PPGCS - Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde

Fórum de Pesquisa oportuniza debate sobre o universo da ciência na Unesc

Fórum de Pesquisa oportuniza debate sobre o universo da ciência na Unesc
Evento reuniu pesquisadores, professores e acadêmicos nesta quarta-feira (24/05) (Fotos: Mayara Cardoso) Mais imagens

O universo da pesquisa e suas oportunidades na Unesc foram esmiuçados na tarde desta quarta-feira (24/05) em encontro com pesquisadores, professores e estudantes da Universidade no Fórum de Pesquisa da Instituição. O evento oportunizou o debate em torno da temática, assim como a elaboração de propostas de aprimoramento das políticas da Instituição.

O objetivo do convite aos colegas, de reestabelecer um diálogo presencial após dois anos de contatos majoritariamente feito de maneira remota, conforme a diretora de Pesquisa e Pós-Graduação da Unesc, Patrícia de Aguiar Amaral, foi de extrema valia. “Temos na Pesquisa um caminho desafiador que traz muita experiência e aprendizado. É um longo caminho a ser percorrido”, comentou.

A atenção da Diretoria, de acordo com a professora, tem se voltado ao aprimoramento dos processos de pesquisa, ciente das mudanças e consequentes desafios trazidos pela Graduação Multi. “Temos trabalhado intensamente nesse sentido especialmente neste ano tendo em vista a necessidade de integrar ainda mais a pesquisa de forma orgânica e sistemática nos cursos a partir da nova proposta de ensino-aprendizagem. O Fórum de hoje tem esse objetivo: unir forças e conhecimentos neste trabalho”, aponta Patrícia.

O resultado mais importante do encontro, conforme a reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, é o diálogo aberto com o grupo. “Dialogar com a comunidade acadêmica, seja com estudantes que estão iniciando ou pesquisadores que já estão em nível de complexidade maior, se torna absolutamente necessário. O encontro de hoje nos convoca a refletir sobre todas as nossas políticas institucionais, estabelecendo os novos caminhos que temos que assumir diante do cenário que nos envolve especialmente pós-pandemia”, salientou.

A produção de ciência em discussão no Fórum, de acordo com a reitora, se faz todos os dias em diferentes lugares, na sala de aula, nos laboratórios e no dia a dia dos trabalhos dos pesquisadores em diferentes dimensões. “Todos os envolvidos, portanto, tem papel fundamental no processo de produção científica e, desta forma, devem participar da reflexão sobre quais caminhos devemos tomar”, acrescentou.

Ao longo do encontro, dividido em três momentos, comandados por Patrícia e pelas assessoras da Diretoria, Merisandra Cortes de Matos Garcia e Giovana Salvaro, os participantes puderam registrar perguntas e sugestões para a gestão universitária e diretoria.

Nesta quinta-feira (26/05) a Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação reúne os professores permanentes dos Programas de Pós-Graduação para mais uma tarde de discussões, desta vez voltado à detalhamentos sobre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), qualificação de publicações, publicação de resultados, mais detalhes sobre questões de internacionalização dos Programas, entre outros assuntos, também com espaço para questionamentos e sugestões. O encontro acontecerá no Auditório Edson Rodrigues, no Bloco P,  a partir das 13h30.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

25 de maio de 2022 às 18:39
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Egresso compartilha experiências sobre pós-doutorado na Austrália

Egresso compartilha experiências sobre pós-doutorado na Austrália
Roger Varela atua no Queensland Brain Institute (Foto: Samira Valvassori/ Reprodução) Mais imagens

A experiência do egresso do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da Unesc Roger Varela serviu de inspiração para colegas pesquisadores da Universidade nesta sexta-feira (1/4). Em passagem pela região, Roger participou de atividades com a equipe do Programa, compartilhando informações úteis sobre as oportunidades de pesquisa do exterior e vivências possibilitadas nestes anos de estudos na Austrália e nos Estados Unidos.

