Laboratório de Arqueologia Pedro Ignácio Schmitz

Mesa Redonda discute alternativas para o Asseguramento do Território e dos Direitos Socioambientais

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Autoridades no que diz respeito aos povos originários e a comunidades tradicionais na América do Sul estiveram reunidas nesta quinta-feira (26/10) na mesa redonda que debateu a temática no Auditório Ruy Hülse. A atividade está entre as principais do Seminário Internacional Apheleia: América do Sul, primeira edição realizada fora da Europa, que faz parte da Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc.

Integraram o debate a secretária de Direitos Ambientais e Territórios Indígenas do Ministério dos Povos Indígenas, Eunice Kerexu; o mestre em Ciências Ambientais pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) da Unesc, primeiro indígena a conquistar o título de mestre na Universidade, Fabiano Alves; o professor doutor Jorge Eremites de Oliveira, da Universidade Federal de Pelotas; o professor doutor Alexandre Schiavetti, pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Bahia; e o professor doutor Nuno Nunes, pesquisador sobre povos indígenas, cada qual levantando uma subtemática com relação ao assunto.

“Nós somos responsáveis por pensar juntos em como resolver as situações. Falo como indígena, como pessoa, como mulher, como catarinense e agora como governo. Em nosso entendimento, a criação dos povos tem objetivo justamente de proteção dos territórios”, apontou.

Ter a Semana de Ciência e Tecnologia alinhada à temática nacional de Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável, conforme a pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação, Inovação e Extensão, Gisele Coelho Lopes, promove um espaço plural de discussão de uma temática emergente. “Não podemos virar as costas para pautas tão importantes ao nosso país. Essa luta não é de uma pessoa, de um coletivo. Somos gratos pela presença de todos e não temos dúvidas de que debates como esse enriquem muito as discussões”, ponderou.

Quando o assunto é meio ambiente, conforme Fabiano Alves, se fala também sobre a vida como um todo. “O meio ambiente, a preservação da natureza, a espiritualidade: tudo está interligado. Este é nosso entendimento Guarani. Da mesma forma, quando falamos sobre a demarcação de terra, sobre o direito dos povos originários, falamos também sobre o modo de vida Guarani, pois lutamos pelo direito indígena para garantir o território Guarani, a aldeia, a continuidade do modo Guarani de vida para conseguirmos seguir repassando essa sabedoria. É um ciclo”, destacou o mestre.

Para a coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi), Normélia Ondina Lalau de Farias, o sentimento é de satisfação poder vivenciar um momento histórico como este.

“É algo único na instituição, uma vez que pela primeira o Apheleia sai do seu lugar de origem e tem como sede a nossa Universidade. Desejo que todos nós possamos aproveitar ao máximo a presença desses visitantes, a possibilidade destes debates e a troca de conhecimentos. Estou ansiosa por isso”, assegurou.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

01 de novembro de 2023 às 16:37
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Rede Apheleia realiza debate sobre políticas públicas, sustentabilidade, ambiente e educação

Rede Apheleia realiza debate sobre políticas públicas, sustentabilidade, ambiente e educação
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A rede Apheleia está realizando na Unesc, o Seminário Internacional Apheleia – América do Sul. O evento integra a programação da 14ª Semana de Ciência e Tecnologia da Universidade, e possui o objetivo de fomentar o debate e as políticas públicas sobre sustentabilidade.

Na tarde dessa quinta-feira (26/10), foi realizado um debate integrando profissionais e pesquisadores para tratar de assuntos voltados à sustentabilidade, ambiente e educação de forma online e presencial. Na oportunidade, os profissionais articularam sobre assuntos voltados aos aspectos culturais, a modificação contínua das paisagens e hábitos culturais locais.

O professor e pesquisador Flávio Ahmed veio diretamente do Rio de Janeiro para contribuir com seu conhecimento durante a conversa, avaliou de forma positiva o encontro e destacou que trata-se de um dos eventos mais importantes do Brasil e da América do Sul. “Este evento é único e possui uma repercussão internacional devido a sua grandiosidade de informações aqui discutidas. Com isso, queremos estabelecer uma perspectiva para melhor uso do território e uma melhor prospecção de qualidade de vida no país e no planeta terra”, destacou.

