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Unesc tem projeto de pesquisa sobre saúde de pessoas com diabetes aprovado em edital do CNPq

Unesc tem projeto de pesquisa sobre saúde de pessoas com diabetes aprovado em edital do CNPq
Professora doutora Luciane Bisognin Ceretta será a líder do estudo (Foto: Arquivo) Mais imagens

A qualidade da pesquisa realizada pela Unesc tem sido cada vez mais reconhecida em âmbito nacional, dada a quantidade de projetos aprovados em editais de órgãos de apoio e fomento à ciência. Recentemente, a Universidade recebeu a notícia da aprovação do projeto de pesquisa “Avaliação da Efetividade da Atenção Primária em Saúde” (Avaliação DM) junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O estudo, que tem como líder a professora doutora e reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, foi contemplado com o segundo maior recurso financeiro entre os selecionados.

Foram submetidos ao processo seletivo do edital do CNPq, 117 projetos de todo o país, sendo apenas 21 aprovados. Os recursos previstos para o projeto da Unesc são da ordem de R$ 296 mil reais, que serão distribuídos também em uma bolsa de pós-doutorado e outras de iniciação científica para estudantes de cursos de graduação da Universidade.

Luciane, que é pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSCol) da Unesc e atua na linha de Modelos de Atenção em Saúde, explica que o projeto tem o objetivo de avaliar a efetividade de um conjunto de intervenções associadas sobre a saúde dos pacientes com diabetes, levando em consideração que as doenças crônicas estão sendo fortemente atingidas pela pandemia de Covid-19.

A “Avaliação DM” será desenvolvida no município de Criciúma com pacientes cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS) e que utilizem a atenção primária para tratamento de saúde. O projeto iniciará ainda em 2020 e a conclusão é estimada para o fim de 2021.

“Os resultados deste estudo vão contribuir muito com a organização dos serviços de saúde, que precisarão se reinventar para atender às demandas reprimidas do sistema de saúde, sobretudo no que se refere a pessoas com doenças crônicas e diabetes”, afirma.

Comprometimento e dedicação

Luciane ressalta que o projeto é resultado do trabalho de uma equipe de pesquisadores muito comprometida e dedicada a fazer ciência de excelência, de modo a contribuir com a vida das pessoas. “As nossas pesquisas com organização de serviços de saúde e com diabetes são amplamente conhecidas e a aprovação deste projeto confirma este reconhecimento da qualidade do que produzimos em nossa Unesc. Em um ano difícil como o de 2020, com a pandemia em curso, dispor deste recurso para a continuidade das nossas pesquisas é fantástico. Para nós pesquisadores, é motivador e nos convoca a fazermos sempre melhor”, salienta.

Além de Luciane, o projeto será desenvolvido pelos professores doutores e pesquisadores da Unesc, Lucas Helal, Vanessa Iribarrem Avena Miranda, Vanessa Pereira Corrêa, Joni Márcio de Farias, Lisiane Tuon Generoso Bitencourt e Cristiane Damiani Tomasi e o professor mestre e pesquisador da Universidade, Emanuel de Souza.

Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

29 de dezembro de 2020 às 09:00
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Professora da Unesc é contemplada em edital que financia a vinda ao Brasil de pesquisadores de universidades da Europa

Professora da Unesc é contemplada em edital que financia a vinda ao Brasil de pesquisadores de universidades da Europa
Cristiane Tomasi está entre os três pesquisadores de instituições de ensino catarinenses contemplados pelo edital (Foto: Milena Nandi) Mais imagens

O ano de 2020 tem sido de grandes conquistas no âmbito da pesquisa na Unesc. Neste mês, a Universidade recebeu a notícia de que a professora doutora e coordenadora do PPGSCol (Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva), Cristiane Tomasi, está entre os três pesquisadores de instituições catarinenses a serem contemplados em uma chamada internacional. Cristiane receberá fomento para a continuidade de uma pesquisa na área de saúde mental de crianças e adolescentes com a participação do professor doutor da London School of Economics and Political Science (Escola de Economia e Ciência Política de Londres), Wagner Silva Ribeiro.

