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Perito da Polícia Federal afirma que 30% do dinheiro público é desviado

Davi Carrer Mais imagens

Cerca de 30% dos recursos públicos destinados a obras e serviços no Brasil são desviados. E o volume de recursos que está sendo investigado hoje no país chega a 3,7 bilhões de reais.  Estes assuntos foram abordados agora à tarde (6/5) pelo perito da Polícia Federal da Superintendência de Santa Catarina, Régis Signor, em palestra ministrada no Seminário Estadual sobre os Órgãos de Controle na Gestão Municipal, promovido pela Sala dos Municípios da Unesc e CEF. O trabalho de investigação é realizado por cerca de mil peritos, das mais diversas áreas, que atuam no setor de Perícias de Engenharia da Polícia Federal. A função destes técnicos é materializar as provas das irregularidades cometidas pelos gestores públicos, independente do valor monetário.

Durante sua palestra, Signor mostrou, ao som da música Asa Branca, de Luiz Gonzaga, inúmeras fotos de irregularidades cometidas com o dinheiro público em municípios brasileiros. Obras que receberam recursos e nunca saíram do papel, ou seja inexistentes, obras inacabadas, obras com material inferior ao orçado e outros. O engenheiro também exemplificou o desperdício e desvio do dinheiro público com várias operações da Polícia Federal que tiveram repercussão na mídia, como a Confraria e Navalha. 
  
 

Usando o filme O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, o perito da Polícia Federal pediu o fim da corrupção e cuidado máximo com o bem público. E sugeriu: “Embora a maioria dos presos em operação da Polícia Federal fique preso e seja solto em poucos dias, há prejuízos irreparáveis à imagem do detido”. Para ele, retidão e atenção aos detalhes são fundamentais. “Não existe corrupção de um só. Para que ela exista, precisa ter estrutura e omissão”.   

Fonte: Comunicação Social:comunicacao@unesc.net