Além disso, o encontro também buscou privilegiar a participação da população, destacando os principais problemas encontrados para se ter uma melhor qualidade de vida. “Procuramos estabelecer diálogos que oferecessem aos participantes escolhas inteligentes e levantamos ideias para construção de políticas públicas eficazes”, finalizou o professor.

A conversa contou com a mediação do professor Geraldo Milioli, com a presença dos professores e pesquisadores, Carlyle Torres Bezerra de Menezes, Dimas Floriani, Eduardo Campechano Escalona e Flávio Ahmed, com a presença do doutor, professor e pesquisador Daniel Ribeiro Preve sob a coordenação do professor Juliano Bitencourt Campos.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

01 de novembro de 2023 às 16:35
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Unesc recebe o 1º Seminário Internacional Apheleia: América do Sul

Unesc recebe o 1º Seminário Internacional Apheleia: América do Sul
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O debate sobre as questões humanas será foco do 1º Seminário Internacional Apheleia: América do Sul, que ocorre na Unesc na próxima semana. O evento, primeiro fora da Europa, está inserido na 14ª edição da Semana de Ciência e Tecnologia da Universidade, que inicia na próxima segunda-feira (23/10) e segue até sexta-feira (27/10).

“Sócrates, o filósofo, dizia que ‘uma vida que não é refletida nem deveria ser vivida’. Nesse sentido, em momentos de crises humanitárias, pós-pandemia, guerras, conflitos, guerras, enfim, entre avanços e retrocessos da humanidade na busca da compreensão e do aperfeiçoamento das relações sociais, políticas, culturais, econômicas, tecnológicas, territoriais, a Unesc, mais uma vez, coloca-se inserida e à disposição do debate global e local sobre questões humanas”, cita o professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Unesc, Juliano Bitencourt Campos.

A reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta destaca a satisfação em receber o evento na Universidade e a importância em tratar temas relevantes da atualidade. “A Semana de Ciência e Tecnologia é o maior evento institucional da Universidade e receber estas pessoas especialistas nestes temas é fundamental para compreender as transformações pelas quais o mundo passa atualmente”, fala.

O Seminário Internacional Apheleia está direcionado às atividades científicas que tratam do modo pelo qual as sociedades percebem os territórios, enxergando neles diferentes, e por vezes conflitantes, formas de se relacionar com as paisagens.

“Reconhecendo que as estratégias orientadas para a sustentabilidade têm falhado recorrentemente, por não considerarem a diversidade cultural que se traduz nessas percepções, Apheleia subscreve a declaração de princípios sobre ciência da sustentabilidade aprovada pela Unesco em 2017 e identifica quatro vetores fundamentais para uma gestão convergente e sustentável das paisagens: educação permanente; reorganização da matriz sociocultural e das relações intergeracionais; envolvimento dos diferentes atores territoriais; e estratégia crítica de comunicação”, fala Campos.

Entre os palestrantes, a programação contará com a presença do professor e coordenador do Instituto Politécnico de Tomar, de Portugal, Luis Oosterbeek, na noite de quarta-feira (25/10), além da secretária de Direitos Ambientais e Territórios Indígenas do Ministério dos Povos Indígenas, Eunice Kerexu, na manhã de quinta-feira (26/10). As duas palestras ocorrem no Auditório Ruy Hülse. As demais palestras ocorrem no Auditório Edson Rodrigues, no Bloco P da Universidade.

A edição Apheleia América do Sul, na Unesc, em Criciúma reunirá professores universitários, acadêmicos de graduação e pós-graduação e a sociedade civil, em caráter inter e multidisciplinar, nas temáticas ligadas à gestão do território, povos originários e tradicionais, patrimônio cultural, paisagens culturais, turismo, inteligência artificial na educação e na sustentabilidade ambiental e seus desdobramentos, além de diversos temas ligados às relações humanas, apresentados e discutidos por pesquisadores do Brasil, Europa, e América do Sul.

