História

Estudantes da Unesc tem contato com a cultura Guarani

Estudantes da Unesc tem contato com a cultura Guarani
Professor Francisco Quaray respondeu as dúvidas dos alunos (Fotos: Mayra Lima) Mais imagens

Dados da Funasa de 2010 indicam a existência de mais de 9 mil indígenas vivendo em aldeias em Santa Catarina, pertencentes três etnias: Kaingang, Guarani e Xokleng. Os Kaingang são maioria no estado, com uma população de mais de 6 mil pessoas. Os Xokleng somam mais de mil pessoas, assim como os Guarani, que também têm uma população de mais de mil integrantes, e que foram o foco central de debate da tarde desta quinta-feira (19.4).

O representante da tribo Guarani, professor Francisco Quaray, veio até a Unesc para compartilhar informações sobre a cultura indígena. O encontro, contou com estudantes dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, História e Educação Física, que tiraram suas dúvidas e aprenderam diversas questões ligadas a moradia, educação, religião, entre outras tradições. "As duas culturas podem construir um mundo melhor, para a sociedade, para as crianças”, contou. Quando questionado sobre o que levou o Brasil a perder a raiz da cultura indígena, Francisco comenta: “Ninguém dá valor ao indígena. Para eles o índio é uma lenda, tem que morar no mato. Não há reconhecimento às nossas terras, à nossa cultura e nem ao próprio meio ambiente. E tudo isso nos afeta. Então a gente busca, por meio da Universidade, poder ter esse espaço para falar e mostrar que juntas, nossas duas culturas, podem construir um mundo melhor”, ressaltou.

O professor João Batanolli, ressaltou a beleza do povo Guarani, e no quanto fazemos parte dessa cultura, sem nem perceber. “Eu sinto e vejo que o índio já está dentro de nós, nós somos índios, mas pelo predomínio de uma cultura, a gente não se dá a conhecer. Mas a nossa musicalidade, nossa amorosidade, nosso alto grau de inteligência emocional, que é reconhecido na Europa pelos outros povos, mostra isso, nós temos essa herança indígena no espírito brasileiro. ”, ressaltou o professor.

Universitários tiram duvidas


Dentre as perguntas feitas para Francisco, a estudante da 6ª fase do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unesc, Brenda Bittencourt, questionou a forma de moradia dos índios. “Ele contou pra gente que atualmente vivem em casas de alvenaria, já que não querem, e não podem, perder a evolução do mundo. Mas isso não quer dizer que eles não passam a cultura deles, daquela casa feita de pau a pique, feita de bambo, palha, e outros materiais, de geração em geração”, contou a aluna.

Também participou do encontro, que teve o apoio do NEAB (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, Indígenas e Minorias), o professor do curso de Arquitetura e Urbanismo, Geraldo Bilioli.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

19 de abril de 2018 às 21:53
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