A bagagem colecionada por meio do estudo fora do país, conforme o pesquisador, é imensurável. “Indico a todos que tentem viabilizar a participação em um doutorado sanduíche ou as opções nas quais todo a pesquisa é feita no exterior. A experiência pessoal e profissional que ganhamos nesses desafios é muito significativa”, destacou.

As possibilidades de bolsas, conforme o profissional, dividem-se entre as de fomento nacional ou internacional, tendo trâmites diferentes para cada uma delas. “O importante é buscar contatos com professores e orientadores para que auxiliem nessa rede que eles já conquistaram pelo mundo. Isso faz toda a diferença”, salientou.

Entre as sugestões deixadas aos colegas, Roger recomendou dedicação integral ao trabalho durante o tempo de intercâmbio, além do estudo da língua inglesa. “Trabalhem muito. Foi no que apostei. Me dediquei ao máximo, mesmo sabendo das possibilidades de conhecer mais o país e fazer turismo. Fiquei horas e horas no laboratório, consegui produzir muito e foi isso que me abriu portas. Pensem que esse período deve ser dedicado de corpo e alma à pesquisa. Vale a pena”, completou.

Para Samira Valvassori, pós-doutora e orientadora de Roger enquanto mestrando e doutorando, recebe-lo para o compartilhamento de experiências é um grande orgulho. “Que honra tê-lo conosco e podermos ouvir de perto aquilo que vem vivendo e aprendendo na Austrália. Esse é um exemplo de sucesso daqueles que fazem nosso trabalho como professores e incentivadores da pesquisa valerem ainda mais a pena”, comenta.

Roger integra o Queensland Brain Institute (QBI), laboratório que estuda a neuromodulação funcional e terapêutica na cidade de Brisbane, capital de Queensland.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

01 de abril de 2022 às 15:25
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Webinar discute abordagens, pesquisas e vivências em torno do espectro autista

Webinar discute abordagens, pesquisas e vivências em torno do espectro autista
Evento virtual foi promovido pelo Laboratório de Pesquisa em Autismo e Neurodesenvolvimento da Unesc (Reprodução) Mais imagens

O que há de mais atual nas abordagens multidisciplinares no acompanhamento de pessoas dentro do espectro esteve em pauta na noite desta quarta-feira (30/3) no terceiro Webinar “Autismo – Fazendo sentido em meio ao caos”, promovido pelo Laboratório de Pesquisa em Autismo e Neurodesenvolvimento (Land) da Unesc.

O encontro reuniu profissionais e acadêmicos das mais diferentes áreas com foco na aprendizagem em torno do atendimento aos pacientes com transtorno do espectro autista. Entre os convidados a compartilhar conhecimentos científicos dentro da pauta estiveram a psicóloga e neurocientista Mayra Gaiato, o neuropediatra Marcelo Masruha e influenciadora Daniela Sales, uma das grandes produtoras de conteúdo sobre o autismo do ponto de vista do próprio paciente.

A Análise de Comportamento Aplicada e estratégias naturalistas utilizadas com eficiência no acompanhamento de pacientes, a teoria sobre os mecanismos causadores do autismo o olhar do paciente e seus desejos diante de um mundo caótico foram apresentados pelos painelistas, convidados ainda a responder questionamentos enviados pelos espectadores da noite.

De acordo com a coordenadora do Land, Cinara Ludvig Gonçalves, o encontro realizado na semana na qual é celebrado o Dia de Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (1º/4), é preparado com muito carinho como forma de contribuição da academia. “Aqui nós reunimos todos os esforços científicos para entender um pouco mais sobre o autismo e a melhor forma de atender e diagnosticar os casos”, frisou, apresentando ainda as pesquisas desenvolvidas pelo Laboratório dentro da temática.