O objetivo do edital é fomentar a vinda para o Brasil de pesquisadores de instituições britânicas para trabalhar em conjunto com pesquisadores brasileiros. Cristiane receberá o fomento na modalidade Research Mobility Grants (Bolsas de Mobilidade para Pesquisa), que permitirá que o professor da London School desenvolva atividades no campus da Universidade, em Criciúma, por um período entre 15 dias até três meses. Além da Unesc, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) tiveram pesquisadores contemplados.

A reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, comemora o resultado da chamada internacional e entende como uma resposta à dedicação dos pesquisadores da Universidade e ao investimento realizado pela Instituição na ciência como forma de colaborar com a melhoria da qualidade de vida e com o desenvolvimento regional. “A Unesc tem forte atuação na área da saúde coletiva e ter um projeto entre os selecionados para esta parceria internacional entre pesquisadores e instituições é motivo de muito orgulho e um indicativo que tanto a Instituição quanto os seus pesquisadores estão no caminho certo”, afirma.  

Continuidade ao trabalho iniciado em 2019

A iniciativa contemplada no edital se trata de uma ação dentro do projeto Mentalkit, realizado no Brasil desde o fim de 2019 pela London School, em parceria com a Unesc, a Universidade Federal de Alagoas e a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Cristiane explica que o projeto tem o objetivo de colaborar com a melhoria do sistema público de saúde no Brasil na área de assistência à saúde mental de crianças e adolescentes. Segundo ela, a proposta é desenvolver uma “caixa de ferramentas” para ajudar os profissionais e os gestores públicos a terem acesso a evidências científicas a respeito das melhores práticas de modo a ajudar na implementação de políticas públicas, prevenção e tratamentos para essa população.

A chamada internacional contemplou o projeto para o desenvolvimento desta “caixa de ferramentas”, que incluirá um aplicativo. “Entre atividades remotas e presenciais, estamos organizando para que esta ação ocorra em um período de três meses. O professor Wagner estará conosco em processo de mentoria de diferentes atividades ligadas ao projeto, como o desenho de estudo com adolescentes, os testes do aplicativo que está em desenvolvimento e reuniões com os steakholders, que nos darão retornos importantes para o processo de implementação da caixa de ferramentas”, comenta a pesquisadora da Unesc.


Saiba mais

O estudo que marca a parceria entre o PPGSCol e a London School, “Fortalecimento da capacidade do sistema de saúde para implementar intervenções de saúde mental baseadas em evidências para prevenir e tratar problemas de saúde mental de crianças e adolescentes no Brasil” foi selecionado na chamada Confap/CNPq – The UK Academies 2019.

O edital foi lançado em dezembro de 2019 pelo Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em conjunto com Royal Society (Sociedade Real), Academy of Medical Sciences (Academia de Ciências Médicas) e British Academy (Academia Britânica), instituições do Reino Unido. No total, 48 propostas foram submetidas para receber fomento e 23 aprovadas até o momento.

Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

26 de novembro de 2020 às 11:24
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Unesc realiza pesquisa sobre prevalência de Covid-19 na população adulta de Siderópolis

Unesc realiza pesquisa sobre prevalência de Covid-19 na população adulta de Siderópolis
Pesquisa de campo iniciou nesta segunda-feira com população da área central do município (Fotos: Milena Nandi/Marcelo De Bona/Comunicação Município de Siderópolis) Mais imagens

A prevalência de Covid-19 na população adulta de Siderópolis é tema de uma nova pesquisa a ser desenvolvida pela Unesc. Nesta segunda-feira (14/9), o município recebeu pesquisadores da equipe multiprofissional da Universidade, para a coleta de dados a serem avaliados para a elaboração de um diagnóstico. As atividades são lideradas pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSCol) e realizado em parceria com os cursos de Biomedicina e Enfermagem da Unesc e a Secretaria Municipal de Saúde de Siderópolis.

