PPGCA - Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais

Livro publicado pela EdiUnesc levará história do projeto Geoparque para dez mil crianças

Livro publicado pela EdiUnesc levará história do projeto Geoparque para dez mil crianças
Material em formato de quadrinhos, intitulado “Turma do Geoparquito em: sonhando com um Geoparque no Sul do Brasil”, foi lançado oficialmente nesta sexta-feira (28/2) (Fotos: Mayara Cardoso) Mais imagens

Em um livro em forma de quadrinhos, ilustrado, colorido, de linguagem acessível e muito atrativo, a Unesc e o Consórcio Intermunicipal Caminhos dos Cânions do Sul levarão a história do projeto Geoparque para dez mil crianças da rede pública de ensino nos sete municípios que compõe o grupo. O material, intitulado “Turma do Geoparquito em: sonhando com um Geoparque no Sul do Brasil”, foi lançado de forma oficial nesta sexta-feira (28/2) no auditório da Prefeitura de Praia Grande na presença de autoridades e professores com a assinatura do termo de cooperação entre a Unesc e o consórcio para ações educacionais em torno no projeto.

A autoria da história, cheia de informação científica contada de forma acessível, é dos professores Nilzo Ivo Ladwig (Laboratório de Planejamento e Gestão Territorial) e Juliano Bitencourt Campos (Laboratório de Arqueologia Pedro Ignácio Schmitz), do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), da Unesc, e de Jucélia Tramontin Dalpiás, professora da rede estadual de ensino de Praia Grande. Já a ilustração do material ficou por conta do acadêmico do curso de Artes Visuais da Unesc, Eduardo Pioner Peixoto. O objetivo dos estudiosos ao preparar o material ao longo de três anos foi apresentar para as crianças e, logo, suas famílias, o Projeto “Geoparque Caminho dos Cânions do Sul” e enaltecer a sua importância para a região e para o país, fazendo com que a própria região reconheça e se orgulhe do patrimônio que possui.

A viabilização da publicação que evidencia todos esses recursos por meio da EdiUnesc, conforme o coordenador do eixo de educação do projeto Geoparque, Fabiano Souza, é o primeiro passo de tudo aquilo que é vislumbrado para o futuro. “Vamos fazer de tudo para que a gente consiga cada vez mais levar o projeto adiante através do Geoparquito. É ele que vai nos acompanhar nesta jornada e, esperamos, em outras que estão por vir”, acrescenta. O lançamento do gibi faz parte do movimento de consolidação da região como ponto turístico e para o reconhecimento do local como o segundo geoparque pela Unesco.

Conforme Juliano, um dos autores que também atua como coordenador do Laboratório de Arqueologia Pedro Ignácio Schmitz (LAPIS), a ação feita em parceria traz benefícios para o Consórcio, para a região e para a Universidade, que se aproxima ainda mais da região e divide sua expertise em prol do desenvolvimento local.

Representando a reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, o editor-chefe da EdiUnesc, Dimas de Oliveira Estevam, agradeceu a parceria com o Consócio em prol do projeto Geoparque. “A gestão da Universidade tem o propósito de aproximar a Instituição da comunidade e esse é mais uma ação que tem esse objetivo. Ao colaborar com a região, oferecendo informação e conscientização, a Universidade colabora para o fortalecimento do projeto e sua consolidação perante os moradores dos municípios, atores fundamentais em todo o processo”, completou.

Os municípios que fazem parte do projeto são Jacinto Machado, Morro Grande, Praia Grande, Timbé do Sul, em Santa Catarina, e Cambará do Sul, Mampituba e Torres, no Rio Grande do Sul. Prefeitos, secretários de educação e representantes estiveram na solenidade e receberam simbolicamente edições do gibi que serão encaminhadas para todas as crianças da rede pública dentro dos projetos de ensino de cada uma das séries.