Abordagem naturalista entre os temas

Entre os destaques da noite esteve a apresentação da psicóloga e neurocientista, que levantou o debate sobre a mudança no conhecimento sobre as formas de abordagem dos pacientes ao longo dos anos. “As questões sensoriais foram deixadas de lado em busca de resultados palpáveis e visíveis em crianças com comunicação não verbal ou dificuldade de expressar essas sensações. Agora essas crianças do passado já são adultos e podem, melhor do que ninguém, nos falar sobre isso. São pessoas que desenvolveram repertórios importantíssimos de socialização, de comunicação e até acadêmicos, mas que trazem traumas e consequências emocionais pelo fato de as sensações terem sido desconsideradas na aplicação de programas”, destacou Mayra.

Conforme a pesquisadora, já é indiscutível a eficácia dos métodos baseados na ciência da Análise de Comportamento Aplicada. “São as abordagens que têm os melhores resultados na ampliação de repertórios adequados e na redução de comportamentos e situações que podem ser entendidos como aqueles que trazem sofrimento para a criança e para a família. É oferecer o vínculo humanizado proporcionando estímulos, que vão ajudar no aprendizado, mas de forma agradável para quem aplica e para quem recebe. O primeiro passo das estratégias naturalistas é olhar para essa criança de verdade, valorizando e entendendo o que ela gosta”, afirmou.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

30 de março de 2022 às 21:46
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Professor da Unesc entre os finalistas do Prêmio Inovação Catarinense

Professor da Unesc entre os finalistas do Prêmio Inovação Catarinense
Paulo Cesar Lock Silveira concorre na categoria Agente de Inovação (Fotos: Divulgação) Mais imagens

A qualidade do corpo docente da Unesc coloca a Universidade mais uma vez em um patamar de destaque quando o assunto é pesquisa. O professor doutor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) e do curso de Fisioterapia, Paulo Cesar Lock Silveira, está entre os finalistas do Prêmio Inovação Catarinense “Professor Caspar Erich Stemmer”, edição 2020, concedido pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). Silveira concorre na categoria “Agente da Inovação”, que leva em conta a carreira do pesquisador e a conversão da produção científica em benefício da sociedade.

A solenidade na qual será anunciada a colocação de cada finalista ocorrerá em evento com data a ser definida pela Fapesc. O Prêmio Inovação Catarinense reconhece estudantes, professores, pesquisadores, instituições, empresas e inventores independentes.

Graduado em Fisioterapia pela Unesc, Silveira iniciou sua trajetória na ciência ainda enquanto acadêmico. Deu continuidade durante o Mestrado em Ciências da Saúde na Instituição e no Doutorado em Bioquímica na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professor da Unesc desde 2014, Silveira desenvolve pesquisas sobre o uso de agentes eletrofísicos associados à nanotecnologia no tratamento de feridas e queimaduras.  Em janeiro de 2019, foi criada a Regenera - Tratamento Avançado de Feridas, uma startup que disponibiliza a atuação do fisioterapeuta em lesões de pele, acelerando o processo de reparo tecidual, utilizando aparelhos da fisioterapia, como laser e correntes elétricas.

“Desde 2001 venho estudando os mecanismos bioquímicos e moleculares envolvidos na cicatrização de feridas e os efeitos desses equipamentos nesse processo. Ao longo dos anos desenvolvi um método que associa esses aparelhos respeitando a resposta celular da pele lesionada e em 2017, tive a oportunidade de aplicar em humanos, no Ambulatório de Feridas da Unesc. Em 2018, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, publicou um acórdão habilitando o fisioterapeuta a tratar feridas e queimaduras. Em janeiro de 2019, criamos a Regenera, que atua em clínicas, hospitais e presta serviços para o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Amrec (Cisamrec)”, conta.