A equipe de pesquisadores é formada pelas professoras do PPGSCol e do curso de Enfermagem, Cristiane Damiani Tomasi e a reitora Luciane Bisognin Ceretta; pelo coordenador do curso de Biomedicina, Emanuel de Souza; pela coordenadora adjunta do curso de Enfermagem, Mira Dagostim e pela professora do PPGSCol, Vanessa Iribarrem Avena Miranda. A equipe é formada ainda por acadêmicos dos cursos de Biomedicina e Enfermagem da Unesc, que atuarão na coleta de materiais e informações na comunidade.

Para a reitora, Luciane Bisognin Ceretta, a pesquisa é de grande valia para todos os agentes envolvidos e irá colaborar com o desenvolvimento de estratégias que impliquem em boas práticas para o cuidado das pessoas durante a pandemia. “Temos uma equipe de pesquisadores altamente competente, com estratégias metodológicas bem elaboradas e de reconhecimento nacional. Por isso estou muito certa dos resultados positivos que essa pesquisa terá tanto para a Universidade quanto para o município”, afirma Luciane. A reitora ainda enfatiza a importância do trabalho comunitário da Unesc, que neste momento de pandemia coloca a ciência produzida na Universidade a serviço da vida e dos municípios da região. “Isso só uma universidade comprometida com o desenvolvimento regional e do tamanho da Unesc, com seus valores e a missão muito solidificados, consegue realizar”.

Pesquisa prioriza testagem em pessoas do grupo de risco


Cristiane explica que a Secretaria de Saúde de Siderópolis entrou em contato com a Unesc porque viu a necessidade de fazer um levantamento com a população para determinar a prevalência de Covid-19. Segundo a coordenadora do PPGSCol, a pesquisa será realizada com pessoas acima de 18 anos e que estejam no grupo de risco, com prioridade de testagem dada para pessoas idosas e com doenças crônicas. Os testes rápidos para o coronavírus serão feitos pelo curso de Biomedicina e a coleta de dados, pelos professores do PPGSCol e do curso de Enfermagem.

A pesquisa teve início com a população da área central de Siderópolis e posteriormente, o estudo será realizado também com moradores da área rural do município. Além da coleta de sangue, os pesquisadores irão aplicar um questionário para o levantamento de dados relativos ao comportamento das pessoas neste período, saber se cumpriram o isolamento social e como se sentem em relação à pandemia. O acesso das pessoas à atenção primária à saúde também será avaliado.

Para a enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Siderópolis, Laurinês Budel Possebon, a pesquisa se faz necessária para identificar as pessoas que estão positivas ou negativas para a Covid-19. “O estudo nos auxiliará a estabelecer o endurecimento ou afrouxamento das medidas de distanciamento social, evitando a disseminação do novo coronavírus”, afirma.

Segundo a professora da Unesc, Cristiane Tomasi, a pesquisa será importante também para o PPGSCol. “Para o Mestrado Profissional em Saúde Coletiva da Unesc, a pesquisa vai ao encontro do o PPGSCol quer: a interação com os serviços de saúde e também dar resposta para a sociedade nesse momento de pandemia”, afirma Cristiane.

Primeiros participantes

Uma das primeiras casas visitadas pela equipe da Unesc foi a de Sheila Regina Marques, que considera o levantamento uma iniciativa positiva para a população. “A pesquisa é importante para avaliar o número de moradores que já tiveram o vírus ou que ainda possam estar contaminados. É algo muito bom e ajudará a analisar por mais quanto tempo deve seguir a pandemia. Achei muito interessante, foi rápido e as meninas foram muito atenciosas”, conta a moradora do bairro Tereza Cristina.

Curso será responsável pelos testes sorológicos


O curso de Biomedicina da Unesc será o responsável pela realização dos testes sorológicos para Covid-19. As amostras de sangue coletadas serão enviadas para o Lenac (Laboratório de Análises Clínicas) da Universidade, onde serão processadas e analisadas.