A obra está disponível para download gratuito na página da EdiUnesc. O objetivo é que o conteúdo seja compartilhado ao maior número de pessoas possível, divulgando, assim, as riquezas do projeto Geoparque.

Mayara Cardoso - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

28 de fevereiro de 2020 às 16:30
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Defesa Pública de Dissertação - Caroline Magagnin Zocche

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais convida a comunidade acadêmica para a Defesa Pública de Dissertação abaixo relacionada:

Mestranda: CAROLINE MAGAGNIN ZOCCHE
Título: “As Paleotocas das Encostas da Serra do Extremo Sul de Santa Catarina”.


COMISSÃO EXAMINADORA
Membros Titulares:
Prof. Dr. Juliano Bitencourt Campos (Presidente e Orientador)
Prof. Dr. Nilzo Ivo Ladwig (UNESC)
Prof. Dr. Renato Pereira Lopes (Membro Externo - FURG)
Membro Suplente:
Prof. Dr. Fernando Carvalho

Data: 21/02/2020
Horário: 13h30min
Local: Bloco P Sala 201

Resumo: Paleotocas são icnofósseis do tipo Domichnia que representam estruturas de moradia temporária ou permanentes de paleovertebrados, por meio das quais são obtidas informações sobre o organismo escavador e seu ambiente de vida. Considerando que as paleotocas representam um tema ainda recente na comunidade científica, este estudo teve por objetivo contextualizar a paisagem atual de ocorrência das paleotocas nas encostas da Serra Geral no município de Morro Grande, sul de Santa Catarina, bem como, caracterizar morfologicamente as superfícies internas das estruturas, visando o seu conhecimento e conservação. A prospecção das paleotocas se deu por meio de pesquisa bibliográfica e do contato com a Diretoria de Turismo da Prefeitura de Morro Grande. Toda paleotoca visitada teve suas coordenadas geográficas registradas com aparelho GPS para posterior lançamento em mapa georreferenciado em ambiente SIG. Com base nos pontos cotados, lançados sobre fotografias aéreas, foi produzido o Modelo Digital do Terreno sobre o qual foram lançadas as coordenadas geográficas das paleotocas. Como caraterísticas externas foram observadas a formação geológica, geomorfologia, litologia, cobertura vegetal, cota altimétrica, número de entradas e de saídas da estrutura e situação em relação a obstrução e estabilidade, altura, largura e azimute magnético da entrada e da saída. Na parte interna foi registrado o número de túneis, comprimento total de cada túnel, altura, largura e azimute dos túneis, medidos a intervalos de 5,0 m, tipo de rocha, presença de marcas biogênicas, marcas antrópicas pré-coloniais e contemporâneas, de fungos e de animais. Os dados coletados em campo foram lançados no software Autocad Civil (AUTODESK®) para elaboração da planta baixa das paleotocas. A ocorrência de marcas biogênicas, inscrições antrópicas contemporâneas nas paredes e teto das paleotocas foram registradas por meio de fotografias. Foram registradas dez paleotocas em altitudes que variaram de 303 a 445 m, todas escavadas em substrato geológico da Formação Botucatu, cuja formação vegetal é a Floresta Ombrófila Densa Submontana secundária. Cinquenta por cento dos icnofósseis registradas são formados por apenas um túnel, 20% por dois túneis, 20% por três túneis, e 10% por um conjunto de sete túneis. A altura dos túneis variou de 0,22 m a 5,80 m, a largura variou de 0,50 m a 4,30 m, enquanto que a extensão variou de 5,0 m a 60 m. Predominou a orientação da entrada do túnel para o sudoeste (n = 7) e o eixo de orientação geral dos túneis no sentido sudoeste-nordeste (n = 4). Dois tipos de marcas foram registrados nas paredes e teto das paleotocas, marcas biogênicas atribuídas a escavação animal, e antrópicas contemporâneas representadas por grafismos de nomes e datas. Em praticamente todos os túneis das estruturas foi registrada a presença de fungos, artrópodes, anfíbios, aves e de mamíferos. As dimensões das estruturas registradas permitem concluir que se tratam de paleotocas, conforme descrito na literatura. A utilização das paleotocas para turismo deve ser feito com cautela, pois a presença de fungos, de animais peçonhentos assim como o fato de as estruturas biogênicas terem sido escavadas em época com clima mais seco, são riscos iminentes aos visitantes.

Palavras-chave: Icnofóssil, Domichnia, Pleistoceno, Xenarthros, Marcas.

Por: Michele Ribeiro 20 de fevereiro de 2020 às 10:41
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Defesa Pública de Dissertação - Luana da Silva Biz

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais convida a comunidade acadêmica para a Defesa Pública de Dissertação abaixo relacionada:

Mestranda: LUANA DA SILVA BIZ
Título: “Interação entre ectoparasitos (Diptera: Streblidae e Nycteribiidae) e morcegos (Mammalia: Chiroptera) em ambiente de Mata Atlântica no sul de Santa Catarina”.

COMISSÃO EXAMINADORA
Membros Titulares:
Prof. Dr. Fernando Carvalho (Presidente e Orientador)
Prof. Dr. Jairo José Zocche (UNESC)
Prof. Dr. Sérgio Luiz Althoff (Membro Externo - FURB)
Membro Suplente:
Profa. Dra. Birgit Harter-Marques


Data: 21/02/2020
Horário: 09h
Local: Bloco P Sala 107

Resumo: Interações ecológicas são encontradas ao longo de toda a biodiversidade, influenciando direta e/ou indiretamente no comportamento dos organismos. Essas relações podem se tornar especialistas, como várias associações entre parasitos e hospedeiros. Dentro deste grupo, a Ordem Diptera comporta duas famílias de ectoparasitos exclusivos de morcegos, Streblidae e Nycteribiidae. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo principal, analisar a interação entre ectoparasitos (Diptera: Streblidae e Nycteribiidae) e morcegos (Mammalia: Chiroptera) em ambiente de Mata Atlântica, no sul de Santa Catarina. O estudo foi realizado em quatro áreas sendo duas em ambiente predominantemente natural, e duas em ambiente antrópico. Foram realizadas campanhas mensais, com duas noites de amostragem em cada área. Foram instaladas oito redes de neblinas que permaneciam abertas em média de seis horas após o início do crepúsculo. Para os morcegos capturados era realizada a biometria e coleta manual dos ectoparasitos. Foram capturados 1.220 morcegos, dos quais 363 estavam parasitados. As espécies mais abundantes foram Sturnira lilium (N = 377) e Artibeus lituratus (N = 361). Dos ectoparasitos, foram coletados 642 indivíduos, destes Paratrichobius longicrus (N = 205) e Megistopoda proxima (N = 151) foram os mais abundantes. Foram encontradas 34 interações entre os grupos, Artibeus fimbriatus (N = 6 spp.) e Sturnira lilium (N = 6 spp.) apresentaram a maior riqueza de ectoparasitos. Para os índices parasitários Carollia perpicillata comportou a maior prevalência geral (P = 55,70%). Foram também identificadas infracomunidades (N = 15), diferentes espécies de ectoparasitos sobre o mesmo indivíduo hospedeiro. Na comparação entre os ambientes, de forma geral, a variação temporal apresentou dois picos de prevalência no ambiente predominantemente antrópico, nos meses de janeiro e junho (Z = 64,623; p < 0,001), diferente do ambiente predominantemente natural que foi igualmente distribuída ao longo dos meses (Z = 0,401; p = 0,670). Sturnira lilium apresentou maior prevalência de ectoparasitos no ambiente predominantemente antrópico (X² = 4,401; p = 0,049). A fauna de ectoparasitos na porção Sul do Brasil segue o padrão de outras áreas do país, mas com diminuição da riqueza à medida que se distancia dos trópicos. Característica que pode ser explicada principalmente pela especificidade do grupo sobre os hospedeiros, visto que os morcegos também apresentam esse padrão de distribuição. A fragmentação dos ambientes naturais vem aumentando cada vez mais, e isto pode gerar reflexos na ecologia e dinâmica de vida dos seres vivos, o que mostra a maior prevalência de ectoparasitos em morcegos em áreas menos conservadas. Estudar as interações e a funcionalidade delas é de extrema importância para a conservação das espécies. Visto que nos tempos atuais a fragmentação ocorre de forma acelerada, levando a perda da biodiversidade.