Atualmente, a Regenera faz parte das startups da incubadora da Unesc, onde recebe orientação de profissionais para o seu desenvolvimento. “Esta indicação ao prêmio é fruto de todo o apoio que a Unesc me deu, desde aluno de Iniciação Científica até na fase de incubação da startup. Este é um prêmio que reconhece a carreira do pesquisador e o que a sua produção beneficiou à população catarinense. Ser indicado entre tantos cientistas com uma trajetória grandiosa é uma honra. Coroa todo tempo dedicado à pesquisa e à inovação para criar uma tecnologia que possa contribuir com a sociedade”, ressalta o professor, lembrando que além da Unesc, o estudo conta com o apoio de outros pesquisadores do Centro Universitário da Fundação Hermínio Ometto (Uniararas) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Ecossistema de inovação colabora com desenvolvimento do projeto

No caminho para fazer a sua pesquisa ser ampliada e dela, nascer uma startup, Silveira contou com o apoio do ecossistema de inovação criado pela Unesc e que envolve ações para a comunidade interna e externa. O gerente de Inovação e Empreendedorismo da Unesc, Paulo Priante, conta que o projeto da Regenera está passando por um período de incubação, no qual recebe mentoria de professores e profissionais ligados à Agência de Inovação da Unesc (Aditt).

Na incubadora da Universidade, a Regenera já teve orientação em aspectos como a estruturação da empresa, no desenvolvimento de visão de mercado, na modelagem do negócio, nas conexões e na abordagem de vendas. Agora, a startup se prepara para a próxima fase a aceleração do negócio.  “Para a Agência de Inovação e para a incubadora da Unesc é muito gratificante estar colaborando para a transformação de uma pesquisa em algo empreendedor e que vai beneficiar a sociedade”, afirma. 

Novas oportunidades ao fisioterapeuta

Especialmente durante a pandemia de Covid-19, a fisioterapia tem ganho amplo reconhecimento como essencial para o tratamento de saúde. Além do papel fundamental que este profissional passou a ter nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), cuidando da parte respiratória dos pacientes afetados pela doença, o fisioterapeuta passou a também colaborar no tratamento de lesões na pele em decorrência da posição que o paciente precisa ficar na cama, para facilitar a respiração.

“Além das áreas de atuação tradicionais, atualmente a fisioterapia vem ganhando espaço em outras áreas da medicina mostrando sua importância na reabilitação desses pacientes, vindo complementar a atuação e o conceito de multidisciplinaridade da saúde”, afirma Silveira. Segundo ele, o profissional pode colaborar com o enfermeiro no tratamento de lesões da pele, como feridas vasculares, diabéticas, traumáticas, oncológicas e queimaduras.

Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

23 de fevereiro de 2021 às 11:10
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Pesquisa da Unesc e da UFFS para avaliação dos transtornos psiquiátricos relacionados à Covid-19 inicia em Chapecó

Pesquisa da Unesc e da UFFS para avaliação dos transtornos psiquiátricos relacionados à Covid-19 inicia em Chapecó
Pesquisadores da Unesc estão no Oeste do Estado para realizar treinamento da equipe local (Fotos: Divulgação) Mais imagens

O estudo realizado pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) para avaliar a saúde mental da população, decorrente da pandemia da Covid-19, realizou na última semana mais uma importante etapa. Participantes da pesquisa pela universidade de Criciúma estiveram em Chapecó até a última sexta-feira (29/1) para realizar o treinamento da equipe da UFFS. O cronograma de atividades prevê ainda a realização de um piloto com coleta de amostras e entrevistas e a avaliação dos resultados para possíveis ajustes.  

A coordenadora geral do projeto de pesquisa e professora doutora do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da Unesc, Gislaine Zilli Réus, conta que o aluno do doutorado em Ciências da Saúde da Unesc, Airam Barbosa de Moura e a biomédica Laura Araújo Borba, são os responsáveis por este treinamento. “Em Chapecó, o Airam e a Laura estão capacitando a equipe da UFFS na parte de coleta de dados e processamento de amostras para que tudo que fizemos aqui fique também igual lá. Os pesquisadores da UFFS já têm experiência prévia com pesquisa em humanos, mas nesse caso com a Covid-19 a parceria é conosco e queremos garantir que os protocolos fiquem iguais, já que se trata de um estudo multicêntrico”, explica.

