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Engenheiro da Deflor ministra minicurso na Unesc

A bioengenharia é uma excelente estratégia para a recuperação de ambientes degradados pela atividade humana, a partir da utilização de recursos da própria natureza. Esta possibilidade foi abordada esta manhã, na Unesc, durante minicurso, ministrado pelo engenheiro Luiz Lucena, da Deflor Bioengenharia, empresa de Belo Horizonte. Diretor para o Brasil da IECA/Iberoamérica (Associação Internacional de Controle de Erosão e Sedimentos), ele falou sobre o tema "Modernas Técnicas de Bioengenharia de Solos em RAD (Recuperação de Áreas Degradadas)". Participaram do evento acadêmicos, professores e profissionais da área que atuam na região, numa promoção do curso de Engenharia Ambiental.

Apresentando informações técnicas sob o método desenvolvido por sua empresa em bioengenharia, Lucena fez do bom humor seu melhor expediente para entreter durante mais de três horas o público superior a 60 pessoas que lotou a sala 1 do bloco O. Em meio aos aspectos tecnológicos relativos à recuperação ambiental, ele também refletiu sobre a necessidade de minimizar os impactos atualmente produzidos sobre o meio ambiente, por meio da prevenção.

Em relação a áreas degradadas de declive, o palestrante demonstrou a eficácia da vetiver, uma gramínea exótica proveniente do sul da Índia usada para conter a erosão. "É uma espécie com raízes longas, chegando a mais de um metro, que não apresenta risco de virar praga e é muito eficiente na contenção de erosões em encostas", afirmou.

Durante sua exposição, Lucena também fez menção à importância da interdisciplinaridade em projetos de recuperação, valorizando a participação de biólogos e geógrafos, além de engenheiros, segundo eles, de grande importância. Da mesma forma, afirmou que o trabalho de recuperar áreas degradadas representa apenas 50 por cento do esforço humano. "Os outros 50 por cento a natureza, por si só, trata de recuperar", destacou.

A Deflor

A Deflor Bioengenharia produz biomantas antierosivas em escala industrial, a partir de fibras vegetais, palha agrícola, fibra de coco e fibras sintéticas. As fibras são costuradas industrialmente, formando uma trama resistente, protegidas por redes de polipropileno ou juta, o que permite programar sua degradabilidade. As biomantas antierosivas protegem imediatamente o solo, até que a vegetação se estabeleça. Saiba mais sobre a empresa. 20 de setembro de 2007 às 17:48