Ciência Unesc

Seminário traz debates sobre Educação, Arte e Direitos Humanos

Seminário traz debates sobre Educação, Arte e Direitos Humanos
Abertura do evento teve a participação do professor Renato Franco (Foto: Milena Nandi) Mais imagens

Educação, Arte e Direitos Humanos” estão em destaque esta semana na Universidade. O tema vai permear, até quarta-feira (24/5), palestras, mesas-redondas e apresentações de trabalhos durante o 2º Seminário de Educação, Conhecimento e Processos Educativos, realizado pelo PPGE (Programa de Pós-Graduação em Educação). A abertura do evento ocorreu nesta segunda-feira (22/5), com o professor doutor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) Renato Bueno Franco, que abordou o tema “Literatura, Política e Direitos: O Romance na Era do Terrorismo de Estado no Brasil”.

Em sua fala, Franco tratou do Brasil de 1964 a 1985, durante a Ditadura Militar, que segundo ele, foi o momento em que o modelo de Educação que se tem no país foi criado. Franco é doutor em Letras (Estudos Literários) pela Unesp de Araraquara e também defendeu a tese de livre-docência na área de Filosofia na mesma instituição. É professor credenciado do Programa de Pós-Graduação em Sociologia na Unesp e professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da mesma universidade, onde também coordena o Grupo de Estudos Teoria Crítica: Tecnologia, Cultura e Formação. A palestra teve a mediação do professor doutor da Unesc Alex Sander da Silva.

A abertura do Seminário contou com a presença da diretora da UNA HCE (Unidade Acadêmica de Humanidades, Ciências e Educação), Angela Back, que chamou a atenção para a necessidade de debater o tema, especialmente no momento vivido pelo país e para os desafios frente a esta realidade. O coordenador do PPGE, Renato Carola, comentou que também é de responsabilidade dos professores trabalhar pela democracia e Direitos Humanos, que no país, não vem sendo observados há muito tempo. A representante dos alunos do PPGE Geiziane Verdizeri lembrou da importância da participação dos alunos, professores, profissionais e pesquisadores da Educação no evento.

Além das palestras e mesas-redondas, o Seminário terá apresentação de resultados dos estudos produzidos por professores e alunos do Mestrado em Educação da Unesc nas linhas de pesquisa: Educação, Linguagem e Memória; Educação e Produção do Conhecimento nos Processos Pedagógicos e Formação e Gestão em Processos Educativos, e produções acadêmicas realizadas em outras instituições.

Lançamento de livros

Antes da abertura do Seminário, ocorreu o lançamento de duas obras: “Lorenzo Milani – A Escola Barbiana e a Luta por Justiça Social”, pela Editora Unesc, e “Surpreender-se”, pela Editora Scortecci. O primeiro livro marcou o início dos trabalhos da EdiUnesc na tradução de publicações. Trazido para a Língua Portuguesa o original em Inglês “Lorenzo Milani, The School Of Barbiana And The Struggle For Social Justice”, de Federico Batini, Peter Mayo e Alessio Surian, pelos professores da Unesc, André Cechinel e Rafael Rodrigo Mueller, o livro é fruto de uma parceria entre as editoras Unesc e UFSC.

O livro foi apresentado no evento por Mueller. A obra conta a saga de um homem, filho de mãe judia, que se tornou um sacerdote católico, e dedicou a vida em defesa dos pobres e oprimidos. Dom Lorenzo Milani foi viver na zona rural italiana após a Segunda Guerra Mundial e, em meio às montanhas da Toscana, se deparou com baixos níveis de educação e dedicou-se à Escola Popular. Mais tarde, quando foi transferido, criou a Escola Barbiana, uma escola-modelo de educação humanista, em que cada estudante era responsável pelo próprio aprendizado, sem ser inibido por questões como a avaliação do conhecimento.

Houve ainda o relançamento do livro “Surpreender-se”, do professor da Unesc Sansone Pereira. A obra é composta por 65 poesias, desenvolvidas ao longo de 26 anos pelo autor. Ela se divide pelas seções temáticas: Viver, Tempo, Amores, Mulheres, Imaginação e Autoria. O título foi publicado pela Editora Scortecci e a Ediunesc é apoiadora do seu relançamento. O público presente pode ainda conferir os desenhos feitos pelos alunos do Colégio Unesc a partir das poesias do livro de Pereira.