O coordenador do curso de Biomedicina, Emanuel de Souza, explica que os exames irão detectar a presença de anticorpos que indicarão se o indivíduo está com o vírus ativo (pode infectar outras pessoas) ou se já adquiriu imunidade ao coronavírus. “A pesquisa que será desenvolvida em Siderópolis é de extrema significância, uma vez que quanto mais a população for testada, mais teremos condições de controlar e diminuir a expansão da pandemia no novo coronavírus”, afirma.

Acadêmicos das últimas fases de Biomedicina participarão do projeto, desde a realização da coleta sanguínea até o processamento das amostras e auxílio na realização dos testes junto ao coordenador do curso.

Ampliação do conhecimento

A coordenadora adjunta do curso de Enfermagem, Mira Dagostim, chama a atenção para a oportunidade de aprendizado para os estudantes que estão participando do estudo. “Esta é uma pesquisa de extrema importância. Com ela, a Unesc vai estar ainda mais próxima do município e os nossos alunos que estão participando ativamente do estudo, terão uma oportunidade de ampliar o conhecimento e a sua formação acadêmica. Averiguar através da pesquisa como está o perfil do município em relação à Covid-19 é extremamente importante para nosso cenário acadêmico, como prestação de serviço e para reforçar o papel comunitário da Unesc”, afirma.

Metodologia


A professora do PPGSCol, Vanessa Iribarrem Avena Miranda, responsável pelo desenho da metodologia a ser aplicada, explica que a seleção da amostra foi realizada de forma aleatória a partir de todos os setores censitários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), resultando em 616 domicílios a serem visitados. “Será realizado teste sorológico para Covid-19 e a aplicação de um questionário a todos participantes”, comenta.

Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

14 de setembro de 2020 às 15:47
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Unesc inicia em setembro coleta de dados de pesquisa para avaliar danos neuropsiquiátricos relacionados à Covid-19

Unesc inicia em setembro coleta de dados de pesquisa para avaliar danos neuropsiquiátricos relacionados à Covid-19
Etapa inicial do estudo contará com a participação de pessoas da comunidade (Foto: Divulgação) Mais imagens

Quais os efeitos da pandemia da Covid-19 na saúde mental das pessoas? O questionamento, feito por muitos, será respondido por uma pesquisa realizada pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), de Criciúma, em parceria com a UFFS (Universidade Federal da Fronteira Sul, campus Chapecó. O estudo irá ocorrer em Criciúma e Chapecó e vai trabalhar tanto com pessoas que contraíram o Sars-CoV-2 quanto pessoas que não tiveram contato com o vírus. A primeira etapa do projeto tem previsão de início em 3 de setembro, quando pesquisadores da Unesc irão à campo para coletar amostras de sangue e realizar entrevistas.

O estudo “Investigação de marcadores neuroinflamatórios e de dano neuronal e suas relações com transtornos neuropsiquiátricos em sujeitos positivos para Covid-19” foi um dos projetos de pesquisa da Unesc para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus e suas consequências contemplados pelo edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Em Santa Catarina, a Unesc é a única Universidade Comunitária com projetos de pesquisa aprovados (dois no total). Os outros quatro projetos pertencem à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

Enquadrado na linha de pesquisa carga da doença, o estudo tem como coordenadora geral a professora doutora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da Unesc, Gislaine Zilli Réus. Na UFFS, a equipe será liderada pela professora doutora Zuleide Maria Ignácio.

Gislaine conta que a preparação para o início da saída dos pesquisadores a campo tem sido realizada há meses e que os últimos detalhes serão finalizados ao longo dos próximos dias, para que a partir da primeira semana de setembro, as atividades externas à Universidade iniciem.

