PPGCS - Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde

Webinar discute abordagens, pesquisas e vivências em torno do espectro autista

Webinar discute abordagens, pesquisas e vivências em torno do espectro autista
Evento virtual foi promovido pelo Laboratório de Pesquisa em Autismo e Neurodesenvolvimento da Unesc (Reprodução) Mais imagens

O que há de mais atual nas abordagens multidisciplinares no acompanhamento de pessoas dentro do espectro esteve em pauta na noite desta quarta-feira (30/3) no terceiro Webinar “Autismo – Fazendo sentido em meio ao caos”, promovido pelo Laboratório de Pesquisa em Autismo e Neurodesenvolvimento (Land) da Unesc.

O encontro reuniu profissionais e acadêmicos das mais diferentes áreas com foco na aprendizagem em torno do atendimento aos pacientes com transtorno do espectro autista. Entre os convidados a compartilhar conhecimentos científicos dentro da pauta estiveram a psicóloga e neurocientista Mayra Gaiato, o neuropediatra Marcelo Masruha e influenciadora Daniela Sales, uma das grandes produtoras de conteúdo sobre o autismo do ponto de vista do próprio paciente.

A Análise de Comportamento Aplicada e estratégias naturalistas utilizadas com eficiência no acompanhamento de pacientes, a teoria sobre os mecanismos causadores do autismo o olhar do paciente e seus desejos diante de um mundo caótico foram apresentados pelos painelistas, convidados ainda a responder questionamentos enviados pelos espectadores da noite.

De acordo com a coordenadora do Land, Cinara Ludvig Gonçalves, o encontro realizado na semana na qual é celebrado o Dia de Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (1º/4), é preparado com muito carinho como forma de contribuição da academia. “Aqui nós reunimos todos os esforços científicos para entender um pouco mais sobre o autismo e a melhor forma de atender e diagnosticar os casos”, frisou, apresentando ainda as pesquisas desenvolvidas pelo Laboratório dentro da temática.

Abordagem naturalista entre os temas

Entre os destaques da noite esteve a apresentação da psicóloga e neurocientista, que levantou o debate sobre a mudança no conhecimento sobre as formas de abordagem dos pacientes ao longo dos anos. “As questões sensoriais foram deixadas de lado em busca de resultados palpáveis e visíveis em crianças com comunicação não verbal ou dificuldade de expressar essas sensações. Agora essas crianças do passado já são adultos e podem, melhor do que ninguém, nos falar sobre isso. São pessoas que desenvolveram repertórios importantíssimos de socialização, de comunicação e até acadêmicos, mas que trazem traumas e consequências emocionais pelo fato de as sensações terem sido desconsideradas na aplicação de programas”, destacou Mayra.

Conforme a pesquisadora, já é indiscutível a eficácia dos métodos baseados na ciência da Análise de Comportamento Aplicada. “São as abordagens que têm os melhores resultados na ampliação de repertórios adequados e na redução de comportamentos e situações que podem ser entendidos como aqueles que trazem sofrimento para a criança e para a família. É oferecer o vínculo humanizado proporcionando estímulos, que vão ajudar no aprendizado, mas de forma agradável para quem aplica e para quem recebe. O primeiro passo das estratégias naturalistas é olhar para essa criança de verdade, valorizando e entendendo o que ela gosta”, afirmou.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

30 de março de 2022 às 21:46
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No Dia do Transtorno Bipolar, pesquisadora da Unesc fala sobre a importância do diagnóstico e do tratamento

No Dia do Transtorno Bipolar, pesquisadora da Unesc fala sobre a importância do diagnóstico e do tratamento
A professora faz parte do Grupo de Pesquisa de Transtorno Bipolar, do Laboratório de Psiquiatria Translacional da Unesc (Fotos: Daniela Savi/AgeCom) Mais imagens

Marcado por alterações de humor, que se oscilam entre episódios de depressão e hipomania e ou mania, o Transtorno Bipolar acomete entre 1% a 2% de pessoas em todo o mundo, o equivalente a 140 milhões de pessoas, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), e é um dos transtornos mentais mais graves existentes. Por isso, no Dia Mundial do Transtorno Bipolar lembrado nesta quarta-feira (30/03) a professora doutora Samira Valvassori, que coordena o Grupo de Pesquisa em Transtorno Bipolar, do Laboratório de Psiquiatria Translacional, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da Unesc, fala sobre a importância de estimular a busca pelo tratamento, minimizando os efeitos do transtorno e promovendo o equilíbrio emocional.

A pesquisadora conta que o transtorno acomete tanto homens quanto mulheres e pode se manifestar especialmente na virada da adolescência para a idade adulta com gatilhos ou primeiros episódios. Conforme ela, o transtorno é caracterizado por mudanças importantes no humor nas quais o paciente experimenta oscilações de humor, que giram em torno de episódios de mania e depressão. Às vezes ocorrem estados mistos quando o paciente apresenta no mesmo dia, mania e depressão. A mania se caracteriza pela euforia, hiperatividade, grandiosidade, por gastos excessivos e por comportamentos de risco. Já a depressão se caracteriza pela falta de prazer, tristeza profunda, perda de sono e outros sintomas. “É importante ressaltar que para marcar o diagnóstico, essas alterações de humor precisam ser importantes o suficiente para prejudicar a vida social do indivíduo, o trabalho ou o convívio familiar”, pontua.

