Laboratório de Psiquiatria Translacional

Unesc promove debate sobre Transtorno Bipolar no 17º Simpósio de Psiquiatria na Interface Cérebro e Mente

Unesc promove debate sobre Transtorno Bipolar no 17º Simpósio de Psiquiatria na Interface Cérebro e Mente
Evento contou com palestras de referências nacionais no assunto ao longo da sexta-feira e sábado (27 e 28/9) (Fotos: Mayara Cardoso) Mais imagens

Com foco no aperfeiçoamento do conhecimento acerca dos avanços no diagnóstico e no tratamento do Transtorno Bipolar foi realizado na Unesc, nesta sexta-feira e neste sábado (27 e 28/9), a 17ª edição do Simpósio de Psiquiatria na Interface Cérebro e Mente. O evento é promovido pelo Laboratório de Psiquiatria Translacional, ligado ao PPGCS (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde) e reuniu acadêmicos, professores, profissionais da área, visitantes e comunidade em geral para a construção do conhecimento através de dados epidemiológicos e neurológicos que envolvem o Transtorno.

Na manhã deste sábado, as atividades foram iniciadas com a palestra da doutora Silzá Tramontina, profissional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e do Hospital de Clínicas Porto Alegre. Silzá trouxe à Unesc informações sobre os diagnósticos diferenciais do Transtorno Bipolar na infância e adolescência. Conforme a médica, o diagnóstico e o tratamento são ainda mais desafiadores quando se trata de pacientes nestas fases da vida. Entre as necessidades especiais nesses casos, de acordo com Silzá, está a relação de proximidade criada com a família do paciente. “O que cura é o vínculo. Se eles não têm vínculo conosco não tomam nem o remédio e não realizam o tratamento”, destacou.

Ainda durante a manhã os participantes aprenderam com a experiência da professora Dayane Diomario da Rosa. A psiquiatra tratou sobre a temática “Dependência química no Transtorno Bipolar: diagnóstico, diagnóstico diferencial e tratamento”, apresentando dados sobre a frequência e os reflexos do uso de variados tipos de droga.

De acordo com Dayane, são muitas as consequências da combinação da medicação e dos entorpecentes. “Evidentemente o uso das drogas atrapalha e muito o tratamento do bipolar. Os pacientes que fazem o uso das substâncias apresentam mais episódios de alterações de humor, desestabilização do quadro clínico, em casos de internação encontram dificuldade de remissão, além as interações medicamentosas associadas aumentaram o risco de suicídio”, pontuou.

Demais abordagens do dia

O sábado de Simpósio seguiu até o fim da tarde com a abordagem de muitos outros assunto. Entre as temáticas tratadas entre o Tratamento do Transtorno Bipolar centrado no paciente: atualização das diretrizes do CANMAT 2018 e os 71 anos de pesquisa de lítio: do acaso ao “gold-standard” no Transtorno Bipolar, ainda pela manhã.

Ao longo da tarde os palestrantes compartilharam conhecimento sobre metas e indicações para psicoterapia no Transtorno Bipolar: do paciente ao cuidador; Intervenções não medicamentosas para Prevenção de Agudizações no Transtorno Bipolar; ferramentas tecnológicas no Transtorno Bipolar: Telemedicina, Machine Learning, Aplicativos; Urgências e Emergências no Transtorno Bipolar e Níveis de Atenção Primária, Secundária e Terciária em Saúde Mental Disponíveis no Brasil e em SC.

Mayara Cardoso - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Mayara Cardoso 28 de setembro de 2019 às 17:25
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Evento na Unesc aborda os avanços no tratamento e no diagnóstico do transtorno bipolar

Evento na Unesc aborda os avanços no tratamento e no diagnóstico do transtorno bipolar
Simpósio de Psiquiatria reúne estudantes e pesquisadores de diversos estados brasileiros (Fotos: Milena Nandi) Mais imagens

Para dialogar sobre os avanços no tratamento e no diagnóstico do transtorno bipolar, a Unesc iniciou nesta sexta-feira (26/9), a 17ª edição do Simpósio de Psiquiatria Translacional na Interface Cérebro e Mente. No evento, pesquisadores, profissionais, professores e estudantes poderão debater e compartilhar conhecimentos sobre estudos que abrangem os mais diferentes aspectos relacionados ao transtorno bipolar, a terceira doença mental mais incapacitante.

Realizado anualmente pelo Laboratório de Psiquiatria Translacional, ligado ao PPGCS (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde) da Unesc, o Simpósio promoverá até sábado (27/9), mais de 20 atividades, entre palestras, rodas de conversa e sessão de perguntas.

Segundo a coordenadora do Simpósio, o evento já é referência para a região Sul na área de psiquiatria. Segundo Samira, muitos pacientes são diagnosticados e tratados erroneamente, o que por muitas vezes acaba gerando complicações no quadro. “A ideia é dar a oportunidade para que estudantes e profissionais da área da saúde tenham acesso a informações relevantes e que colaborem para aprofundar o conhecimento da doença e como consequência, a melhoria do diagnóstico e tratamento”, afirma.  

A abertura oficial do evento ocorreu na noite desta sexta-feira, e contou com a presença do coordenador do PPGCS, Felipe Dal Pizzol, da coordenadora do Simpósio, Samira Valvassori, da representante do Laboratório de Psiquiatria Translacional, Alexandra Zugno e da professora e pesquisadora do PPGCS, Gislaine Réus – que apresentou a segunda rodada de palestras.

