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“O Brasil é o maior país africano fora da África”

José Cairos abriu a Semana Acadêmica de História (Fotos: Mayra Lima) Mais imagens

A influência da cultura africana no Brasil foi debatido na abertura da 10ª Semana Acadêmica de História. Com o tema “Diáspora Islâmica de ‘Áfricas’ Contemporâneas: Os Ganeses em Criciúma”, o professor doutor José Cairos analisou o cenário atual.  O evento ocorre até sexta-feira (24/10), com palestras, filmes e mesas redondas.

“Nossa colonização é muito mais africana que europeia. O Brasil é o país mais africano fora da África”, afirma Cairos. “Em Criciúma, nós temos a maior concentração de ganeses do Brasil. Foram 600 imigrantes que chegaram à cidade pedindo refúgio este ano. Além deles, temos a imigração de outros países da África.”, complementa.

Os ganeses começaram a vir durante a Copa do Mundo, quando 8,5 mil imigrantes de Gana entraram no país – destes, 1,8 mil não retornaram, pois vieram ao Brasil em busca de refúgio.

Para a pró-reitora de Ensino de Graduação, Robinalva Borges Ferreira, cada um precisa fazer a sua parte para auxiliar os imigrantes. “O interessante é aproveitar a oportunidade para discutir o que a Universidade e cada um de nós podemos fazer para contribuir de forma diferenciada”, comenta. 

A Semana tem como tema central “História do Tempo Presente”. Segundo o coordenador do curso de História da Unesc, Paulo Sérgio Osório, a ideia é trazer assuntos que sejam mais próximos da atualidade. “Quando falamos em História as pessoas costumam se referir a tempos remotos. O que buscamos é trazer assuntos contemporâneos, temas que tenham intervenção em nosso tempo presente como, por exemplo, a chegada de ganeses, ou nossas estradas de ferro”, comenta.

Confira a programação

Fonte: Secom