Extensão

Acadêmicos do curso de Direito refletem sobre aprendizagens no contato com diferentes realidades

Acadêmicos do curso de Direito refletem sobre aprendizagens no contato com diferentes realidades
Os 170 estudantes da primeira fase participaram de ações que, conforme eles mesmos, os surpreenderam (Fotos: Divulgação) Mais imagens

Que aprendizagens a Universidade proporciona aos seus jovens estudantes de primeira fase quando lhes dá oportunidade de contato direto com diferentes pessoas e realidades, através de projetos de extensão do curso de Direito? Difícil mensurar. O melhor é deixar que eles mesmos falem: “ Vivemos em uma sociedade cheia de desigualdades, necessidades e intolerâncias. O projeto me ensinou mais sobre respeito, empatia e solidariedade”, diz Thalia Consenso Alievi, uma  das participantes das ações.

Neste primeiro semestre de 2019, os 170 estudantes de primeira fase do curso de Direito da Unesc realizaram 35 projetos de extensão Solidariedade, trabalhando 2.344 horas em 35 entidades públicas, sociais, comunitárias e filantrópicas, localizadas em 13 cidades do Sul catarinense: Araranguá, Cocal do Sul, Criciúma, Forquilhinha, Içara, Jacinto Machado, Maracajá, Nova Veneza, Sangão, Sombrio, Turvo e Urussanga, além de Torres (RS).

Percepção dos estudantes   

Confira, nas palavras dos acadêmicos, suas percepções sobre as atividades:

“Este tipo de aproximação com a comunidade é fundamental e serviu não apenas para nos apresentar exemplos emocionantes de superação, mas também para nos tornar futuros profissionais mais humanos”, Isabelli de Medeiros Uliana.

“Sempre estudei as desigualdades sociais e os sujeitos que estão a margem de direitos na sociedade, mas quando você participa do dia-a-dia desses sujeitos e eles deixam de ser algo que estão presente só nos artigos e tomam um espaço real, ganham nomes, ganham corpos ... Tive a oportunidade de ver no cotidiano as graves consequências do desiquilíbrio social e econômico que o capitalismo desenfreado traz para a vida das pessoas”, Maike Silveira Custódio.

“Antes de qualquer profissão, classe social ou religião somos cidadãos, temos deveres a cumprir e direitos a serem respeitados”, Diogo Francisco Costa

“Escolhi o Direito para poder ajudar outras pessoas e este projeto fez este sentimento aflorar ainda mais. Futuramente, como profissional do Direito, quero fazer a diferença na vida daqueles que precisam”, Mariana dos Santos Padilha.

“O projeto me fez perceber as diferenças que há entre a vida de alguém que está do lado de dentro de uma instituição comparada com a das pessoas que estão do lado de fora. Fiquei chocado com coisas que vi. Me fiz questionamentos: como será que deve ser não ver a sua própria família por semanas? Uma coisa é certa: o projeto pode acabar na forma de trabalho de faculdade, mas sua essência continuará em nossas vidas e nos influenciará para sempre”, Vinicius Galvani Cândido,

 “O projeto de extensão é, sem dúvida nenhuma, um divisor de águas neste primeiro contato que temos com a universidade. A universidade, por si só, nos proporciona uma mudança de paradigmas através do conhecimento e do contato com o novo, gerando um impacto profundo em todos nós como cidadãos. E quando, junto com este momento de ingresso na universidade, nos deparamos com um projeto de extensão deste nível, as mudanças e os impactos são mil vezes maiores. O projeto nos faz entender de uma forma mais ampla o nosso papel e a nossa responsabilidade como cidadãos e como futuros operadores do Direito”, Simone T. Cardoso Patrício

“Este projeto transformou minha vida e me ajudou a crescer como ser humano”, Mateus Rodrigues.

“O projeto foi uma experiência incrível que vai ficar na memória de cada um de nós”, Fabrício Inácio Machado.

“Aprendi a olhar o mundo de uma maneira diferente, que muitos precisam de ajuda e que com pequenas atitudes, podemos ir mudando o mundo aos pouquinhos, transformando-o em um lugar melhor para se morar, um lugar mais prestativo e acolhedor”, João Vitor Cardoso.

 “Tive o prazer e a oportunidade de vivenciar algo único e que poucos poderão falar sobre. Conheci pessoas. Vivi e poderei contar um dia para as próximas gerações. Riqueza nenhuma no mundo será capaz de comprar o sentimento bom de fazer o bem”, Mateus Amaro Moretto.

“É chocante quando nos deparamos com uma realidade tão diferente daquela que estamos acostumados.  O mundo precisa de mais amor. Precisamos olhar para o próximo com mais compaixão, pois isso também cura”, Michele Sbardelotto

“O projeto conseguiu florescer em mim algo que nunca tinha sentido antes. Comecei a dar valor as coisas simples da vida e que realmente importam, deixando de lado coisas fúteis que não nos acrescentam nada. Enfim, aprendi a valorizar o essencial”, Vitória Dajari Schaukoski.

“Aprendi e compreendi a importância de olhar para o próximo, observar o mundo que me cerca e a sociedade em que vivo, que está cheia de desigualdades e necessidades. Percebi que pequenas ações podem mudar o mundo”, Sharlon Estork José.

