História

Atividades de programas de incentivo à formação de novos professores iniciam na Unesc

Atividades de programas de incentivo à formação de novos professores iniciam na Unesc
Alunos de Licenciatura vivenciarão experiências em escolas (Fotos: Mayara Cardoso) Mais imagens

Os estudantes dos cursos de Licenciatura da Unesc têm a oportunidade de vivenciar o cotidiano do professor ainda durante o período em que estão na Universidade. Por meio dos programas de incentivo à formação de novos docentes Pibid (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) e Residência Pedagógica, os acadêmicos vão até escolas da região onde interagem com professores e alunos, vivenciam os desafios e as alegrias da docência e recebem bolsas de estudo para desenvolverem as atividades. Os programas oferecem bolsas também para os professores das escolas que irão supervisionar as atividades.

Nesta semana, o grupo de alunos dos cursos de Artes Visuais, Ciências Biológicas, Educação Física, Geografia, História, Letras, Matemática e Pedagogia de cada programa iniciou as atividades com um encontro na Unesc. O cronograma prevê, além da ida às escolas, encontros regulares com professores da Instituição, nos quais os acadêmicos irão repassar as experiências, tirar dúvidas e receber orientações.

Pibid e Residência Pedagógica são programas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), fundação vinculada ao Ministério da Educação. Na Unesc, os programas são desenvolvidos pela Diretoria de Ensino de Graduação e serão desenvolvidos por 18 meses. Estão envolvidos nestes dois projetos escolas de sete municípios das regiões de Criciúma e Araranguá.

Segundo o diretor de Ensino de Graduação da Unesc, Marcelo Feldhaus, serão mais de 250 bolsistas nos dois programas que, além de realizar atividades de relevância em seu processo de formação docente, têm uma política de permanência nos cursos de graduação com o recebimento de bolsas de estudo. “O Pibid e o Residência Pedagógica são programas que certamente aproximarão nosso acadêmico com a cultura da escola em suas diferentes dimensões, dentro e fora da sala de aula. São experiências formativas que se constituem como um importante espaço de formação inicial (acadêmicos das Licenciaturas) como de formação continuada (professores das escolas campo e da Unesc)”, afirma Feldhaus.

Pibid

O Pibid existe na Unesc desde 2012 e é voltado para estudantes de Licenciatura que tenham completado no máximo 50% do curso. “O objetivo é que se possa oportunizar melhor comunicação e compreensão da dimensão teórica e dos limites e possibilidades de reelaboração contínua da prática docente no cotidiano das escolas, proporcionando momentos de reflexão e de valorização do magistério. Pretende-se, ainda, ampliar o diálogo com mais escolas da região, oportunizando aos docentes condições de realizar avaliações periódicas de suas práticas pedagógicas”, afirma um dos coordenadores institucionais do Pibid, Jéferson Luís de Azeredo.

A aluna da quarta fase do curso de Artes Visuais, Francine Nazário da Silva, faz parte do grupo de estudantes que vai agregar conhecimento para a sua formação por meio do Pibid e se diz entusiasmada com a possibilidade. “O principal motivo que me fez querer participar não foi a bolsa, mas a oportunidade. Ouvi relatos muito positivos de colegas que já participaram. Eles falavam do Pibid com um brilho diferente nos olhos”, conta Francine. “Vejo no Programa é uma oportunidade de estar do lado de fora, na escola, enquanto ainda estou dentro da Universidade. Terei a possibilidade de trocar experiências e aprender muito, ampliar o meu repertório e meu olhar enquanto estudante e futura professora”, complementa.

Residência Pedagógica

O Residência Pedagógica é a novidade na Unesc e é voltado para acadêmicos que já tiverem cursado 50% ou mais da graduação. Em 2018 o programa do Governo Federal realizará suas primeiras atividades no Brasil com universidades federais e algumas comunitárias – no rol das Universidades Comunitárias, a Unesc foi escolhida na seleção pela nota do CPC (Conceito Preliminar de Curso) e pelo currículo dos professores inscritos para o programa.

Segundo um dos coordenadores institucionais do Residência Pedagógica da Unesc, Aurélia Regina Honorato, o programa quer oportunizar ao estudante a vivência no processo de gestão de sala de aula, estabelecendo a necessária relação teoria/prática na abordagem da realidade escolar. “Ele qualifica a iniciação à docência e é um importante instrumento para a formação de professores”, considera.

Já Isadora da Silva Lemos, acadêmica da sexta fase do curso de Pedagogia, faz parte do primeiro grupo da Residência Pedagógica. A aluna já fez parte do Pibid quando estava nas primeiras fases do curso e gostou tanto da experiência que quando soube do novo programa da Universidade, não pensou duas vezes para se inscrever no processo seletivo. “A oportunidade de colocar em prática o que aprendemos na Universidade é importante para a nossa formação. Minhas expectativas são as melhores possíveis no sentido de aprimorar meu conhecimento e vivenciar experiências agregadoras”.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Milena Spilere Nandi 16 de agosto de 2018 às 12:37
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Feminismo indígena é tema de debate na Unesc

Feminismo indígena é tema de debate na Unesc
Semana de Feminismos é promovida pelo CA de História (Fotos: Vitor Netto) Mais imagens

“Metida não. Empoderada!”. É assim que Ana Roberta Uglõ Patté, índia Xokleng, respondia e responde aos seus irmãos quando a chamam, carinhosamente, de metida. