Laboratório de Arqueologia Pedro Ignácio Schmitz

Alunos do Colégio Unesc trocam experiências com índios da Escola Estadual Indígena Nhu Porã

Alunos do Colégio Unesc trocam experiências com índios da Escola Estadual Indígena Nhu Porã
Estudantes da Escola Estadual Indígena Nhu Porã, de Torres, visitaram a Unesc (Fotos: Vitor Netto) Mais imagens

Sorrisos, apresentações e muito aprendizado. Assim foi a tarde dos alunos do 1º ano do Colégio Unesc e dos estudantes da Escola Estadual Indígena Nhu Porã, na localidade de Campo Bonito. Isso porque uma parceria entre o Colégio Unesc, o LAPIS (Laboratório de Arqueologia Pedro Ignácio Schmitz), do PPGCA (Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais) e com o apoio do Ânima e do NEAB (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros), trouxe os índios da cidade de Torres para conhecer a Universidade e trocar experiências nesta quarta-feira (12/9).

Os alunos do 1º ano do Colégio Unesc trabalharam em sala de aula a cultura indígena e, para marcar o encerramento do conteúdo, receberam a visita dos integrantes do grupo indígena. Entre os assuntos estudados estiveram a cultura, a vivência e a arte indígena, como por exemplo o grafismo, que é a pintura corporal. “O interesse foi despertado com o incêndio do Museu Nacional. Dessa situação surgiu a ideia de trazer os indígenas para tratarmos do assunto, pois estudamos a cultura indígena como patrimônio histórico”, explica a professora responsável, Ana Karen Rosado.

De acordo com o coordenador do Ânima, João Batanolli, a convivência entre as crianças do próprio grupo é o que mais desperta interesse. “Uma convivência valiosa, um amor muito grande que têm entre si. Temos muito o que aprender com eles, como por exemplo a lição de ser feliz com poucas coisas”, enfatiza.

Educação diferenciada

Acompanhando o grupo de estudantes, esteve no Colégio o professor da Escola indígena, Francisco Moreira Alves, que é responsável pela alfabetização guarani, do 1º ao 7º ano. “Nós ensinamos todas as séries tanto na língua portuguesa quanto na língua guarani. Eu dou aula de guarani, tratando sobre a língua, os valores e a arte do nosso povo”, comenta.

Além disto, os alunos também aprendem as disciplinas de ensino comum e de preservação da cultura guarani.

Desconstrução de estereótipos

Para Alves, o principal objetivo do contato proporcionado foi difundir a cultura indígena. “É importante para nós estarmos aqui para divulgar a nossa cultura e destruir essa negatividade. A nossa cultura sempre está presente e, se as pessoas não verem isso, não vão respeitar ela”, comenta.

Acrescentando à fala de Alves, a professora Ana Karen afirma que a visita tinha a proposta de desconstruir estereótipos. “Além de vermos a cultura deles, nós também estamos mostrando a nossa cultura”, completa.

Os visitantes conheceram ainda o Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski da Unesc, tiveram momentos de brincadeiras de integração, oficinas de artesanato e rodas de conversa. Os representantes da tribo participaram também de um momento de conversa com os estudantes da primeira fase de Medicina, na disciplina de Interação Comunitária, conversando sobre aspectos de saúde e comunitários.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

13 de setembro de 2018 às 18:47
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