“Nesse período temos articulado tudo entre as equipes de pesquisa e comprado os equipamentos de segurança. Neste momento, a psiquiatra que integra o grupo está treinando a equipe da Unesc para que possa ir à campo no dia 3 de setembro. A pesquisa vai iniciar por Criciúma, com um piloto de dois dias de coleta para uma avaliação inicial e possíveis ajustes. Em Chapecó ela iniciará um pouco depois. Será realizado um treinamento com os pesquisadores da UFFS e tanto aqui quanto lá, os padrões de investigação científica serão os mesmos. Já sabemos que vamos encontrar muitas respostas com este projeto e o que queremos é que ele seja o mais completo possível”, comenta.

Para a reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, que também integra a equipe de pesquisadores do projeto, o estudo é mais um importante investimento da equipe a Unesc para utilizar a ciência em favor da vida. “Os seus resultados serão de grande importância para apoiar decisões nas políticas públicas, bem como estabelecer novos alvos terapêuticos. Enquanto reitora estou orgulhosa de nossa universidade, mas enquanto pesquisadora estou convicta de que nosso grupo está produzindo ciência de excelência e contribuindo com a manutenção da vida. Isso tem muito valor e nos motiva a enfrentar estes tempos desafiadoras buscando respostas às questões que ainda não conhecemos relacionadas aos transtornos neuroquímicos provocados pelo vírus. Neste estudo teremos parceiros valiosos e agradecemos muito também a sensibilidade da Secretaria de Saúde de Criciúma, que se colocou como importante parceira neste estudo.

Como a pesquisa será feita

A professora da Unesc explica que a pesquisa será um caso-controle em que os casos serão pessoas sintomáticas e assintomáticas positivas para Covid-19 e os controles serão indivíduos negativos para o coronavírus. Para isso, serão aplicadas escalas para avaliação da presença de estresse, depressão, ansiedade e transtornos do sono. Além disso, será investigado perifericamente marcadores de dano neuronal, bem como de inflamação, dano mitocondrial e microbiota intestinal, os quais também se relacionam com inflamação. Será correlacionado esses marcadores com a ocorrência dos transtornos psiquiátricos.

O estudo será feito com pessoas doentes que foram diagnosticadas nas últimas seis semanas. Já as pessoas que farão parte do controle, serão testadas para o vírus (os testes serão feitos pela própria Universidade). Gislaine explica que os pesquisadores irão ligar e agendar as visitas na casa dos indivíduos diagnosticados como positivo para a Covid-19. Para a parte do controle, a pesquisa aceita voluntários – os interessados devem entrar em contato pelos telefones (48) 3431-2618 ou 99807-2526.

Os participantes da pesquisa receberão a visita de dois profissionais ligados à Unesc: psicólogo do Programa de Residência Multiprofissional ou psiquiatra do Laboratório de Psiquiatria Translacional, para realizar as entrevistas e aplicar as escalas e outro da área de Biomedicina ou Enfermagem para coletar o sangue, que servirá para análise da correlação do vírus com os transtornos mentais. Também haverá coleta de fezes para a avaliar a microbiota intestinal e correlacionar os resultados com os transtornos psiquiátricos. “A ideia é usar várias escalas para avaliar pontos como depressão e ansiedade. A nossa hipótese é que o cenário da pandemia vai alterar de alguma maneira o cérebro, possivelmente a memória, o sono, o grau de ansiedade e estresse e até gerar depressão, não apenas em quem teve a doença”, afirma Gislaine.  

Segundo a professora, os resultados da pesquisa poderão trazer o entendimento de como o vírus afeta o sistema nervoso central, além de identificar a presença de transtornos que já são um problema de saúde pública. Além disso, as correlações entre os escores de transtornos e a expressão de marcadores biológicos serão relevantes, tanto para subsídio dos serviços de saúde, quanto para elencar novos estudos que apontem para possíveis tratamentos.

Pesquisa com participação internacional


Além da Unesc e da UFFS, a pesquisa científica terá participação de instituições de outros países. A avaliação dos marcadores biológicos terá a parceria da MCGill Univesity, de Montreal, no Canadá e The University of Texas Health Science Center at Houston, nos Estados Unidos. Já a análise dos dados, terá a participação da McMaster University, do Canadá.

