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Qualidade dos alimentos no Brasil é discutida na abertura da Semana de Ciência e Tecnologia

Qualidade dos alimentos no Brasil é discutida na abertura da Semana de Ciência e Tecnologia
Evento ocorre até esta sexta-feira (Fotos: Alfa Comunicação) Mais imagens

A partir da imagem de um prato tradicional da mesa brasileira, com arroz, feijão, salada e carne, a professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Paraná, Regina Maria Ferreira Lang, provoca uma reflexão: é saudável? Uma resposta automática seria sim, mas Regina passa a apresentar os agrotóxicos presentes naquela "inocente" refeição. O debate sobre a qualidade dos alimentos consumidos pela população brasileira e o papel da ciência neste contexto, foi o centro da palestra proferida pela professora na abertura da 7ª Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc, na noite desta segunda-feira (17/10) no Auditório Ruy Hülse. O evento com o tema "A Ciência alimentando o Brasil" segue até sexta-feira (21/10) com uma série de palestras, apresentações de trabalhos científicos, oficinas e workshops.

Para a professora Regina Maria Ferreira Lang, é preciso resgatar os sistemas produtivos sustentáveis para proporcionar uma alimentação mais saudável à população. "A agricultura que usa agrotóxico é chamada de convencional, mas temos milhões de anos de produção de alimentos sem uso de agrotóxicos. Temos que recuperar isto", afirmou. Regina defendeu que a ciência deve reconhecer também os saberes, não apenas a tecnologia. Ela citou o impacto do uso de pesticidas na qualidade da alimentação. "Em média, cada pessoa consome por ano cinco quilos de agrotóxicos presentes nos alimentos", revelou. 

Regina afirmou que há estudos mostrando a presença destas substâncias no leite materno de agricultoras. Além do resgate da forma tradicional de plantio, Regina sustentou a necessidade de políticas públicas que garantam a produção neste modelo.

Semana de Ciência e Tecnologia

O tema "Ciência alimentando o Brasil" é apresentado de diversas formas na Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc. A pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão da Universidade, Luciane Ceretta, afirmou estar convencida de que educação, ciência e tecnologia contribuem para a redução da desigualdade social do país. "Cabe à Universidade promover uma ciência em favor da vida", comentou.

Para a pró-reitora de Ensino de Graduação, Maria Aparecida Melo, a Semana de Ciência e Tecnologia coloca o conhecimento no mais alto patamar e transforma-se em um espaço de socialização dos saberes. Colocando o evento como resultado de todo investimento realizado pela Unesc em pesquisa e extensão, a pró-reitora de Administração e Finanças, Kátia Sorato, acredita que a ciência "transforma a Universidade, transforma a comunidade e transforma o país".

A coordenadora da Semana de Ciência e Tecnologia da Unesc, Gisele Coelho, apontou o crescimento do evento como um indicativo da resposta da comunidade. Neste ano, foram 30% a mais de inscritos do que na edição do ano passado. "A partir do momento em que a comunidade passa a participar começa a aflorar todo o trabalho científico da Universidade. 

A diretora da UNA HCE (Unidade Acadêmica de Humanidades, Ciências e Educação da Unesc), professora Ângela Back, lembrou também que o debate sobre conhecimento e ciência se reveste de urgência diante de tantas medidas provisórias e portarias e "não se esgota no ambiente acadêmico, deve ser estendido a toda comunidade". O diretor da UNA CET (Unidade Acadêmica das Ciências, Engenharias e Tecnologias), Evanio Ramos Nicoleit, e o presidente do DCE Unesc, Franciel Tupã, também participaram da abertura do evento, entre outros membros e representantes da Universidade.

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

17 de outubro de 2016 às 23:44
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