Programação extensa e rica

As atividades tiveram início na tarde desta sexta-feira, com duas rodadas de palestras e sessões de perguntas. No período, o tema “Psicopatologia do Transtorno Bipolar”, foi abordado pelo médico psiquiatria Marcelo Daudt Von Der Heyde e “Evidências Orgânicas do Transtorno Bipolar”, pelo também psiquiatra Alexandre Bello. Além disso, o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e diretor técnico adjunto da Hospital Psiquiátrico São Pedro, Eduardo Daura Ferreira, falou sobre “Pródromos e Estados de Risco para Transtorno Bipolar: Oportunidades para Prevenção”.

Na segunda rodada de palestras, Ferreira abordou o tema “Alterações da Microbiota Intestinal no Transtorno Bipolar”. “Microbiota é o que temos dentro de nós de bactérias e vírus. Temos 100 trilhões disso dentro do organismo e 95% está no trato gastrointestinal. E a microbiota intestinal está associada a doenças que afetam diversos órgãos do ser humano. Ela vai mudando a constituição ao longo dos anos e a relação que se estabelece diferente é que é problemático para a sinalização para o cérebro e o desenvolvimento de doenças”, comenta.

Já o médico psiquiatra e membro internacional da Associação Europeia de Psiquiatria e da Associação Americana de Psiquiatria, Luiz Henrique Junqueira Dieckmann, falou sobre “Aspectos Genéticos e Epigenéticos do Transtorno Bipolar”. Segundo o palestrante, o transtorno bipolar é uma doença que até hoje intriga a comunidade científica, que em função das diferentes formas de manifestação, está, assim como as demais doenças mentais, passando por uma reclassificação.

De acordo com Dieckmann, a doença acomete de 0,5% a 2% da população mundial e se caracteriza por fases. É um dos principais transtornos da psiquiatria e é caracterizado por períodos de humor, atividades, energia elevados, que em sua forma grave são chamados de mania e na mais branda, de hipomania. Normalmente, alternam-se com período de baixo humor atividades e redução de prazer chamados depressões, sendo essas fases mais frequentes ao longo de sua evolução.

“Antigamente se achava que era evolução benigna, já que parecia que depois que o paciente saia da crise, ele voltava aí normal. Mas quanto mais ocorre a crise, menos intervalos entre um quadro e outro vai ocorrendo. E vai cada vez menos elas vão dependendo de fatores externos para acontecer. E cada vez que ela ocorre, vai causando danos ao cérebro. Por isso, quanto mais se conseguir evitar a progressão da doença, melhor para o cérebro da pessoa com transtorno bipolar”.  

O pesquisador afirma que em geral, o transtorno bipolar vai eclodir no final da adolescência e no início da fase adulta e que o uso de drogas lícitas e ilícitas parecem ser fatores epigenéticos para o desenvolvimento de doenças mentais, incluindo o transtorno bipolar. Além disso, estudos apontam que episódios de abuso, traumas, e estresse na infância são importantes no desenvolvimento de doenças mentais no futuro, como a depressão. “A mensagem que posso deixar aos pais é que cuidem de seus filhos. Mais que pensar no que ele vai ser no futuro profissional, se preocupem com a saúde mental deles. Estamos delegando a educação dos filhos para outras pessoas. Trabalhando muito e deixando nossos filhos serem criados com a nossa ausência. Isso tido pode causar problemas sérios na saúde mental das crianças”, alerta.

Após a segunda rodada de palestras, ocorreu a abertura oficial do evento e a palestra que marcou o encerramento do primeiro dia das atividades. “O Céu da Pseudofelicidade, O Inferno da Tristeza Profunda: Como é ter o Transtorno Bipolar” foi o tema tratado pela escritora, palestrante e estudante de Psicanálise, Manoela Serra.

Em sua fala, Manoela, que tem transtorno bipolar e relatou a sua experiência com a doença nas obras “O Diário Bipolar” e o e-book “Os Olhares de Letícia: Uma Vida em Duas Cores”, contou como foi o período antes de ter o diagnóstico médico correto e tratamento compatível com a doença que possui, as dificuldades na vida familiar e profissional, o preconceito vivido e como falar sobre a doença a ajudou.

A palestra de Manoela teve a mediação da doutoranda em Ciências da Saúde da Unesc, Daiane da Rosa e a participação dos palestrantes do evento, Marcelo Daudt Von Der Heyde, Eduardo Daura Ferreira e Marcelo Basso de Sousa.

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Milena Nandi - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing 

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Milena Spilere Nandi 27 de setembro de 2019 às 21:43
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Unesc leva orientações sobre saúde em ação durante desfile de 7 de setembro

Unesc leva orientações sobre saúde em ação durante desfile de 7 de setembro
Alunos e professores da Universidade estiveram pela manhã na Rua da Gente (Fotos: Milena Nandi) Mais imagens

A Universidade esteve presente no evento que marcou o fim da programação da Semana da Pátria em Criciúma, neste sábado (7/9), Dia da Independência do Brasil. Estudantes e professores da área da saúde realizaram atendimentos à população que passou pela rua José Henrique Mezzari, a “Rua da Gente”, para acompanhar o desfile cívico-militar, que ocorreu das 8 às 12 horas. A equipe da Universidade também participou do desfile.

O atendimento à população fez parte das atividades da Unesc no Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio. Além das orientações e avaliações de saúde realizadas pelos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Odontologia, Psicologia, Biomedicina e Nutrição, a iniciativa englobou o Nuprevips (Núcleo de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde) e o Laboratório de Psiquiatria Translacional da Unesc (com o grupo que estuda depressão).

Entre as atividades realizadas pela Unesc estiveram auriculoterapia, aferição de pressão arterial, orientações relacionadas ao Setembro Amarelo, orientações sobre saúde bucal, avaliação de estresse, qualidade de vida e orientação profissional e de prevenção ao suicídio e avaliação e orientações nutricionais.

Milena Nandi – Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Milena Spilere Nandi 07 de setembro de 2019 às 14:41
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