Confirma a programação do Seminário

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

Por: Milena Spilere Nandi 22 de maio de 2017 às 19:11
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Universidade recebe profissionais e pesquisadores para debater Educação e Direitos Humanos

Universidade recebe profissionais e pesquisadores para debater Educação e Direitos Humanos
Seminário vai ter a presença do professor doutor Renato Bueno Franco (Foto: Divulgação) Mais imagens

Professores, alunos, profissionais e pesquisadores se reúnem na Unesc de 22 a 24 de maio, para discutir o tema “Educação, Arte e Direitos Humanos” em palestras e mesas-redondas. As atividades fazem parte da programação do 2º Seminário de Educação, Conhecimento e Processos Educativos, realizado pelo PPGE (Programa de Pós-Graduação em Educação). A abertura do evento ocorre dia 22 às 13h30, com a conferência “Literatura, Política e Direitos: O Romance na Era do Terrorismo de Estado no Brasil”, com o professor doutor Renato Bueno Franco, da Unesp (Universidade Estadual Paulista).

Franco é doutor em Letras (Estudos Literários) pela Unesp de Araraquara e também defendeu a tese de livre-docência na área de Filosofia na mesma instituição. É professor credenciado do Programa de Pós-Graduação em Sociologia na Unesp e professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da mesma universidade, onde também coordena o Grupo de Estudos Teoria Crítica: Tecnologia, Cultura e Formação. A palestra terá a mediação do professor doutor da Unesc Alex Sander da Silva e ocorre no Auditório Edson Rodrigues, localizado no Bloco P da Universidade.

O evento vai contar ainda com a presença de nomes reconhecidos no cenário nacional da Educação, como os professores doutores Doris Bittencourt Almeida (UFRGS), Nara Nörnberg (Unisinos), Patrícia Laura Torriglia (UFSC) e Luciana Gruppelli Loponte (UFRGS).

Além das palestras e mesas-redondas, o Seminário terá apresentação de resultados dos estudos produzidos por professores e alunos do Mestrado em Educação da Unesc nas linhas de pesquisa: Educação, Linguagem e Memória; Educação e Produção do Conhecimento nos Processos Pedagógicos e Formação e Gestão em Processos Educativos, e produções acadêmicas realizadas em outras instituições.

Lançamento de livros

Durante o Seminário, a Editora Unesc vai realizar lançamentos coletivos de obras. Uma delas é “Lorenzo Milani – A Escola de Barbiana e a Luta por Justiça Social”, tradução para a Língua Portuguesa da obra “Lorenzo Milani, The School Of Barbiana And The Struggle For Social Justice”, de Federico Batini, Peter Mayo e Alessio Surian, publicada em Inglês. Este é o primeiro livro traduzido pela Editora Unesc e será lançado no dia 22 de maio, às 14 horas, no Auditório Edson Rodrigues. Com tradução dos professores da Unesc, André Cechinel e Rafael Rodrigo Mueller o livro é fruto de uma parceria entre as editoras Unesc e UFSC.

No mesmo evento ocorre o relançamento do livro “Surpreender-se”, do professor Sansone Pereira. A obra é composta por 65 poesias, desenvolvidas ao longo de 26 anos pelo autor. Ela se divide pelas seções temáticas: Viver, Tempo, Amores, Mulheres, Imaginação e Autoria. O título foi publicado pela Editora Scortecci e a Ediunesc é apoiadora do seu relançamento.

Já no dia 24, às 14 horas, no Auditório Edson Rodrigues, haverá o lançamento da segunda edição de “Jogo, Brincadeira e Brinquedo: usos e significados no contexto escolar e familiar”, escrito pelo professor doutor Gildo Volpato, atual reitor da Unesc, e lançado em 2002 pela Cidade Futura. A obra é uma coedição entre Editora Unesc e Annablume Editora e será disponibilizada para venda em livrarias de todo o Brasil.

