Direito

“Escola de Pais e Filhos” desenvolve atividades na área da saúde coletiva em Criciúma

“Escola de Pais e Filhos” desenvolve atividades na área da saúde coletiva em Criciúma
Encontro na Escola Padre Carlos Wecki ocorreu no dia 28 de novembro (Fotos: Divulgação) Mais imagens

Um espaço para troca de experiências por meio do diálogo e respeito às diferenças e que envolve família e escola. Esta é a proposta do projeto de extensão “Escola de Pais e Filhos: Diálogos entre universidade, escola e comunidade”, desenvolvido dentro do Programa Território Paulo Freire. As atividades na área de saúde coletiva ocorrem desde 2018 nas escolas de Criciúma: José Contim Portella, Professora Lili Coelho e Padre Carlos Wecki. O projeto será realizado nas unidades escolares até 2020 e tem como público alvo professores, pais ou responsáveis, crianças e adolescentes matriculados nas escolas participantes.

Nos dias 28 de novembro e 2 de dezembro, a equipe do projeto de extensão se reuniu com os participantes da “Escola de Pais e Filhos” para um encontro com o objetivo de confraternizar e marcar o encerramento das atividades no ano de 2019. Durante o encontro, houve uma avaliação dos participantes sobre as atividades desenvolvidas pelo projeto ao longo do ano, bem como um espaço de confraternização de Natal, com o sorteio de cestas. As atividades da “Escola de Pais e Filhos” serão retomadas em fevereiro de 2020.


A equipe do projeto é composta por professores e acadêmicos (bolsistas e voluntários) dos cursos de graduação em Enfermagem, Psicologia, Direito, Pedagogia e Artes Visuais da Unesc, pós-graduandos do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, Atenção Básica e mestrandos do PPGSCol (Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva), como uma atividade de inserção social junto à comunidade.

A atual coordenadora do projeto, professora do curso de Enfermagem e do PPGSCol da Unesc, Fabiane Ferraz, afirma que ao longo de 2019 a “Escola de Pais e Filhos” atingiu cerca de 1.800 participantes (adultos e crianças). “O projeto ocorreu em três momentos desenvolvidos simultaneamente com públicos distintos, visto serem independentes em suas atividades”, comenta.

Projeto agrupou atividades em três momentos

As atividades ao longo do ano foram divididas em três momentos. Segundo Fabiane, os dois primeiros foram estruturados na lógica Freireana, sendo realizado o levantamento das necessidades e a realização das ações ocorrendo a partir das demandas dos participantes.

A professora explica que no Momento I, foram realizados de quatro a oito encontros com pais/responsáveis e crianças em cada escola participante, com os temas sobre saúde bucal, alimentação saudável, direito e cidadania, psicologia infantil, relação pais e filhos e cultura de paz.

No Momento II, os temas trabalhados foram: higiene pessoal, mental e do ambiente em que vivemos; alimentação saudável e cuidado com os alimentos; higiene pessoal e doenças relacionadas a falta de higiene; sexualidade, ISTs e métodos contraceptivos; e saúde mental e cultura de paz. Segundo Fabiane, este momento foi organizado a partir de um ensaio de curricularização da extensão junto a duas disciplinas do curso de Enfermagem (ISC-I e SI-II) e ocorreu nos dois semestres de 2019, totalizando 30 turmas das três escolas de Criciúma.



Com relação ao segundo momento do projeto em 2019, a professora do curso de Psicologia da Unesc, Elenice de Freitas Sais, destaca a importância da relação interdisciplinar estabelecida para estruturação das propostas realizadas nas disciplinas do curso de Enfermagem. “O projeto de extensão consegue implicar os diferentes participantes para a construção das ações a fim de atender as demandas. Por exemplo, eu que trabalho o tema cultura de paz, num determinado momento do semestre sou convidada pela professora Fabiane a estar em sala de aula do curso de Enfermagem para orientar os acadêmicos que estão construindo projeto sobre essa temática”.