“Me fez repensar muita coisa em minha vida. Me trouxe um pouco mais de empatia, gratidão e amor pela vida e pelas pessoas. Pequenas coisas podem transformar o dia e a vida de alguém. Pude amadurecer e ser grata por tudo que tenho e a ter mais respeito e carinho por todos os seres humanos, sem exceção”, Gabriele da Silva Pereira.

“Com o projeto pude perceber que o Direito não trata só de leis que servem para manter a sociedade em harmonia. Mas se trata também do cuidado, amor, respeito e carinho com que devemos olhar e tratar o próximo. Serviu como lição”, Natally Januário Perfeito.

 “Ajudar as pessoas, além de ser um ato de bondade, é um ato que faz qualquer um evoluir como pessoa e enxergar com outros olhos o mundo à nossa volta. Qualquer gesto de ajuda faz a diferença”, Gabriele Josefino Demétrio.

“O projeto foi gratificante e de suma importância em vários aspectos. Trouxe uma reflexão sobre o amor, a solidariedade e a empatia que o mundo precisa. As vezes algo tão simples para mim, pode ser algo transformador e grandioso na vida do outro”, Lorizane Rodrigues.

 “No começo foi meio estranho, já que nunca tinha tudo uma experiência dessas em minha vida. Mas no final achei proveitoso, pois sempre aprendemos alguma coisa de bom quando se ajuda o próximo. Fizemos um bom trabalho”, Anísio Calegari Machado.

“O projeto nos faz sair da nossa zona de conforto, abrindo nossos olhos, fazendo com que percebamos que há milhares de vidas fora da nossa casa, pessoas muito menos afortunadas do que nós. Me ensinou que dando, recebemos muito mais”, Gabriele Nascimento dos Santos.

“Aprendi com o projeto que existem muitas realidades que se diferem. Que existem aqueles que nascem privilegiados. Mas também existem aqueles que desde a infância enfrentam muitas dificuldades, mas isso não as torna menos importantes. Na função de agente do direito, deve-se sempre lembrar de tal fato e de que essa parcela da população precisa muito mais do Direito do que os demais”, João Pedro Rodrigues Moura.

“O projeto me mostrou uma realidade até então escondida pela sociedade, com pessoas que são reféns do meio em que vivem, da impunidade e do crime, que são deixadas de lado pelo Estado. Foi um choque de realidade de um mundo tão diferente, mas que ao mesmo tempo está tão próximo de nós”, Juliano Locks.

“O projeto me permitiu enxergar o mundo de forma diferente, que mesmo com todas as desigualdades existentes, somos todos seres humanos e precisamos nos ajudar, afim de tornar a sociedade melhor, mais harmônica, e de nos tornarmos indivíduos do bem”, Letícia Dominguine.

“Foi uma experiência que me transformou e que, acredito, continuará me influenciando”, Paula Acordi Fortuna.

 “Com o projeto saímos de uma realidade que estávamos acostumados e isso mudou nossas vidas. Vi que posso e devo ajudar sempre. Só tenho a agradecer a experiência vivida”, Gabriel da Silva de Sousa.

“Aproveitar mais a família e amigos. Ser grata pelas pequenas coisas de nossas vidas. Demonstrar carinho e amor pelas pessoas que estão a nossa volta. Foram aprendizados para a vida!”, Gabrieli da Silva Ferrari.

“Desde pequena tive interesse de ajudar quem precisa e de participar de ações assim, porem tinha muito receio de tomar a iniciativa. O projeto me proporcionou essa experiência única, que trouxe muito aprendizado, valorização e amor”, Gabriela Machado Colombo.

“O projeto veio somar em minha vida. Me trouxe uma experiência incrível de ver o mundo de outra forma, saindo daquela bolha individual e abrindo os olhos para enxergar a sociedade e o quanto as pessoas tem que se unir cada vez mais para conseguir vencer os problemas. O projeto não deve nunca acabar, pois como me beneficiou de maneira grandiosa e espiritual, desejo que todos possam passar por essa experiência antes de seguir a carreira profissional”, Morgana Comin Zeferino.

“O projeto me mostrou como as pequenas atitudes e boas ações podem mudar de maneira significativa o final de uma história. A realidade é diferente daquela que estou acostumada. Me animou a continuar fazendo ações solidárias em lugares esquecidos pela comunidade e pelo Estado. Se cada um fizer a sua parte, podemos mudar o mundo, ou pelo menos a parte que nos rodeia”, Mariana Schutz Faraco.

“O projeto me proporcionou conhecer um mundo completamente fora da minha realidade. Permitiu que eu ouvisse histórias comoventes que me emocionaram. E fez transcender o que no começo era um simples trabalho acadêmico para uma experiência incrível e transformadora”, Vinicius Hideki de Souza Otani.

“O projeto me mostrou que para ser uma operadora do Direito não é suficiente possuir apenas o conhecimento técnico. É necessário ir além do conteúdo e enxergar as partes mais subjetivas do outro. É necessário que tenhamos sensibilidade, empatia e vontade de ajudar aqueles que mais precisam”, Caroline Rabello Cabreira de Souza.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

09 de julho de 2019 às 20:11
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