Mais informações

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

Por: Milena Spilere Nandi 19 de maio de 2017 às 15:51
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Unesc realiza evento de Ciência, Tecnologia e Inovação

Unesc realiza evento de Ciência, Tecnologia e Inovação
Novas tecnologias em áreas como a metalúrgica e a cerâmica serão discutidas (Foto: Divulgação) Mais imagens

Um espaço para discutir novas tecnologias e produtos desenvolvidos por CT&I (Ciência, Tecnologia e Inovação) com profissionais e empresas de diversos setores que atuem com inovação e sustentabilidade. Assim vai ser o Simpósio de Materiais e Sustentabilidade, que ocorre de 26 a 28 de junho na Unesc. O evento é o primeiro da área na região e os interessados em apresentar estudos, podem inscrever seus trabalhos até 25 de maio. As inscrições para a participação como ouvinte também estão abertas (clique aqui).

Segundo o professor do PPGCEM (Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais da Unesc), Oscar Montedo, o Simpósio foi pensado devido a necessidade de disseminação das atividades de ensino e pesquisa realizadas por alunos e professores do Mestrado em Ciência e Engenharia de Materiais. “Todas as palestras foram cuidadosamente escolhidas para abordar temas relevantes para professores, pesquisadores, alunos de graduação e de pós-graduação de instituições de CT&I e empresas de segmentos como o cerâmico, metalúrgico, polimérico, cimentício e químico que atuem com inovação e sustentabilidade”, comenta Montedo.

A abertura do evento ocorre em 26 de junho, às 19h30, no Auditório Ruy Hülse, com o professor doutor do Departamento de Engenharia Cerâmica e do Vidro da Universidade de Aveiro, em Portugal, João Antônio Labrincha Batista. O palestrante vai falar sobre “Sustentabilidade e Materiais”.

O evento terá ainda a presença de nomes como o dos professores doutores da USP, Jorge Alberto Soares Tenório, que vai falar sobre “Reciclagem e Tratamento de Resíduos”, e Fabiano Raupp Pereira, da UFSC, que abordara a “Obtenção de Materiais a partir de Resíduos”. A programação prevê ainda uma visita ao Iparque (Parque Científico e Tecnológico da Unesc).

O Simpósio é uma realização do PPGCEM (Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais da Unesc), com o apoio Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina).

Confira a programação do evento

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

Por: Milena Spilere Nandi 17 de maio de 2017 às 18:37
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Unesc realiza 1º Encontro de Saúde Mental

Unesc realiza 1º Encontro de Saúde Mental
Psiquiatra e professor da UEPG faz palestras no evento (Foto: Divulgação) Mais imagens

A Unesc realiza, nesta quarta e quinta-feira (17 e 18/5), o 1º Encontro de Saúde Mental: Reflexões sobre Práticas e Saberes, com a participação de profissionais, professores e estudantes de graduação e pós da área da saúde e familiares e usuários dos serviços de saúde mental. O evento terá a presença do médico psiquiatra e professor da UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), do Paraná, Marcelo Kimati, que fará duas palestras. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia do encontro.

A abertura do evento ocorre quarta-feira, às 14 horas, na sala 1 do Bloco O da Universidade, com a palestra  “Saúde Mental na Rede de Atenção à Saúde no SUS”, com o Kimati. Às 19 horas, o professor doutor da UEPG fará outra palestra, desta vez no Auditório Ruy Hulse, abordando os “Desafios e Potencialidades para Efetivação da Rede Intersetorial de Atenção em Saúde Mental na Perspectiva da Reforma Psiquiátrica”.

Médico psiquiatra, Kimati é mestre em Medicina e doutor em Ciências Sociais. Já atuou no Ministério da Saúde como assessor da Coordenação Nacional de Saúde Mental, como Diretor do Departamento de Redes de Atenção à Saúde, do Departamento de Saúde Mental e do Departamento de Políticas sobre Drogas de Curitiba. Atualmente é professor da Disciplina de Saúde de Comunidade na UEPG.

A programação segue na quinta-feira, com “Diálogos na RAPS (Rede de Atenção Psicossocial)”, às 8 horas, na sala 1 do Bloco O, e com o “CineLoucura: Dá pra fazer”, às 13h30, no mesmo local.