Na Unesc, o estudo será desenvolvido no Laboratório de Psiquiatria Translacional da Unesc por uma equipe multiprofissional, formada por estudantes e profissionais das áreas de Biomedicina, Enfermagem, Biologia, Psiquiatria e Psicologia, todos ligados aos PPGCS e ainda com contribuição dos participantes do Programa de Residência Multiprofissional da Universidade.

A investigação científica foi contemplada pelo CNPq com recursos que incluíram bolsas de apoio técnico, de iniciação científica e de estudos. A pesquisa ainda foi contemplada pelo edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Santa Catarina (Fapesc) com duas bolsas de pós-doutorado.

Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

27 de agosto de 2020 às 10:14
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Unesc tem projetos de pesquisa para o enfrentamento da Covid-19 contemplados em edital do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações

Unesc tem projetos de pesquisa para o enfrentamento da Covid-19 contemplados em edital do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações
Estudos serão realizados pela Unesc e instituições parceiras nacionais e internacionais (Foto: Divulgação) Mais imagens

A semana tem sido de ótimas notícias para a Unesc e a região. Após figurar entre as melhores universidades da América Latina, na lista da revista inglesa Times Higher Education (THE), a Universidade teve dois projetos de pesquisa para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e suas consequências contemplados pelo edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Em Santa Catarina, a Unesc é a única Universidade Comunitária com projetos de pesquisa aprovados. Os outros quatro projetos pertencem à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

Mais de 2.200 projetos foram inscritos no edital lançado em abril pelo CNPq. Destes, 90 foram aprovadas pela chamada pública e receberão R$ 45 milhões em recursos para o desenvolvimento dos estudos que terão duração de dois anos. Cinquenta instituições de ensino e pesquisa foram contempladas. No Sul do país, 11 projetos foram aprovados, sendo seis de Santa Catarina, três do Paraná e dois do Rio Grande do Sul.

Em Santa Catarina, os integrantes dos grupos de pesquisa poderão ainda ser beneficiados com bolsas de pós-doutorado ou mestrado, oferecidas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Santa Catarina (Fapesc), por meio de edital a ser lançado na sequência.

Na Unesc, os projetos de pesquisa liderados pelos professores doutores vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS), Gislaine Zilli Réus e Felipe Dal Pizzol estão entre os selecionados para receber os recursos para o desenvolvimento de ações que colaborem com o enfrentamento da pandemia. Os estudos são multicêntricos, ou seja, terão a Universidade como principal local, mas ocorrerão em parceria com instituições brasileiras e internacionais. 

A reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, recebeu a notícia com muito entusiasmo. Ela, que também fará parte da equipe de pesquisadores em um dos estudos, afirma que o resultado do edital confirma a excelência da Unesc também quando o assunto é pesquisa e colabora para reforçar o posicionamento dela como uma instituição inovadora. “A Unesc acabou de completar 52 anos e recebe mais este importante fomento para o desenvolvimento de pesquisas de excelência e cujos resultados contribuirão muito com a vida das pessoas. É fruto de muito trabalho e uma construção coletiva. Neste momento de pandemia, a Instituição assumiu mais uma vez o protagonismo na região, estando ao lado do setor produtivo, do setor público e da comunidade, com diversas ações. Agora, vai colaborar ainda mais, com novas pesquisas para o enfrentamento da Covid-19. O momento é de grandes desafios, mas também de oportunidade de colocar o conhecimento que produzimos, a favor da vida”, afirma.

As propostas aprovadas pelo CNPq contemplam sete linhas de pesquisa: tratamentos; vacina; diagnóstico; patogênese e história natural da doença; carga da doença; atenção à saúde e prevenção e controle.

