Boletim
Censo 2022
Publicado em: 13/10/2025 - 15:00
Autor (a): Afonso
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Um levantamento realizado pelo Observatório de Desenvolvimento Socioeconômico e Inovação da Unesc, a partir do Censo 2022 do IBGE, revela que o Sul de Santa Catarina concentra 11.646 pessoas com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA). O estudo detalha a distribuição dos casos nas três principais associações regionais – AMESC, AMREC e AMUREL – e aponta tanto a prevalência do transtorno quanto os desafios enfrentados em termos de escolarização e políticas de inclusão.
Na região da AMESC (Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense), foram registrados 2.139 casos, dos quais 67,2% são homens e 32,8% mulheres. Araranguá lidera com 601 registros, seguida por Sombrio (282) e Passo de Torres (200). Em contrapartida, municípios menores, como Ermo (9) e Morro Grande (17), apresentam números bastante reduzidos.
Já a AMREC (Associação dos Municípios da Região Carbonífera) concentra o maior número absoluto: 5.116 pessoas autistas, sendo Criciúma o destaque regional e estadual, com 2.657 casos, o equivalente a mais da metade da região. Içara (940) e Forquilhinha (639) aparecem em seguida, enquanto Treviso (25) registra o menor total.
Na AMUREL (Associação dos Municípios da Região de Laguna), o número chega a 4.391 pessoas, com Tubarão (1.300), Imbituba (956) e Laguna (699) respondendo por quase 70% dos casos locais. Apesar de apresentar a menor diferença percentual entre os sexos, a predominância masculina permanece como padrão.
O estudo também evidencia questões ligadas à escolaridade. Nas três regiões, a maioria das pessoas autistas maiores de 25 anos encontra-se na faixa de “sem instrução e fundamental incompleto”, um dado que levanta preocupações quanto à inclusão educacional e ao acompanhamento da trajetória escolar dessa população. Criciúma, Tubarão e Imbituba, no entanto, se destacam pela presença mais expressiva de pessoas com ensino médio e superior completo.
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