Segundo a assistente social e mestranda em Saúde Coletiva da Unesc, que faz parte da comissão organizadora do encontro, Priscila Schacht Cardozo, o evento quer gerar um diálogo sobre a Política Nacional de Saúde Mental entre trabalhadores na área e os usuários dos serviços. “O encontro pretende promover diálogos sobre o cuidado em saúde mental, buscando construir protagonismo com os usuários dos serviços, bem como fortalecer uma rede intersetorial de cuidado em saúde mental”, afirma.

O 1º Encontro de Saúde Mental tem a realização e o apoio da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unesc; Programa DIDH (Diversidades, Inclusão e Direitos Humanos); UNA SAU (Unidade Acadêmica de Ciências da Saúde); Liga de Saúde Mental do curso de Psicologia da Unesc; PPGSCol (Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Unesc); Nuprevips (Núcleo de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde); Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma – Coordenadoria de Saúde Mental; 20ª Gerência Regional de Saúde, e ACR (Anarquistas Contra o Racismo).

Inscrições

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

Por: Milena Spilere Nandi 15 de maio de 2017 às 20:02
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Universidade realiza pesquisa sobre reabilitação de crianças com paralisia cerebral

Universidade realiza pesquisa sobre reabilitação de crianças com paralisia cerebral
Estudo foi realizado para Mestrado em Saúde Coletiva da Unesc (Foto: Milena Nandi) Mais imagens

A Unesc concluiu uma pesquisa científica sobre a eficácia do PediaSuit (uma vestimenta terapêutica ortopédica) na reabilitação de crianças com paralisia cerebral. O estudo realizado no CER (Centro Especializado em Reabilitação), localizado nas Clínicas Integradas da Universidade, foi desenvolvido como uma dissertação no PPGSCol (Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva). O trabalho trouxe evidências científicas de que o tratamento embasado pelo Protocolo PediaSuit pode potencializar a função motora grossa e o desempenho funcional da criança com paralisia cerebral.

O PediaSuit é uma vestimenta ortopédica composta por colete, calção, joelheiras e calçados especiais que são interligados por tiras elásticas. Ele ajuda a alinhar o corpo o mais próximo do funcional possível, restabelecendo a postura correta e a distribuição do peso. A roupa fica ligada a uma “gaiola”, onde fisioterapeutas ou terapeutas ocupacionais desenvolvem exercícios e atividades com os pacientes.

Comprovação científica

O trabalho foi realizado por uma equipe de profissionais vinculados ao CER/UNESC, e a fisioterapeuta e funcionária do CER Unesc Elaine Meller Mangilli utilizou a pesquisa para a sua dissertação “Efeitos Musculares do Protocolo PediaSuit em Crianças com Paralisia Cerebral Espástica”, defendida em março de 2017. Ela faz parte da equipe habilitada para desenvolver atividades terapêuticas utilizando o equipamento PediaSuit e conta que na literatura científica há poucas pesquisas que evidenciem os efeitos decorrentes deste equipamento no tratamento de crianças com disfunções motoras. Segundo Eliane, até então nenhum dos estudos faz referências as alterações fisiológicas do sistema muscular, ou seja, nenhuma pesquisa realizada anteriormente mostrava como os músculos dessas crianças se comportavam diante do tratamento de reabilitação utilizando o PediaSuit.

A dissertação foi orientada pela professora doutora Lisiane Tuon, que conta que até então o equipamento era usado de forma empírica. “Os profissionais usavam, viam o resultado, mas não sabiam como ele agia no corpo para chegar a esse resultado. Ele é um tratamento intensivo e as evidências clínicas de sua eficácia foram encontradas, tanto na avaliação clínica, como também em nível muscular, através de marcadores biológicos avaliados mediante exames de sangue”, explica Lisiane. A análise dos marcadores biológicos foi realizada pelo professor doutor do PPGCS (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde), Paulo da Silveira.

