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Pesquisadora e doutoranda da Unesc realizam estudo inédito voltado a crianças em processo de quimioterapia

Pesquisadora e doutoranda da Unesc realizam estudo inédito voltado a crianças em processo de quimioterapia
Carla Sasso Simon aplicará testes cognitivos em crianças e adolescentes da região atendidos pela Casa Guido (Foto: Mayara Cardoso) Mais imagens

Crianças e adolescentes entre seis e 18 anos atendidas pela Casa Guido serão submetidas a testes cognitivos ao longo de quatro meses em prol de uma pesquisa científica. O estudo, inédito no Brasil, tem o objetivo de avaliar a ação de atividades de memória, atenção, orientação e concentração nas funções cognitivas das crianças que passam pelo tratamento. O projeto é desenvolvido pela professora doutora Maria Inês da Rosa, orientadora da tese da aluna Carla Sasso Simon, do PPGCS (Programa de Pós-Graduacao em Ciências da Saúde) da Unesc (nota 6 da Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). O projeto será totalmente financiado pela Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina), por meio da chamada pública número 06/2017, que apoia grupos de pesquisas das instituições do sistema Acafe. 

Conforme a doutoranda, formada em psicologia e mestre em Saúde Coletiva, o objetivo é estudar a possibilidade de os exercícios evitarem ou diminuírem dados cognitivos nas crianças que enfrentam a quimioterapia. “Vou desenvolver uma revisão sistemática sobre o assunto e aplicar os testes semanalmente para posteriormente fazer a avaliação dos resultados. Os danos cognitivos de uma criança exposta a quimioterapia podem aparecer apenas após alguns anos, mas talvez, se estimulados ao longo do tratamento, seja possível evitá-los”, destacou.

De acordo com Carla, pesquisas sobre o assunto já foram aplicadas no Canadá e nos Estados Unidos, mas ainda são inéditas no Brasil. “Anteriormente cheguei a cogitar que os atrasos apresentados pelos pacientes seriam oriundos de questões como a saída temporária dos estudos na escola e ao isolamento social causado pelo tratamento, por exemplo, mas já temos evidências que mostram que muitas outras questões influenciam nos danos cognitivos”, completou.

A partir desta semana familiares dos pacientes assistidos pela Casa Guido que se enquadram na idade exigida receberão o contato da aluna com o convite a participarem do estudo, que terá dados mantidos em sigilo e não oferece qualquer custo aos integrantes.

Para a psicóloga da Casa Guido, Denise Delpizzo Mazuco, a proposta de Carla se encaixou perfeitamente ao que já vinha sendo trabalhado na instituição. “Como estou me especializando em psicologia clínica e acompanho o quadro das crianças desde o diagnóstico até o pós-tratamento, também via essa necessidade de aprofundamento dos reflexos do tratamento nas funções cognitivas”, comentou. Conforme Denise, esse será um grande passo para o início de um trabalho que certamente contribuirá com os pacientes. “É nesses benefícios que estamos apostando. Queremos ampliar nosso olhar com esse embasamento técnico”, completou.

Interessados em saber mais sobre o assunto podem entrar em contato pelo telefone (48) 3431-2741.

Mayara Cardoso - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

02 de abril de 2019 às 14:52
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