Algo semelhante ocorre com os participantes da Residência Multiprofissional. Fabiane é professora de uma disciplina do programa e articula a participação dos especializandos na orientação dos grupos de alunos da graduação para formulação dos projetos que serão desenvolvidos no Momento II nas escolas.

A professora do curso de Direito, Renise Zaniboni explica que as ações do Momento I ocorreram no período noturno em dois espaços distintos nas escolas: um em que os pais, professores e convidados da comunidade desenvolveram um diálogo sobre o tema do encontro e outro espaço onde ficam as crianças com os bolsistas da Pedagogia e profissionais voluntários da Residência Multiprofissional, que realizavam produções artístico-pedagógicas também relacionadas ao tema trabalhado com os pais naquele encontro.

A professora do curso de Artes Visuais da Universidade, Katiuscia Oliveira, comenta que em algumas escolas, como a Padre Carlos Wecki, encontros tiveram a participação de um representante da Secretaria de Educação do município. Segundo ela, esta presença expressa a interlocução real que o projeto “Escola de Pais e Filhos” possui com a comunidade e a Secretaria de Educação de Criciúma.



No Momento III, foram realizadas atividades de formação continuada junto aos professores e equipe diretora das escolas, desenvolvidas por professores e alunos do de Pedagogia na Unesc. “Buscamos trabalhar ‘o sensível’ e em uma das ações, convidamos as escolas a prestigiarem uma peça teatral, sendo que houve grande participação de alunos e professores”.

Depoimentos


A mãe participante da “Escola de Pais e Filhos”, Daiane Ferrari Francisco, avalia que o projeto foi de grande valor, tanto em sua casa quanto na escola. “Nós pais precisamos compreender a importância de estarmos engajados junto com a escola na educação dos nossos filhos. Estou muito feliz e sou muito grata por ter tido a oportunidade de participar do projeto, pois tive a possibilidade de conhecer os professores e a direção e estabelecer um diálogo com eles”, afirma.

Daiane salienta ainda que o projeto de extensão a aproximou ainda mais de seu filho e que a troca de experiências com os participantes e equipe foi muito salutar. “O que eu não sabia, tive a oportunidade de aprender, e o que eu sabia, passei para outras pessoas. Eu pude ver a diferença ao longo desse ano no meu filho, a partir do modo como passei a me relacionar com ele. Percebi a diferença nele e em mim e isso não tem preço. Só tenho gratidão pela equipe da Unesc que veio na escola realizar esses encontros. Era bom que todos os pais que tivessem filhos na escola, participassem. O ano que vem eu vou estar novamente no projeto, porque me fez muito bem!”.

Já a diretora da Padre Carlos Wecki, Tomazia Alexandra de Barros Martinhago, destaca como ponto positivo o esmero dos membros do projeto com a escola para desenvolvimento dos diferentes momentos do projeto e a seriedade na realização das atividades. “Isso se exteriorizou nesse encontro final, pois reunir mais de 200 pessoas nessa época do ano é algo muito difícil. Os pais, professores, direção da escola e comunidade em geral que participou do projeto Escola de Pais e Filhos tem muito a agradecer e registrar o grande aprendizado que o projeto proporcionou aos participantes.

Aguardamos o projeto em 2020 e agradecemos a parceria estabelecida com a Unesc por meio de projetos de extensão para fortalecer o vínculo da escola com a comunidade”, salienta.



A assistente de direção da Escola Lili Coelho, Marileia da Silva Serafim, comenta que o projeto é de extrema relevância, visto que aborda temas que emergem das necessidades dos participantes. “Tanto nas atividades feitas só com os alunos à tarde, quanto as realizam à noite, os participantes aprenderam muito! Agradecemos pela parceria e esperamos o retorno das ações em 2020”.

A diretora da Escola José Contim Portella, Simone Garcia Conceição agradece à equipe do projeto, e salienta a importância da parceria com a Universidade.  

Milena Nandi – Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

05 de dezembro de 2019 às 15:15
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