Dados científicos auxiliarão profissionais de saúde

O projeto “Estudo prospectivo e multicêntrico dos fatores preditivos de mortalidade hospitalar e carga de doença da Síndrome Respiratória Aguda Grave”, liderado pelo professor da Unesc Felipe Dal Pizzol, se enquadra dentro da linha de pesquisa carga da doença, e terá a participação de pesquisadores e profissionais de diversas instituições: Hospital São José e da Unimed, de Criciúma; Hospital Nereu Ramos e Hospital Universitário (HU), de Florianópolis; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); Hospital das Clínicas, de Porto Alegre; Universidade da Região de Joinville (Univille); Hospital Regional de Joiville e Universidade Alto Vale do Rio do Peixe (Uniarp), de Caçador.

A ideia é, segundo o Dal Pizzol, acompanhar pessoas com Covid-19 tanto durante a internação hospitalar até 1 ano após, avaliar a mortalidade e as consequências da doença, como incapacidade pulmonar, neurocognitiva e conexões do sistema nervoso central. “Vamos analisar informações dos pacientes antes de passaram pela UTI durante o período de internação e fazer um sequenciamento completo do RNA De leucócitos, além de proteínas relacionadas com imunidade e coagulação”, afirma o pesquisador.

O estudo será desenvolvido com um grupo de 300 pacientes internados na UTI – 50 pessoas já estão sendo monitoradas – e os pesquisadores irão calcular também os dias de vida de cada paciente que foram perdidos por conta do vírus. “Além de levantar dados científicos para fins acadêmicos, o projeto irá desenvolver um aplicativo com as informações mais relevantes para o Sistema Único de Saúde (SUS), colaborando assim com o trabalho dos profissionais da saúde pública no enfrentamento da doença”.

A pesquisa ainda irá fazer um comparativo entre pacientes com Sars-CoV-2 e com Síndrome Respiratória Aguda Grave, para verificar semelhanças e diferenças, como o grau de letalidade e sequelas.

Avaliação de transtornos mentais

O estudo que será liderado pela professora Gislaine Zilli Réus “Investigação de marcadores neuroinflamatórios e de dano neuronal e suas relações com transtornos neuropsiquiátricos em sujeitos positivos para Covid-19” está enquadrado na linha de pesquisa carga da doença e irá abordar os transtornos neuropsiquiátricos como depressão causadas pela pandemia. O estudo será realizado pela Unesc em parceria com a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS). “Isso só vem a fortalecer o posicionamento da nossa Universidade como protagonista também na produção científica. Estamos muito felizes pelo resultado do edital e por poder colaborar com a saúde da população, especialmente neste período tão difícil. Esse destaque que temos também é fruto do investimento da Instituição em pesquisa. Para mim que estou na Unesc desde a graduação, o gosto é ainda mais especial”.

Gislaine explica que a pesquisa será um caso-controle em que os casos serão pessoas sintomáticas e assintomáticas positivas para Covid-19 e os controles serão indivíduos negativos para o coronavírus. Para isso, serão aplicadas escalas para avaliação da presença de estresse, depressão, ansiedade e transtornos do sono. Além disso, será investigado perifericamente marcadores de dano neuronal, bem como de inflamação, dano mitocondrial e microbiota intestinal, os quais também se relacionam com inflamação. Será correlacionado esses marcadores com a ocorrência dos transtornos psiquiátricos.

A avaliação dos marcadores terá a parceria da MCGill Univesity, de Montreal, no Canadá, The University of Texas Health Science Center at Houston, nos Estados Unidos e McMaster University, do Canadá.

“Os resultados da pesquisa poderão trazer o entendimento de como o vírus afeta o sistema nervoso central, além de identificar a presença de transtornos que já são por si um problema de saúde pública. As correlações entre os escores de transtornos e a expressão de marcadores biológicos serão também relevantes, tanto para subsídio dos serviços de saúde, quanto para elencar novos estudos que apontem para possíveis tratamentos”, explica.

A professora da Unesc conta que o estudo será desenvolvido no Laboratório de Psiquiatria Translacional por uma equipe multiprofissional, formada por estudantes e profissionais das áreas de Biomedicina, Enfermagem, Psiquiatria e Psicologia, todos ligados aos PPGCS e ainda com contribuição dos residentes.

Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

09 de julho de 2020 às 11:07
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