Na última semana, a pesquisa iniciou oficialmente a etapa 1 em Chapecó. Gislaine explica que neste momento o estudo envolverá pessoas que foram infectadas há até seis semanas pelo vírus Sars-CoV-2. Além disso, haverá a participação de casos controles, ou seja, indivíduos sem a doença.

Em Criciúma, a pesquisa está na fase final de coleta de dados da etapa 1. Ainda haverá as coletas das etapas 2 e 3 (6 meses e 1 ano após o paciente ter o diagnóstico de Covid-19, respectivamente). Até o momento, 225 voluntários participaram da pesquisa, que iniciará a sua segunda etapa no Sul catarinense no mês de março. “Os dados de Criciúma já estão sendo tabulados e em março teremos os primeiros resultados. A conclusão total da pesquisa, em Criciúma, pretendemos para agosto, um ano após o início do estudo”, revela.

Entenda a pesquisa

O estudo aplica escalas para avaliação da presença de estresse, depressão, ansiedade, transtornos do sono e aspectos cognitivos. Além disso, é investigado perifericamente marcadores de dano neuronal, bem como de inflamação, dano mitocondrial e microbiota intestinal, os quais também se relacionam com inflamação. Esses marcadores serão correlacionados com a ocorrência de transtornos psiquiátricos.

Os participantes da pesquisa terão contato com profissionais das universidades que realizarão as entrevistas, aplicarão as escalas e coletarão o sangue (que servirá para análise da correlação do vírus com os transtornos mentais). Também haverá coleta de fezes para avaliar a microbiota intestinal e correlacionar os resultados com os transtornos psiquiátricos. “A ideia é usar várias escalas para avaliar pontos como depressão e ansiedade. A nossa hipótese é que o cenário da pandemia vai alterar de alguma maneira o cérebro, possivelmente a memória, o sono, o grau de ansiedade e estresse e até gerar depressão, não apenas em quem teve a doença”, afirma Gislaine.

Parceria para fazer mais

O estudo “Investigação de marcadores neuroinflamatórios e de dano neuronal e suas relações com transtornos neuropsiquiátricos em sujeitos positivos para Covid-19” foi contemplado pelo edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), para incentivo ao desenvolvimento de ações de enfrentamento à pandemia. Enquadrado na linha de pesquisa carga da doença, além de Gislaine, o estudo tem a contribuição da professora doutora, pesquisadora e reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta.

Na UFFS, a equipe de pesquisa é liderada pela professora doutora Zuleide Maria Ignácio. Segundo ela, já neste início das atividades, o estudo está recebendo um apoio expressivo dos moradores de Chapecó, que estão espontaneamente se voluntariando para participar. As coletas são realizadas no campus e no Hospital Regional do Oeste, que por meio da parceria com a universidade, permite que os pesquisadores tenham acesso aos pacientes com Covid-19 que foram internados.

Em Chapecó, a estimativa do grupo de pesquisa é de fazer a coleta de dados e material de pelo menos 60 pessoas que tiveram diagnóstico de Covid-19 no período entre quatro a seis semanas e 100 pessoas que não foram infectadas pelo SARS-COV-2. “Não só as pessoas que contraíram o vírus podem ter danos à saúde mental. O contexto da pandemia trouxe medo, preocupação e isolamento, o que pode gerar um estresse bem grande nas pessoas e esse cenário também pode desencadear problemas”.