As informações sobre o evento podem ser obtidas pelos links: https://www.even3.com.br/apheleia-americadosul/ e https://www.unesc.net/sct2023. A realização do Seminário Aphleia conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

Além da Unesc, as instituições realizadoras do evento são: Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS); Instituto Politécnico de Tomar, IPT/Portugal; Instituto Terra e Memória, ITM/Portugal; Centro de Geociências da Universidade de Coimbra, CGEO/Portugal e Geoparque Mundial da Unesco Caminhos dos Cânions do Sul.

Abaixo, artigo que trata do tema, escrito pelos professores Juliano Bitencourt Campos, da Unesc; Luiz Oosterbeek, do IPT/ITM, de Portugal; André Luis Ramos Soares, da UFSM e Lia Raquel Toledo Brambilla Gasques, da UFMS:

O Mundo se transforma e a Unesc discute: Apheleia: América do Sul, 2023

Sócrates, o filósofo, dizia que “uma vida que não é refletida nem deveria ser vivida”. Nesse sentido, em momentos de crises humanitárias, pós-pandemia, guerras, conflitos, guerras, guerras, guerras…, enfim, entre avanços e retrocessos da humanidade na busca da compreensão e do aperfeiçoamento das relações sociais, políticas, culturais, econômicas, tecnológicas, territoriais, a Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), mais uma vez, coloca-se inserida e a disposição do debate global e local sobre questões humanas.

Será nesta perspectiva que acontecerá, durante a XIV Semana de Ciência e Tecnologia na UNESC, ao final do mês do corrente ano, mais precisamente nos dias 25, 26, 27 e 28 de outubro o I Seminário Internacional Apheleia: América do Sul. Este está direcionado às atividades científicas que tratam do modo pelo qual, as sociedades humanas percebem os territórios, neles enxergando diferentes, e por vezes conflitantes, formas de se relacionar com as paisagens. Reconhecendo que as estratégias orientadas para a sustentabilidade têm falhado, recorrentemente, por não considerarem a diversidade cultural que se traduz nessas percepções, Apheleia subscreve a declaração de princípios sobre ciência da sustentabilidade aprovada pela UNESCO em 2017 e identifica quatro vetores fundamentais para uma gestão convergente e sustentável das paisagens: educação permanente; reorganização da matriz sociocultural e das relações intergeracionais; envolvimento dos diferentes atores territoriais; e estratégia crítica de comunicação.

Logo, as questões humanas exigem mais da sociedade, dos líderes políticos, das associações vivas, das organizações não governamentais e dos cientistas. Nessa direção, é mister que se diga que a Associação Internacional Apheleia é uma rede de pesquisa, inovação e desenvolvimento, criada em 2014 com o apoio da Comissão Europeia e que rapidamente se disseminou em todos os continentes. A Rede trabalha sobre o contributo específico das Humanidades para a gestão territorial e a sustentabilidade, tendo desde o início a colaboração de pesquisadores do Brasil, designadamente da UNESC e da UFSM. Membro do Conselho Internacional para a Filosofia e as Ciências Humanas, a rede Apheleia contribuiu de forma decisiva para a concepção e criação do novo programa da UNESCO, BRIDGES, sobre Humanidades e sustentabilidade.

No ano em que comemora o seu 10º aniversário, a Rede realizará o seu 1º seminário fora da Europa, no Brasil. Este acontecimento, em Criciúma, na UNESC, será sua primeira edição além do Atlântico e a primeira na América do Sul. A edição Apheleia-América do Sul-Criciúma-UNESC reunirá professores universitários, alunos de graduação e pós-graduação e a sociedade civil, em caráter inter e multidisciplinar, nas temáticas ligadas à gestão do território, povos originários e tradicionais, patrimônio cultural, paisagens culturais, turismo, inteligência artificial na educação e na sustentabilidade ambiental e seus desdobramentos, além de diversos temas ligados às relações humanas, apresentados e discutidos por renomados pesquisadores do Brasil, Europa, e América do Sul.

