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Profissionais da saúde debatem temas relacionados ao suicídio

Profissionais da saúde debatem temas relacionados ao suicídio
Atividades do Simpósio de Neurociências iniciaram nesta sexta-feira (Fotos: Milena Nandi) Mais imagens

Os casos de suicídio têm aumentado consideravelmente nos últimos anos e as taxas que mais tem crescido envolvem adolescentes e adultos jovens. Para se ter uma ideia, o suicídio é a segunda maior causa de morte entre adolescentes e adultos jovens no Estado e as taxas do ato aumentaram 25% nos últimos 10 anos entre pessoas mais jovens. Santa Catarina é hoje o segundo estado com a maior taxa de suicídio do Brasil. Os dados foram apresentados nesta sexta-feira (22/9) pela médica psiquiatra Joana Pargendler durante a abertura do 15ª Simpósio de Neurociências da Unesc. Segundo ela, os dados chamam a atenção para a necessidade de tomada de atitude do poder público e da sociedade a respeito do assunto.

Durante a palestra, Joana apresentou outros dados ainda. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), quase 100% dos suicídios estão ligados a transtornos mentais e, por isso, são potencialmente evitáveis. Além disso, 75% dos suicidas procuraram atendimento em serviço de atenção primária até um mês antes do ato.

“Ainda há um despreparo dos trabalhadores da área da saúde para atender a estas demandas e há falta estrutura no SUS para atendimentos ambulatoriais e de internação para pacientes com transtornos mentais. A capacitação de profissionais das áreas da saúde e da educação, a conscientização da sociedade a respeito do tema e a cobrança das entidades públicas por melhoras na estrutura de atendimento na saúde mental são necessários para mudarmos esse quadro”, afirma a psiquiatra.

A palestra de Joana Pargendler foi mediada pela coordenadora do Laboratório de Neurociências da Universidade, Alexandra Zugno.

Evento

Na abertura do evento, a coordenadora geral do Simpósio, Samira Valvassori, falou da importância dos debates sobre o tema, que vem apresentando um crescimento preocupante no número de casos. Ela comentou ainda sobre a necessidade dos profissionais de saúde e educação se capacitarem cada vez mais sobre o assunto. A professora Josiane Budni, também da comissão organizadora do evento, complementou falando sobre o trabalho do Laboratório de Neurociências da Universidade, organizador do evento, na pesquisa e disseminação do conhecimento.

O pró-reitor de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Unesc, Oscar Montedo, lembrou da atualidade do tema e da necessidade de ser debatido pela comunidade. Ele afirmou ainda que a Universidade é um espaço para que assuntos de relevância social sejam colocamos em discussão.

O Simpósio de Neurociências da Unesc continua neste sábado (23/9) com temas como epidemiologia do suicídio, fatores de risco, suicídio na infância e adolescência, intervenções farmacológicas e desafios para a Psicologia.

O evento conta com o apoio da Capes, Fapesc, InJQ, Associação Brasileira de Psiquiatria e Associação Catarinense de Psiquiatria.

Mais informações

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

22 de setembro de 2017 às 22:08
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