Pode ser alternativa para o SUS
A ideia da pesquisa surgiu de uma conversa entre Lisiane, que também é coordenadora do CER Unesc, com o presidente da Federação das APAEs do Estado de Santa Catarina, Júlio de Aguiar. “Hoje, o PediaSuit está disponível em algumas APAEs do Estado. A intenção é aprofundar a pesquisa e colaborar para que o tratamento seja incorporado pelo SUS e, assim, mais crianças possam ser beneficiadas e passem a ter condições de alcançar uma qualidade de vida melhor”, comenta a professora.

O que é PC
PC (Paralisia Cerebral) é qualquer distúrbio caracterizado por alteração do movimento e anormalidades neuropatológicas não progressiva do cérebro em desenvolvimento. Em boa parte dos casos, a paralisia afeta apenas a questão motora da pessoa, sendo que o desenvolvimento cognitivo ocorre normalmente. “A criança pode nascer com paralisia cerebral ou ter uma queda, por exemplo, e passar a ter. Ela é uma das doenças de maior incidência entre as crianças com incapacidades motoras. Pessoas com PC têm alteração do tônus muscular, alterações nos músculos e no esqueleto, dificuldade para executar movimentos voluntários e déficit no desenvolvimento das habilidades funcionais”, explica Eliane Meller Mangilli, a autora da pesquisa.

Como o estudo foi desenvolvido

Em seu estudo, a agora mestre em Saúde Coletiva, destaca que tratamentos intensivos de reabilitação como o Protocolo PediaSuit, vem sendo aplicados com o intuito de potencializar os ganhos motores e funcionais, apresentando-se como uma nova possibilidade de reabilitação, independência, qualidade de vida, autonomia e inclusão.

Para a pesquisa, Eliane acompanhou dez meninos e meninas dos 3 aos 12 anos, encaminhadas pelas APAEs da região, com problemas motores decorrentes da paralisia cerebral do tipo espástica (corresponde a até 70% dos casos. Neles, os músculos estão em contração contínua, e os movimentos executados pela criança são bruscos. Com o tempo a criança desenvolve deformidades nas articulações).

Os participantes do estudo passaram um mês sendo analisados. Cada um realizou cinco sessões por semana de quatro horas diárias (com apenas 15 minutos de pausa para um lanche) no PediaSuit. Ao todo, as crianças foram submetidas ao tratamento de reabilitação por 20 dias. Este é o procedimento estabelecido pelo Protocolo PediaSuit, que prevê que após esse período, as crianças passem as próximas duas semanas realizando os exercícios na “gaiola” por um tempo que some seis horas por semana.

Reabilitação na Unesc
A Unesc possui dois equipamentos PediaSuit. O primeiro foi doado pela APAE de Criciúma ao CER no final de 2015 e utilizado desde o início de 2016 para pesquisa e atendimentos. O segundo chegou à Unesc em 2016 por meio de fomento externo, a partir de um projeto elaborado pelo CER. Em cerca de um ano, 50 crianças fizeram o tratamento de reabilitação por meio do PediaSuit. A intenção é que em 2017 se inicie o trabalho com adultos com paralisia cerebral.

Como surgiu o PediaSuit
Em 1971, o “Penguin suit” foi desenvolvido pelo programa espacial da Rússia. Esta vestimenta especial foi usada pelos astronautas em voos espaciais para neutralizar os efeitos da ausência de gravidade sobre o corpo, como a perda de densidade óssea e problemas motores. Cientistas e especialistas em medicina espacial, depois de uma longa pesquisa, criaram este macacão com ação de carga, o que tornou, longas viagens ao espaço possíveis.

Anos depois terapeutas perceberam que a tecnologia poderia ser usada em pacientes com paralisia cerebral e outros problemas neurológicos. Nos anos 1990, uma clínica na Polônia desenvolveu o “Adeli suit”, a primeira roupa a ser usada em crianças com paralisia cerebral.

Em 2006 o equipamento PediaSuit foi desenvolvido pelo piloto brasileiro Leonardo de Oliveira e por terapeutas, nos Estados Unidos. O grupo desenvolveu PediaSuit com base no “Penguim suit” da Rússia, mas com adaptações e melhorias. Hoje, ele é o tipo mais moderno de macacão terapêutico ortopédico disponível.

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

Por: Milena Spilere Nandi 21 de março de 2017 às 15:40
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