Portanto, este texto é um convite, mas não é um convite qualquer. É um convite dentro do contexto mundial que pede atitude, comprometimento, seriedade. Seriedade de criança quando brinca. Pois, “Maturidade do homem significa o reencontro com a seriedade que se tinha nas brincadeiras de infância’ (Nietzsche). Apheleia, na UNESC, nos dias 25, 26, 27 e 28 de outubro, vai nos mostrar que um outro mundo é possível e já está sendo construído, que novas relações podem e devem ser discutidas, que uma nova sociedade é um desejo mundial, mas, também, um caminho já em curso para um futuro sustentável, digno, democrático, plural, diverso, humano e inclusivo.

Dr. Juliano Bitencourt Campos/UNESC
Dr. Luiz Oosterbeek/IPT/ITM (Portugal)
Dr. André Luis Ramos Soares/UFSM
Dra. Lia Raquel Toledo Brambilla Gasques/UFMS

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

23 de outubro de 2023 às 13:54
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Unesc marca presença no 2º Seminário de Pesquisas no Geoparque Mundial da Unesco Caminhos dos Cânions do Sul

A Unesc está desempenhando um papel fundamental no 2º Seminário de Pesquisas no território do Geoparque Mundial da Unesco Caminhos dos Cânions do Sul. O evento, que ocorre até este sábado (7/10) na cidade de Mampituba, reúne professores mestres, doutores, pesquisadores e acadêmicos que compartilham seus conhecimentos e avanços científicos relacionados a essa região. 

O Congresso é realizado e organizado pelo Comitê Educativo e Científico (CEC) do Geoparque Mundial da Unesco Caminhos dos Cânions do Sul, e os professores doutores da Universidade, Izabel Regina de Souza; Michele Gonçalves Cardoso; Juliano Bitencourt Campos e Paulo Sérgio Osório. Os educadores são integrantes do Comitê Educativo E Científico (CEC) e os professores Gustavo Simão e Mikael Miziescki da equipe técnica.

Participam do evento pesquisadores e acadêmicos do curso de História; Artes; Geografia; Ciências Biológicas; Administração; do Programa de Pós- Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico (PPGDS); do Programa de Pós- Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA); do Centro de Memória e Documentação (CEDOC); e do Laboratório de Arqueologia Pedro Ignácio Schmitz (LAPIS).

Uma parte significativa do sucesso do evento é refletida no número impressionante de 78 artigos científicos submetidos e aceitos para apresentação. Esses artigos abordam uma ampla variedade de tópicos relacionados à geologia, ecologia, história, cultura e outras áreas de pesquisa associadas ao Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul.

“Durante os dois dias do seminário, os participantes têm a oportunidade de compartilhar suas descobertas, insights e pesquisas em painéis e apresentações, fomentando um ambiente de aprendizado colaborativo e promovendo o avanço do conhecimento sobre essa região tão especial”, comenta Izabel.

“Esse comitê desempenha um papel fundamental na promoção da educação e pesquisa dentro do Geoparque Mundial da Unesco, garantindo que as ações acadêmicas e científicas se alinhem com os objetivos de preservação e divulgação desse patrimônio natural e cultural”, disse.

Os pesquisadores da Unesc acompanharam os debates, as palestras e apresentaram estudos resultados das pesquisas de Projetos de Extensão, PIBICs, Mestrados e Doutorados.

Confira:

Pesquisas apresentadas no 2º Seminário de Pesquisas no território do Geoparque Mundial da Unesco Caminhos dos Cânions do Sul:

1 – História dos povos indígenas na região do território Geoparque Mundial da Unesco Caminhos dos Cânions do Sul: arqueologia pública e gestão do território no Extremo Sul Catarinense autoria de Paulo Henrique Dal Pont Michels e Juliano Bitencourt Campos.

2 – Timbé do Sul – patrimônio cultural, histórias e memórias. Autoria de Carlos Eduardo Pereira Gomes, Liziane Acordi Rocha, Michele Gonçalves Cardoso, Paulo Sérgio Osório.

3 – Jacinto Machado – patrimônio cultural, histórias e memórias. Autoria de Laís Guidi Candido, Paulo Sérgio Osório, Michele Gonçalves Cardoso, Liziane Acordi Rocha.

