Exposição apresenta trabalhos realizados pela Odontologia em Caps
“Antes de sermos dentistas, temos que ser pessoas. Isso nos ensina a ‘ser humano’”. Assim afirma a acadêmica da 5ª fase do curso de Odontologia da Unesc, Ana Carolina Conti. Ela e mais a 29 estudantes participaram ao longo do semestre de uma atividade diferente. Eles tiveram contato direto com os usuários dos CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) III e o CAPS AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas), da Prefeitura de Criciúma. Para encerrar o projeto, alunos, professores e os participantes do Centro estiveram reunidos no Hall do Bloco S para a exposição Saída Terapêutica – Pacientes do Serviço CAPS Criciúma – Mostra fotográfica e apresentação.
A proposta do projeto era que os acadêmicos fossem até os Centros e desenvolvessem atividades com os usuários, afim de aumentar a visão do aluno quanto ao paciente e, ao mesmo tempo, que pudessem colaborar levando informações da área. “Nós geralmente focamos muito no tratamento e uma boca não é só uma boca, é uma pessoa. Tem uma história ali por trás daquele paciente”, explica a professora Karina Marcon.
Entre as atividades propostas estavam exercícios motores, jogos da memória, atividades sensoriais, oficinas de músicas, higienização, cuidado bucal e entre outras. “Euu propus foi que os alunos também pudessem entender como funciona a rede saúde e como é gratificante trabalhar em conjunto em prol de um lado mais humano”, acrescenta a professora.
Primeiro conhecer, depois tratar
Um dos diferenciais elencados pelos acadêmicos, está a possibilidade de “sair” do mundo da odontologia e conhecer um pouco sobre o paciente. “Na clínica se tem muito essa relação de paciente e o dentista, mas nessa atividade foi a relação de pessoa com a pessoa. Primeiro nós temos que conhecer, para depois tratar”, comenta a Ana Carolina. “Isso toca a alma, pois nós conversamos com eles, entendemos eles e no final nós também passamos informações sobre a nossa área, sobre a saúde bucal”, acrescenta.
Segundo a professora, apesar de a atividade já ter encerrado nesta edição, os acadêmicos procuraram formas de continuar a ação. “Antes de ir as pessoas tem um pré-conceito, mas depois de conhecer o local, de conhecer os pacientes e trabalhar junto com eles, não querem mais parar, querem continuar o projeto”, ressalta Karina.
O professor de música do Centro, Ivonei Pereira Velho, é o idealizador do projeto Velho Samba, realizado pelo Caps II e que era ministrado no mesmo dia em que os acadêmicos visitavam o Centro. “É difícil falarmos de nós mesmos, e eles abriram o coração para os acadêmicos o que foi muito bom”, comenta.
Exposição
A exposição foi o fechamento da atividade. No encontro, que reuniu acadêmicos, professores, visitantes e usuários do Caps, o grupo Velho Samba realizou apresentações musicais e contou, inclusive, com a apresentação da paródia feita pelos alunos sobre higiene bucal.
Vitor Netto - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
30 de novembro de 2018 às 14:31