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Curso de Geografia da Unesc promove diálogo sobre os recursos hídricos no Brasil e Portugal

Curso de Geografia da Unesc promove diálogo sobre os recursos hídricos no Brasil e Portugal
Evento teve participação do doutor Francisco da Silva Costa, da Universidade do Minho, localizada em Braga Mais imagens

O curso de Geografia da Unesc promoveu, na tarde desta terça-feira (27/5), conexões internacionais para produzir conhecimentos no webinar “Recursos Hídricos no Brasil e Portugal em tempos de Covid-19”. O momento foi ministrado pela professora mestre Yasmine de Moura da Cunha, e teve a presença dos professores pesquisadores, doutora Rose Mara Adami, doutor Claudio Antônio Di Mauro, e doutor Francisco da Silva Costa, direto de Portugal.

O evento propôs três momentos de debate, com as temáticas: “escassez da água”, “tratando da Covid-19 e os recursos hídricos” e “qual será o legado da Covid-19 na área?”. Diante deste assunto, segundo Di Mauro, pode-se refletir sobre desafios de agora e que se apresentarão no futuro.  “Precisamos aprender a gerenciar nossos recursos de uma melhor forma. Não podemos ficar esperando que a chuva caia e solucione um problema presente. Existe a necessidade de pensar em um planejamento sem interesses e com uma compreensão mais assertiva dos recursos”, afirma.

Comparando com a realidade de Portugal, o docente apresentou exemplos que ampliam a diferença no tratamento de água nos dois países. “São realidades diferentes. O tratamento de água lá não sofre influência de atividades agrárias e de mineração, por exemplo. No Brasil, a crise hídrica não é culpa da falta de chuva, e sim da política e da cultura de consumo”, explica Di Mauro.

Em uma projeção entre a administração dos recursos hídricos em Portugal e no Brasil, o professor da Silva Costa traçou um paralelo geográfico dos países. Extensão, clima, população e particularidades geográficas foram apresentadas pelo pesquisador como razões para a variação das duas realidades. “Aqui temos situações positivas e negativas. O modelo aplicado tem como preocupação a sustentabilidade, ponto de atenção da União Europeia, e intervenções para a captação e preservação da água. Ao mesmo tempo que temos parte da gestão como moderna e outras são tradicionais. Por isso consideramos que não atuamos de maneira totalmente suficiente. É necessário pensar em avançar para cidades mais sustentáveis”, destaca.

Escassez de água no Sul de Santa Catarina

Durante seu momento de fala, a professora Rose trouxe o tema para a situação atual na região Sul de Santa Catarina. Ela conta que dos 295 municípios do estado, 56 da região Sul estão em alerta e 30 em estado crítico. “Em 9 meses, tivemos uma quantidade de 55,6 milímetros de precipitação que deixaram de chegar na superfície terrestre. Em função disso, existem conflitos nas atividades econômicas relacionadas à irrigação, indústria e outras áreas. Além da retirada excessiva da água, também temos problemas na qualidade, que em maioria tem avaliação crítica. Isso é causado por focos de poluição, de indústrias, esgotos e outros aspectos”, alerta.

Da Silva Costa, a pedido do professor Di Mauro, também apresentou as ações, processos e organizações de controle da água em Portugal, realizado por iniciativas ligadas ao governo.

Durante a conversa, mais de 60 estudantes, professores e profissionais da área estiveram presentes. Os palestrantes responderam questionamentos após as três etapas da proposta. O webinar teve como parceiro o Laboratório de Gestão de Recursos Hídricos.

Leonardo Ferreira - Agência de Comunicação da Unesc 

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

27 de maio de 2020 às 15:14
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