Palavras-chave: Biodiversidade, Mata Atlântica, parasitismo, moscas hematófagas, quirópteros.

Por: Michele Ribeiro 20 de fevereiro de 2020 às 10:39
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Defesa Pública de Dissertação - Grasiele de Costa Scarduelli


O Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais convida a comunidade acadêmica para a Defesa Pública de Dissertação abaixo relacionada:

Mestranda: GRASIELE DE COSTA SCARDUELLI
Título: “A PRAÇA, PAISAGEM URBANA E SEUS PROCESSOS DE IDENTIDADE: UM ESTUDO SOBRE A PRAÇA NEREU RAMOS- CRICIÚMA/SC”.


COMISSÃO EXAMINADORA
Membros Titulares:
Profa. Dra. Teresinha Maria Gonçalves (Presidente e Orientadora)
Profa. Dra. Viviane Kraieski de Assunção (UNESC)
Profa. Dra. Maíra Longhnotti Felippe (Membro Externo - UFSC)
Membro Suplente:
Prof. Dr. Guilherme Alves Elias


Data: 20/02/2020
Horário: 14h
Local: Bloco O Sala 03

Resumo: Qual a importância de preservarmos a história da cidade no sentido de fomentar o sentimento de pertença, a identidade de lugar e as relações socioculturais? O espaço urbano como característica singular de cada cidade está atrelado à união da forma do espaço com o uso da população, variando de acordo com o tempo e cultura. A construção dos processos de identidade é realizada pelas relações sociais e pelas interações entre o sujeito e seu ambiente construído. Dentro do contexto urbano, as praças são consideradas locais de importância vital para as cidades. O presente estudo possui como tema o espaço público e suas relações de urbanidade. Possui como objeto de pesquisa a Praça Nereu Ramos, considerada a materialização viva de toda a história da população Criciumense. A reflexão proposta possui como objetivo investigar o processo de apropriação e identidade de lugar da população de Criciúma/SC quanto a importância da preservação dos espaços públicos e paisagem urbana da Praça Nereu Ramos. O estudo possui uma abordagem qualitativa, numa perspectiva da pesquisa social de caráter investigativo, através do reconhecimento da praça como um espaço público. A coleta de dados foi realizada pelas técnicas de observação simples, entrevista semiestruturada e inventário fotográfico, e analisadas pelas técnicas de análise dos conteúdos e conceitos chaves. Tudo isso pela importância em entender os espaços públicos como resultados de um produto social de uma sociedade específica. A interpretação dos dados possibilitou entender a importância da preservação dos patrimônios culturais e suas relações com a paisagem urbana na área central da cidade, analisando a consciência da população criciumense quanto á sua contribuição para manutenção da identidade e memória cultural, concluindo até que ponto os espaços públicos contribuem para a valorização da vida das cidades. Os principais resultados foram: identificação do processo de apropriação do espaço e construção da identidade de lugar, o conhecimento histórico da cidade de Criciúma materializado no inventário fotográfico tendo como ponto central e foco a Praça Nereu Ramos como marco fundador da cidade, o entendimento da Praça como espaço público e o processo de transformação da paisagem urbana pelo crescimento, evolução e transformação da Praça.

Palavras-chave: Espaço Público. Percepção Ambiental. Lugar antropológico. Praça Nereu Ramos.

Por: Michele Ribeiro 20 de fevereiro de 2020 às 10:36
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