4 – Capacidade de carga turística em paleotocas associada à segurança dos visitantes no Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul. Autoria de Luciano Miranda e Juliano Bitencourt Campos

5 – Morro Grande – patrimônio cultural, histórias e memórias. Autoria de Maria Eduarda Manenti de Jesus, Paulo Sérgio Osório, Michele Gonçalves Cardoso, Liziane Acordi

6 – Os Ecos do Geoparque: o banco de história oral do Cedoc/Unesc. Autoria de Michele Gonçalves Cardoso.

7 – Projeto Geoparque Mundial da Unesco Caminhos dos Cânions do Sul: cartografando o patrimônio arqueológico e a história e cultura dos povos indígenas como subsídio para os processos educativos no ensino fundamental. Autoria de Estéfani de Oliveira Serafim; Bruno Moreira Carola; Juliano Bitencourt Campos; Mikael Mizieski; Lucy Cristina Ostetto Jairo José Zocche.

8 – Geodiversidade ex situ associada ao patrimônio material e cultural: potencialidades para rotas geoturísticas urbanas no município de Torres/RS. Autoria de Mônica P Kravczik Guglielmi e Juliano Bitencourt Campos

9 – Entre a serra e o mar: desenvolvimento regional e a gestão integrada do território no geoparque mundial da Unesco Caminhos dos Cânions do Sul a partir da visão dos atores locais. Autoria de José Gustavo S. da Silva, Álvaro José Back e Ricardo Fonseca.

10 – A paisagem cultural artializada do município de morro grande: entre meandros, apropriações e lugares de passagem do rio Manoel Alves. Autoria de Mikael Miziescki

11 – Arte e patrimônio cultural morrograndense: Neusa Milanez, Renato Rocha e Gabrieli Salvalaio. Autoria de Mikael Miziescki.

12 – Estratégias fundamentadas na ótica das capacidades dinâmicas ao  geoturismo: proposições ao desenvolvimento socioeconômico do Geoparque Caminhos dos Cânions do Sul. Autoria de Izabel Regina de Souza, Silvio Sílvio Parodi Oliveira Camilo, Melissa Watanabe.

13 – Relevância da singularidade socioambiental do Geoparque Cânions do Sul, bacia hidrográfica do rio Mampituba e unidades de conservação no litoral norte do RS e Sul de SC. Autoria de Gustavo Simão.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

06 de outubro de 2023 às 16:36
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Pesquisa da Unesc no Geoparque Mundial Caminhos dos Cânions do Sul é publicada em e-book da Unesco

Pesquisa da Unesc no Geoparque Mundial Caminhos dos Cânions do Sul é publicada em e-book da Unesco
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Engajada nas causas regionais, a Unesc desempenha papel significativo no Geoparque Mundial da Unesco Caminhos dos Cânions do Sul. Esse comprometimento tornou-se ainda mais notável com a inclusão de uma pesquisa no e-book “Unesco Bridges 2023”, divulgado recentemente.

O resumo intitulado “Promovendo a Sustentabilidade Ambiental, Econômica e Social no Território do Geoparque Mundial da Unesco Caminhos dos Cânions do Sul: Explorando a Paisagem, a Arqueologia, a História e a Cultura dos Povos Indígenas como Instrumentos Educacionais”, sintetiza as ações dos docentes e estudantes da Unesc, em colaboração com a equipe técnica do próprio Geoparque.

Segundo o professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), pesquisador do Laboratório de Arqueologia Pedro Ignácio Schmitz (Lapis) da Unesc e coordenador do projeto, Juliano Bitencourt Campos, anualmente são selecionadas iniciativas desenvolvidas em várias regiões do mundo. 

Ele destaca que o projeto foi aprovado para o e-book por ser uma proposta que combina Pesquisa e Extensão, enraizadas em um território que busca a disseminação do saber e a promoção educacional voltada às comunidades tradicionais.

“No contexto dessa iniciativa, destacamos a dualidade de abordar períodos remotos, típica da arqueologia, enquanto também dialogamos com as comunidades contemporâneas, incluindo povos indígenas presentes no território em questão. É uma sequência de eventos que nos honrou com a publicação deste resumo, contendo contribuições do mundo”, diz, entusiasmado.

