Pedagogia

Unesc realiza Colóquio História e Memória da Educação

Unesc realiza Colóquio História e Memória da Educação
Evento tratou sobre a vida e obra de Paulo Freire (Fotos: Mayara Cardoso) Mais imagens

O Auditório Edson Rodrigues esteve completamente lotado de estudantes sedentos por conhecimento na quinta edição do Colóquio História e Memória da Educação: 50 anos após a Pedagogia do Oprimido - um tributo a vida e obra de Paulo Freire. O evento ocorreu na noite desta quarta-feira (15/8) e reuniu acadêmicos e professores dos cursos de Pedagogia, Psicologia, Mestrado em Educação e História, contando com mais de 100 participantes.

O colóquio é fruto de uma parceria entre o Grupehme (Grupo de Pesquisa História e Memória Da Educação), Grupo de Pesquisa Patrimônio Cultural Histórias e Memórias, Esma (Grupo de Pesquisa Educação, Saúde, Meio Ambiente), Cedoc (Centro de Memória e Documentação) e curso de Pedagogia da Unesc, com o apoio do PPGE (Programa de Pós-Graduação em Educação) da Universidade.

A programação do evento foi dividida entre três turnos, sendo iniciada com a apresentação do documentário Alfabetização em Angicos - A Pedagogia de Paulo Freire, pela manhã. Durante a tarde foi realizada uma mesa-redonda com o tema “Educação Libertadora e compromisso social”, tendo como participantes os professores doutores do PPGE Carlos Renato Carola e Giani Rabelo, sendo mediados pela professora doutora do PPGE Janine Moreira. Já durante a noite o auditório recebeu a conferência “A atualidade do pensamento pedagógico de Paulo Freire”, ministrada pelo professor doutor Thiago Ingrassia Pereira da Universidade Federal da Fronteira Sul.

O foco da conferência foi abordar os conceitos-chave da proposta pedagógica de Paulo Freire, sendo eles inacabamento, dialogicidade e transformação social, considerando sua perspectiva educacional emancipatória. Por meio das explicações trazidas pelo conferencista foi possível ainda levantar informações das obras de Freire fazendo uma analogia com a atualidade.

Informações valiosas


Para a psicóloga, professora e mestra em saúde coletiva, Dipaula Minotto da Silva, a temática levantada ao longo do evento traz esperança em um momento em que existe tanta dificuldade na diferenciação do que é conscientização e o que é doutrinação. “Como docente vejo essa questão como um constante desafio: transformar conversas em diálogos. Acredito que isso seja algo que precisa ser construído dentro da nossa atribuição. Vejo que meu papel é principalmente o de gerar reflexões, isso que Freire nos convida e traz tanto conhecimento”, comentou.

Conforme o professor Thiago, entre os diferenciais de Paulo Freire está a autocrítica, ação que poucos pensadores fazem. “Ele pensa no que dá para mudar em algo que escreveu no passado. Se percebe uma evolução de pensamento ao longo de suas obras e isso é uma das coisas que chama muito a atenção. Um exemplo é a questão da ideologia de gênero. Em seus últimos livros ele tem o cuidado com a linguagem de gênero. Isso é muito interessante. Ele mesmo se avalia, percebe onde poderia estar pecando e muda, evolui”, explica.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

17 de agosto de 2018 às 09:24
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