Segundo Zuleide, a pesquisa tem uma grande importância para a sociedade, uma vez que os seus resultados devem contribuir com profissionais de saúde e gestores da área, no planejamento e execução de ações. Além disso, os resultados desta pesquisa contribuirão de forma relevante para o avanço da ciência, no sentido de desvendar as ações do vírus e da Pandemia na saúde mental da população e possibilitar estudos sobre estratégias de intervenções terapêuticas.  Para ela, o estudo é positivo também para a instituição e para os alunos e profissionais envolvidos. A professora salienta ainda os benefícios do trabalho conjunto para que a pesquisa possa ter proporções maiores.

“Em ciência, a parceria é fundamental. Unidas, as instituições conseguem fazer mais e melhor e esta pesquisa é prova disso. É o resultado de várias frentes de trabalho com um objetivo em comum”, salienta.

Protagonismo em ações de enfrentamento da pandemia no Sul 


A reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, que também integra a equipe do projeto, lembra que desde o início da pandemia, a Universidade esteve à frente e como parceira de diversas ações com foco no combate à pandemia. Segundo ela, este momento evidenciou ainda mais a importância da ciência para a humanidade e a Unesc, mais uma vez mostrou protagonismo ao desenvolver diversos estudos, como este em parceria com a UFFS.

“Utilizamos a ciência em favor da vida e os resultados desta pesquisa serão valiosos para apoiar decisões nas políticas públicas e estabelecer novos alvos terapêuticos. Como reitora, estou orgulhosa de nossa Universidade, mas enquanto pesquisadora tenho plena certeza de que nosso grupo está produzindo ciência de excelência e contribuindo com a manutenção da vida”.

Ampliando o conhecimento


Para o aluno do doutorado em Ciências da Saúde da Unesc, Airam Barbosa de Moura, que está em Chapecó à frente do treinamento sobre protocolos de biossegurança, coletas, codificação de amostras, entrevistas, participar deste estudo multicêntrico está sendo uma grande experiência.

Moura é egresso do curso de Biomedicina da Unesc e conta que a pesquisa faz parte de seu doutorado e que esteve envolvido nela desde a sua concepção. “A pesquisa está sendo fantástica tanto para o meu enriquecimento profissional quanto pessoal. Estou aprendendo muito e conhecendo outros pesquisadores. Sou encantado pela pesquisa e estou muito realizado. Desde a graduação quis estudar virologia e agora estou tendo a oportunidade de juntar duas paixões em um só trabalho: a psiquiatria e o estudo de vírus”.

Participação internacional


Além da Unesc e da UFFS, a pesquisa tem a participação de instituições de outros países. A avaliação dos marcadores biológicos é realizada com a parceria da MCGill Univesity, de Montreal, no Canadá e The University of Texas Health Science Center at Houston, nos Estados Unidos. Já a análise dos dados, terá a participação da McMaster University, do Canadá.

Na Unesc, o estudo é desenvolvido no Laboratório de Psiquiatria Translacional por uma equipe multiprofissional, formada por estudantes e profissionais das áreas de Biomedicina, Enfermagem, Biologia, Psiquiatria e Psicologia, todos ligados aos PPGCS e ainda com contribuição dos participantes do Programa de Residência Multiprofissional da Universidade.

Na UFFS, a pesquisa é realizada com a participação de estudantes dos cursos de Medicina e Enfermagem e psicólogos, enfermeiros psiquiátricos, psiquiatras, farmacêuticos, bioquímicos e biólogos ligados à Instituição. A pesquisa conta com o apoio logístico na estrutura, tanto da Reitoria da UFFS quanto da Direção do Campus Chapecó. A UFFS conta ainda com a colaboração da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) e da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), que possuem professores de Psicologia e de Enfermagem na área de saúde mental na equipe do estudo.

A investigação científica foi contemplada pelo CNPq com recursos que incluíram bolsas de apoio técnico, de iniciação científica e de estudos. A pesquisa ainda foi contemplada pelo edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Santa Catarina (Fapesc) com duas bolsas de pós-doutorado.

Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

01 de fevereiro de 2021 às 09:04
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