Segundo Samira, a causa exata do transtorno bipolar não é conhecida. O que se tem são hipóteses. “Acredita-se que o desenvolvimento dessa condição médica seja influenciado por uma combinação de fatores, como genética, hábitos de vida e meio ambiente. Entretanto, supõe-se também que nem toda a pessoa que tem o substrato genético vá desenvolver a condição e que o meio ambiente vá contribuir para o desenvolvimento”, analisa.

A professora doutora ressalta ainda a importância da ajuda de profissionais para o diagnóstico e tratamento permitindo que ele tenha uma vida normal. Portanto, o diagnóstico é feito por meio de entrevista clínica com psiquiatra e o tratamento conta com medicamentos que atuam como estabilizadores do humor, impedindo que haja novos episódios de humor. O tratamento deve também contar com terapia com psicólogo que, dentre outras coisas, ajuda o paciente a entender quando terá novos episódios de humor, como funcionam as medicações e a importância do tratamento.

Além do tratamento com psiquiatra e psicólogo, profissionais da área da Educação Física e Nutrição também devem ser incluídos na equipe multiprofissional para o tratamento do Transtorno Bipolar. Estudos mostram que mudanças no estilo de vida, como o fim do consumo de substâncias psicoativas, como cafeína, anfetaminas, álcool e drogas, o desenvolvimento de hábitos saudáveis de alimentação e de sono e a redução dos níveis de estresse ajudam substancialmente no tratamento.

Diagnóstico precoce

De acordo com Samira, o diagnóstico precoce é importante para prevenir a deterioração física e cognitiva associado ao transtorno, além de melhorar a qualidade de vida da pessoa. “Estudos mostram que existe uma progressão da doença, o que acarreta no agravamento dos episódios de humor”, analisa Samira, observando ainda que o preconceito está entre as principais dificuldades enfrentadas pelas pessoas portadoras de transtorno bipolar.

Conforme ela, o sonho de qualquer pesquisador é descobrir um diagnóstico mais efetivo. “Atualmente, temos a entrevista clínica. Entretanto, não existe um exame laboratorial para o diagnóstico da bipolaridade, mas, para descobrirmos precisamos saber quais as alterações fisiopatológicas específicas acontecem nessa condição clínica. A esperança é que a cada dia que passa estamos evoluindo nas pesquisas”, projeta.

Pesquisa em Criciúma

Atuando há 20 anos na pesquisa pré-clínica com animais experimentais e na pesquisa clínica com pacientes, o grupo, o primeiro no mundo que conseguiu desenvolver um modelo animal de transtorno bipolar, em que um mesmo animal apresenta comportamentos do tipo depressivos e do tipo maníaco, visa entender aspectos da fisiopatologia do transtorno e testar novos fármacos. “Na parte pré-clínica buscamos testar substâncias com potencial estabilizador de humor. Já com pacientes, buscamos entender como as alterações a nível celular e comportamental se interligam”, afirma Samira.

A professora explica ainda que o grupo composto por professores e alunos de mestrado, doutorado e de iniciação científica, está fazendo um mapeamento nas Unidades de Saúde do Município de Criciúma, nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e nas clínicas particulares da cidade com a intenção de avaliar o número de pessoas com transtorno bipolar na cidade. “Essa pesquisa deve ficar pronta no início do próximo ano e vai auxiliar no diagnóstico e no tratamento, o que é muito importante e fundamental para a população”, finaliza.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

30 de março de 2022 às 08:28
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Unesc integra diretoria da ADVB Santa Catarina

Unesc integra diretoria da ADVB Santa Catarina
Fotos: Mayara Cardoso/Agecom/Unesc Mais imagens

Em mais uma ação que demonstra a importância da Unesc em nível estadual e a presença da Instituição no ecossistema do desenvolvimento, a Universidade passa a ocupar cadeira na diretoria da Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil em Santa Catarina (ADVB SC). A diretoria da Associação tomou posse na noite desta segunda-feira (07/03), tendo a pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Unesc, Gisele Coelho Lopes, entre os empossados.

A presidência da ADVB passa a estar sob comando do também criciumense Claiton Pacheco. A diretoria que estará ao seu lado é comporta por 40 lideranças do setor, divididas em sete regiões: Grande Florianópolis, Litoral, Meio-Oeste, Norte, Oeste, Sul, Vale do Itajaí e Serra.

Para Gisele, integrar o grupo de grandes profissionais da área é uma honra, em especial por representar a Universidade e seus princípios. “Estaremos a frente da diretoria de Desenvolvimento Socioeconômico, uma área que faz parte parte também da missão da nossa Unesc. Estamos muito felizes por integrar ainda mais de perto esse ecossistema, contribuindo com nossa experiência e aprendendo com os colegas e suas vivências”, destacou.

O grupo trabalhará a frente da ADVB no biênio 2022/2023.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

08 de março de 2022 às 08:34
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