópolis, Maria Lurdete da Boita Bez Birolo, afirma que pensar a cultura juntamente com a economia, saúde e educação é primordial para o município. “Nos sentimos contemplados nesse trabalho de hoje. Acredito nessa forma de fazer as coisas, de maneira coletiva. Eu me sinto filha de Siderópolis e foi uma honra poder participar desse momento de debate e reflexão”.

Dados para reflexões

Os coordenadores do Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico e de Inovação da Unesc, Thiago Fabris e Melissa Watanabe, apresentaram indicadores de desenvolvimento sustentável e de desenvolvimento socioeconômico da Amrec e de Siderópolis.


Segundo dados apresentados pelo Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico e de Inovação da Unesc, em Siderópolis, os componentes do Produto Interno Bruto (PIB) que é de R$ 424.405 milhões são: indústria (45%), serviços (36%), administração pública (15%) e agropecuária (4%).

Em Siderópolis, os setores que mais empregam formalmente são: indústria (1.613); serviços (991); comércio (614); construção civil (64) e agropecuária (4). Outro dado importante apresentado foi sobre o valor adicionado à economia a cada emprego formal gerado. No município, cada emprego formal gerado adiciona um valor de pouco mais de R$ 94 mil à economia, enquanto que na Amrec, a média é de pouco mais de R$ 100 mil. 

Sobre a Amrec, a equipe da Universidade apresentou dados sobre variáveis que impactam o crescimento econômico da região. Cada R$ 1 pago em despesas públicas gera R$ 7,3. Cada US$ 1 em exportação ou importação contribui para o crescimento econômico de R$ 1,16. Cada pessoa que nasce ou vem morar na Amrec, acrescenta R$ 880 ao PIB. Cada emprego gerado, contribui em R$ 4.572 com o PIB e a principal variável que afeta o crescimento econômico é a educação. Em termos de matrícula no Ensino Médio, cada uma que é efetuada, gera R$ 7.156 ao PIB.

Foram apresentadas ainda macrotendências mundiais, como intensificação de demanda por alimentos, expansão de entretenimento e turismo, infraestrutura moderna e competitiva, envelhecimento da população e mudança no padrão da produção, para fomentar a reflexão do que o município pode fazer para se beneficiar delas.

Evento prestigiado

O evento virtual teve a participação de representantes de Siderópolis: prefeito, Hélio Cesa; secretária municipal de Educação, Rosangela Rossa de Souza; secretária de Assistencia Social, Gladys Kestering; do funcionário do Setor Contábil da prefeitura, Moisés De Mattia; das representantes da Academia de Letras e Artes de Siderópolis, Maria Lurdete da Boita Bez Birolo e Sissa Morosso; da nutricionista responsável pela alimentação escolar do município, Márcia Moretti; do funcionário do Setor de Recursos Humanos da prefeitura, Higor da Silva Leandro; do engenheiro agrônomo da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Ronaldo Remor; da representante da Associação Belunesi, Kelly Dalla Lana; da arquiteta e urbanista Suzana de Souza e do vice coordenador do Movimento Juvenil Orionita, Artur Mendes Vittoria de Souza.

Do Unibave, participaram o pró-reitor de Pós-Graduação Pesquisa e Extensão, Dimas Ailton Rocha; a coordenadora do curso de Agronomia, Janaina Veronezi Alberton; o coordenador do curso de Sistemas de Informação, Nacim Miguel Francisco Junior e os professores Guilherme Doneda e Ana Paula Bazo.

A equipe da Unesc envolvida no evento é formada: pela reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta; pela pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, Gisele Coelho Lopes; pelos coordenadores do Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico, Thiago Fabris e Melissa Watanabe; pela coordenadora do Setor de Planejamento Institucional, Almerinda Bianca Bez Batti Dias; pelo coordenador da Sala dos Municípios, Dorvanil Vieira; pelos professores da Unesc que atuam como mediadores, Igor Drudi e Camila Bardini e pelos consultores Sebastião Freitas e Roberto M. Spolidoro, além de 11 monitores auxiliando quando o grupo é dividido em pequenos grupos.

Plano de Desenvolvimento da Amrec


A primeira etapa da formulação do plano estratégico contemplará 12 reuniões com lideranças políticas e empresariais dos municípios.

O trabalho será dividido nos quatro momentos de: Diagnóstico; Setores-chaves e eixos e objetivos estratégicos; Projetos estratégicos e Modelo de Governança, todos virtuais, com número de encontros e datas pré-definidas. Ao longo dos próximos meses a Universidade trabalhará em debates e pesquisas junto as equipes de todas as prefeituras em um processo que conta com 20 encontros, divididos em sete etapas de trabalho.

Confira as reuniões anteriores

Balneário Rincão

Cocal do Sul

Forquilhinha

Içara

Orleans

Nova Veneza

Morro da Fumaça

Urussanga

Treviso

Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

20 de agosto de 2020 às 20:50
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