No resumo apresentado no e-book, os pesquisadores abordaram que o projeto desenvolvido no Geoparque resultou na criação de um mapeamento abrangente do patrimônio arqueológico, histórico e cultural dos povos indígenas na região.

“Por meio da disseminação de conhecimento, essa iniciativa aspira a construir uma sociedade mais justa, equitativa, inclusiva e sustentável dentro da comunidade local. O foco central reside na necessidade de fortalecer os laços de solidariedade e promover uma cultura de paz e cidadania, ressaltando fatores intrínsecos à localidade, como história, cultura, patrimônio, território e biodiversidade”, explica Campos.

O Geoparque Mundial da Unesco Caminhos dos Cânions do Sul engloba dois estados brasileiros e sete municípios (sendo três municípios do Rio Grande do Sul – Torres, Mampituba e Cambará do Sul – e quatro municípios de Santa Catarina – Praia Grande, Jacinto Machado, Timbé do Sul e Morro Grande), que recebeu a chancela da Unesco em abril de 2022. 

A organização conta com uma equipe técnica composta por profissionais das estruturas municipais, que trabalham em conjunto com instituições parceiras e comunidades locais para implementar ações no território.

Sobre o projeto desenvolvido no local

O projeto estabelece uma relação de longa data entre a Unesc, o setor público representado pelo Geoparque Mundial da Unesco Caminhos dos Cânions do Sul e as comunidades indígenas das aldeias Tekoá Marangatu e Tekoá Nhu Porã. Por meio de uma pedagogia voltada para a descolonização da memória e da imaginação humana por meio de um diálogo sócio-cultural-ambiental, esse projeto utiliza a troca de conhecimento em ambientes educativos formais e não formais.

Ele encara a “alfabetização cultural” como um instrumento essencial para compreender a interligação entre território, ambiente e cultura, e como esses elementos se entrelaçam para impulsionar o surgimento de uma identidade holística. Isso conecta as pessoas à paisagem, permitindo que elas se identifiquem como parte integrante do todo. “Este projeto abrange uma ampla gama de fontes, incluindo pesquisa, disciplinas acadêmicas e ensino abordando temas relevantes para a região, como patrimônio, campo, arqueologia, ecologia e geobiodiversidade”, explica.

As escolas envolvidas no projeto passam por várias etapas, incluindo visitas de equipes, treinamentos e intercâmbios de conhecimento entre professores e alunos. Também envolve atividades inclusivas com os alunos, como a elaboração de uma cartografia participativa em sala de aula. Com o objetivo de promover níveis sustentáveis na região onde atua, o projeto está em constante evolução e expansão. 

A pesquisa conta com apoio do Edital nº. 514/2022 Extensão PROPIEX - Diretoria de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias, projetos de extensão por área de conhecimento da Unesc. 

Fazem parte do projeto, além da equipe técnica do Geoparque Gislael Floriano, a equipe de professores e estudantes da Unesc, como os professores do PPGCA Juliano Bitencourt Campos; Jairo José Zocche; professora do curso de História Lucy Ostetto;  professor do curso de Artes Mikael Miziescki; Doutorando do PPGCA José Gustavo Santos, e os graduandos do curso de História Bruno Moreira Carola e Estefani de Oliveira Serafim.

Sobre o Bridges: Ciência da Sustentabilidade orientada para as humanidades Bridges é uma coalizão global de ciência da sustentabilidade organizada dentro do Programa de Gestão de Transformações Sociais (MOST) da Unesco. 

Como uma iniciativa liderada por humanidades, o Bridges promove colaborações transformadoras nos cursos acadêmicos das artes, humanidades, ciências sociais e naturais em parceria com diversas comunidades.

Esses projetos têm como alvo a abordagem ativa das realidades enfrentadas por populações vulneráveis, comunidades e territórios regionais afetados por pressões sociais e ambientais, frequentemente associadas às mudanças climáticas, perda de biodiversidade, extinção de espécies, poluição e aquecimento dos sistemas marinhos, terrestres e atmosféricos em todo o mundo.

Saiba mais: https://bridges.earth/

Saiba mais: https://canionsdosul.org/


 

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

16 de agosto de 2023 às 15:51
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