AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Iparque Unesc entrega plano de recuperação ambiental de área degradada pela mineração em Urussanga

Iparque Unesc entrega plano de recuperação ambiental de área degradada pela mineração em Urussanga
Execução e fiscalização do plano serão realizadas pelo Serviço Geológico do Brasil SGB/CPRM (Fotos: Milena Nandi) Mais imagens

Profissionais do Parque Científico e Tecnológico da Unesc (Iparque) entregaram, no dia 1º de outubro, um importante Plano de Recuperação Ambiental (Prad) para a região. Realizado pelo Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas (Ipat) do Iparque, o plano traz um estudo para a recuperação de uma área de 77 hectares na localidade de Santana, em Urussanga, degradada pela mineração. O documento final foi entregue para a equipe de Criciúma do Serviço Geológico do Brasil/Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (SGB/CPRM), contratante do estudo. 

O geólogo do Ipat e coordenador do estudo, Gustavo Simão, explica que o trabalho original foi concluído em 2012 e neste período, ocorreram mudanças de diretrizes e com isso, a necessidade de atualização do estudo. “A nossa equipe multidisciplinar buscou as melhores alternativas para que se atinja a finalidade de um plano que efetivamente traga melhoras ambientais dentro do que é factível para a área degradada pela mineração. Em casos como a desta área é muito difícil reverter a totalidade do dano ambiental e toda a avaliação, estudo e concepção do plano tem o objetivo de melhorar o máximo possível a qualidade da água”, afirma.

Segundo Simão, a finalidade principal do Iparque é conciliar o atendimento à comunidade, a melhoria ambiental da região e a realização de pesquisa e desenvolvimento, assim, a equipe inseriu no plano novas técnicas e visões para esta atualização. “Temos acadêmicos, professores, pesquisadores, mestrandos e doutorandos atuando em nossa equipe e conseguimos entregar um estudo ambiental com um viés executivo. Esta bagagem nos permitiu fazer um plano mais focado na efetividade das ações. Queremos agradecer a parceria do SGB/CPRM na cooperação técnica. Um estudo como este só foi possível por conta desta troca de conhecimento. Ele tem uma experiência muito grande e sempre escutamos muito o que dizem, pois estão no dia a dia da execução”, afirma.

O técnico do SGB/CPRM e fiscal do plano, engenheiro civil Geovani de Costa, comenta que por algumas urgências, o projeto inicial, de 2012, não foi executado e por isso houve a necessidade de atualização do mesmo. Ele explica que a área na localidade de Santana foi minerada na década de 70 pela Carbonífera Treviso, e que uma ação civil pública determinou que a União realizasse a execução e fiscalização da obra de recuperação ambiental, uma vez que ela deveria ter fiscalizado a atividade no passado.

“Como a União não fiscalizou da forma correta na época, passou a ser subsidiaria da ação e se os réus não executarem a recuperação, a União precisaria fazer. Como se trata de uma massa falida, a Justiça determinou que fosse a União a responsável. Por ser área minerada, a ação foi para o Ministério de Minas e Energia (MME) e como o SGB/CPRM já atua na região, o MME entendeu que a gerência da recuperação ficasse conosco”, conta.

O próximo passo, segundo Costa, é encaminhar o Prad para o Instituto de Meio Ambiente de Criciúma (Imasc) para avaliarem. Com a validação do Instituto, uma licitação para contratar a empresa para a execução da obra será realizada – há a possibilidade ainda do Exército Brasileiro atuar nessa parte da realização da obra. “A localidade de Santana é muito atingida pelo passivo da mineração, especialmente os rios. Queremos realmente fazer as obras e que em 10 anos tenhamos melhorias das águas superficiais, devolvendo à população uma melhor qualidade de vida”.

Para o chefe do Núcleo de Apoio do SGB/CPRM de Criciúma, Albert Teixeira Cardoso, este tipo de recuperação é relativamente novo no país e por isso a importância da parceria com uma instituição que pode dar consultoria e também fazer pesquisa. “Desta maneira vamos conversando, pesquisando e descobrindo quais as melhores técnicas para ser empregada de acordo com a realidade local. Acreditamos nisso, que a recuperação das áreas degradadas pela mineração de carvão precisa ser realizada levando em conta as especificidades de cada local”.

A entrega do plano teve ainda a presença de técnicos do Iparque, Sergio Galatto, Tiago Rosso Urbano, Jóri Ramos Pereira e Éder Costa Cechella.

Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

05 de outubro de 2020 às 13:36
Compartilhar Comente

Deixe um comentário