São muito comuns envenenamentos causados por picada de animais peçonhentos, facilmente encontrados em qualquer parte do Brasil, como escorpiões, aranhas e serpentes, entre outros. Esses animais inoculam ativamente sua peçonha na vítima.
A pessoa que sofreu uma picada do animal peçonhento produz sintomas variáveis, segundo a espécie do aracnídeo ou réptil, a quantidade de veneno injetado, as condições de nutrição, peso e altura da vítima.
Os acidentes com escorpiões são pouco frequentes. Eles são pouco agressivos e tem hábitos noturnos. Encontram-se em pilhas de madeiras, cercas, tijolos e cupinzeiros. Sapatos e botas são ótimos esconderijos. O veneno do aracnídeo ataca o sistema nervoso (neuro-tóxico). É um veneno potente e pode provocar a morte de indivíduos subnutridos e de pequeno porte. É o caso das crianças.
Nos casos graves, há fortes dores no local da picada, com tendência a se espalhar para regiões vizinhas. A temperatura do corpo cai e o suor se torna excessivo; há aumento da pressão, enjôo e vômitos. Existe risco de morte nas primeiras 24 horas, principalmente em crianças.
A aranha é tão facilmente encontrada que nem nos damos conta do perigo que ela pode representar. As espécies mais perigosas são aranha marrom (Loxosceles), armadeira (Phoneutria), com 75% de incidência de acidentes, e a tarântulas (Lycosa).
Deve-se evitar que a vítima se movimente muito; não fazer torniquete no membro acidentado; aplicar compressas frias (de 10 a 15 ºC) nas primeiras horas após o incidente; fazer respiração artificial, caso a pessoa não esteja respirando bem, e encaminhá-la ao serviço médico.
O grau de toxicidade da picada depende da potência, quantidade de veneno injetado e da estatura da pessoa atingida. No Brasil, a maioria dos acidentes com ofídicos envolve serpentes dos gêneros Botrópico, Crotálico e Elapídico.
Os sinais variam de acordo com a espécie da cobra que picou a vítima. Confira: