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Pesquisadores da Unesc registram memória da indústria carbonífera

Pesquisadores da Unesc registram memória da indústria carbonífera
Estudo realizado na região resultou em um livro (Fotos: Divulgação) Mais imagens

Devido à importância da mineração na região Sul de Santa Catarina, um grupo de pesquisadores da Unesc mapeou e registrou aspectos ligados ao desenvolvimento da indústria carbonífera, como educação, transporte, religião, assistência, entretenimento e trabalho. A pesquisa deu origem à publicação “Memórias e Identidades: as estruturas carboníferas como patrimônio cultural de Santa Catarina”, que será distribuída a universidades, bibliotecas, arquivos públicos e escolas. O livro foi elaborado com recursos da Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina), que apoiou o estudo na chamada realizada em parceria com o Sistema Acafe (Associação Catarinense das Fundações Educacionais), lançado em 2015.

O objetivo da pesquisa era promover conhecimentos sobre Patrimônio Cultural material relacionado ao ciclo do carvão em Santa Catarina, a fim de sensibilizar para sua preservação, já que se trata de uma atividade industrial de grande impacto, tanto para a urbanização dos municípios do Sul do Estado, quanto em relação ao meio ambiente. “Todo o complexo construído para a mineração foi, em seu tempo, considerado moderno. Porém, no capitalismo, o que é moderno hoje, amanhã é obsoleto.  Assim, inúmeras edificações foram abandonadas. Mapear essas estruturas é para nós, pesquisadores, uma forma de garantir certa apresentação das memórias associadas a esta atividade econômica”, explica a coordenadora do estudo, Marli de Oliveira Costa, professora do PPGE (Programa de Pós-Graduação em Educação) da Unesc.

A região pesquisada abarcou as cidades de Criciúma, Lauro Muller, Siderópolis, Capivari, Imbituba, Tubarão e Jaguaruna. Os pesquisadores utilizaram o Acervo do Grupo de Pesquisa Memória e Cultura do Carvão, que durante os anos de 2000 a 2010 organizou vasta documentação sobre o tema, atualmente disponível para consulta no Cedoc (Centro de Documentação e Memória da Unesc), além de documentos disponíveis no Centro de Memória da Educação do Sul de Santa Catarina.

Em visitas a campo para verificar as condições das estruturas registradas, os pesquisadores notaram que muitas delas estavam abandonadas, principalmente da Companhia Siderúrgica Nacional, e que outras haviam desaparecido, como caixas de embarque do carvão que possuíam arquitetura em madeira, perceptível em fotografias de 2003 e 2004.

A professora relata que a pesquisa foi importante para a garantia do direito à memória da indústria do carvão, que proporcionará conhecimento sobre essa atividade econômica, reconhecendo e difundindo esses bens como parte do patrimônio cultural de Santa Catarina.

A partir do estudo foram realizados três TCCs (Trabalhos de Conclusão de Curso), além de terem sido publicados cinco trabalhos em eventos nacionais e cinco artigos publicados em periódicos e revistas científicas nacionais.

A pesquisa teve ainda a participação do professor da Unesc Paulo Sérgio Osório e da geógrafa Susane da Costa Waschinewski.

*Fonte: Jéssica Trombini – Coordenadoria de Comunicação da Fapesc

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

23 de fevereiro de 2018 às 13:51
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