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Acesso de pessoas com deficiência ao mundo do trabalho em pauta na Unesc

Acesso de pessoas com deficiência ao mundo do trabalho em pauta na Unesc
Mesa redonda encerrou programação da Semana da Pessoa com Deficiência (Fotos: Milena Nandi) Mais imagens

“A educação profissional e o acesso ao mundo do trabalho para as pessoas com deficiência” foi o tema do último encontro da 2ª Semana da Pessoa com Deficiência da Unesc, que ocorreu de segunda a sexta-feira (17/9 a 21/9) e envolveu profissionais da área da saúde, professores e estudantes da Universidade.

O gerente do Setor de Fiscalização do Ministério do Trabalho em Criciúma, Francisco de Assis Gonçalves, comenta que só a partir de 1999 começou a vigorar as cotas para que todas as empresas que possuem acima de 100 empregados, tenham obrigatoriamente que contratar pessoas com deficiência.

“O Ministério do Trabalho, enquanto órgão fiscalizador, encontra barreiras nas empresas que não querem contratar porque acham que essas pessoas não vão produzir ou vão criar problemas. Em Santa Catarina temos 35 mil cotas e hoje as empresas contrataram apenas 18 mil cotas. Em Criciúma, temos 78 empresas que devem contratar pessoas com deficiência, existem 1.446 cotas e foram contratadas apenas 578 cotas. Na Amrec, são 144 empresas, existem 2.587 cotas e foram contratadas apenas 1.639 cotas. Existem muitas vagas em aberto para serem preenchidas ainda”, afirma.

Na mesa redonda desta sexta-feira, as representantes da Damyller, Beatriz Martinello e Giovana Duminelli apresentaram o case da empresa, que atualmente possui 39 dos seus 991 colaboradores com deficiência mental e intelectual, física, auditiva, na fala e visual. Segundo Beatriz, o Sine (Sistema Nacional de Emprego) de Criciúma é um grande parceiro da empresa na busca por trabalhadores. Além disso, a empresa contrata também, Apaes e o Instituto Diomício Freitas. “Na Damyller, as pessoas com deficiência estão trabalhando tanto na área administrativa quanto de produção. A gente entrevista e o nosso médico do trabalho avalia qual função ela pode desempenhar e fazemos a adaptação e vai avaliando com ela como está o andamento do trabalho, para que ela possa estar se sentindo bem e esteja feliz no local de trabalho”.

Segundo Cláudio Pacheco, presidente da Codec (Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência), eventos como o realizado pela Universidade são importantes para ampliar o debate sobre o assunto. “Eu entrei no movimento das pessoas com deficiência porque eu mesmo fui rejeitado no mercado de trabalho, em função do meu jeito de andar. Estamos acostumados a um modelo pronto e a pessoa com deficiência não está incluída nele. Mas a ideologia da pessoa com deficiência à margem do mercado de trabalho é antiga. O que ocorre agora é que movimentos sociais estão atuando em busca disso, colaborando e pressionando o poder público também”.

Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

O encerramento ocorreu no Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21/9), data que inspirou a criação da Semana da Pessoa com Deficiência das Unesc, que em 2018 foi organizada pelo CER (Centro Especializado em Reabilitação) e pela Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas, juntamente com o Nuprevips (Núcleo de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde), Setor de Arte e Cultura, cursos de Artes Visuais, de Psicologia e de Teatro da Universidade, Sama (Sala Multifuncional de Aprendizagem) e Núcleo de Saúde Coletiva.

A Semana conta ainda com a parceria do Codec (Conselho Municipal de Direitos da Pessoa Com Deficiência), Secretaria de Educação de Criciúma, Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e Sine (Sistema Nacional de Emprego) de Criciúma.

A coordenadora da Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas da Unesc, Janaína Damásio, analisa que o evento foi muito positivo. “Ficamos felizes em poder encerrar esse evento no dia de hoje, após uma semana de atividades que envolveram diálogo, trocas e muito aprendizado. Agradecendo a parceria de tantas pessoas e entidades. A Unesc sempre nos possibilita espaços de discussão, difundindo as diversidades e inclusão a fim de promover a cultura de paz”, afirma Janaína.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

21 de setembro de 2018 às 18:23
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