PPGCS - Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde

Pesquisador da Unesc comenta sobre as pesquisas em torno do Covid-19

Pesquisador da Unesc comenta sobre as pesquisas em torno do Covid-19
Felipe Dal Pizzol aponta que, apesar de muitas descobertas sobre o vírus já terem sido feitas, ainda é necessário que se trilhe um longo caminho na pesquisa sobre o tema (Foto: Reprodução) Mais imagens

A importância da pesquisa científica diante da pandemia do Covid-19 em todo o mundo está a cada dia mais evidente. É por meio de estudos e testes que a comunidade mundial espera encontrar soluções para a situação que se agrava a cada dia. Na visão do professor e pesquisador do Laboratório de Fisiopatologia Experimental da Unesc do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS), Felipe Dal Pizzol, muito já foi descoberto sobre o vírus desde o seu surgimento na China, porém, diante de sua complexidade, há um caminho muito longo a ser percorrido pelos cientistas em busca de respostas concretas capazes de o frear.

Conforme Felipe, entre as importantes pesquisas realizadas até então já foi possível conhecer bem o curso clínico da doença, os sintomas e, por exemplo, a percentagem de pessoas que acaba a desenvolvendo formas mais graves. “Já se sequenciou completamente o genoma do vírus e já se conhece ele em profundidade do ponto de vista molecular, o que é primeiro grande passo para que tenhamos, no futuro, vacina e fármacos para o combate”, salienta.

Os primeiros estudos realizados com seres humanos já foram iniciados no Estados Unidos e, de acordo com o pesquisador, o próximo passo será a realização de ensaios clínicos para detectar a eficácia de antivirais para o tratamento. “O mundo inteiro está mobilizado neste trabalho. Verbas de grandes institutos estão sendo direcionadas para esta pesquisa. Recebemos isso diariamente por e-mail, Whatsapp, publicações nas mais importantes revistas do mundo. Cada dia se acrescenta muito conhecimento acerca disso”, completa.

Com relação ao avanço da pandemia, para o pesquisador, não há ainda como fazer previsões. “Tem muita incerteza de como a epidemia vai caminhar. As curvas de crescimento são muito diferentes dependendo do local que se analisa e das medidas tomadas em diferentes países. Já temos várias certezas, entretanto, temos que conhecer muito melhor para prever qual o futuro da situação”, opina.

A expectativa do pesquisador é de que em até seis meses sejam publicados resultados de ensaios clínicos que comparam antivirais contra placebo ou estudos de imunogenicidade das vacinas.

Mayara Cardoso - Agência de Comunicação Unesc 

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

18 de março de 2020 às 09:55
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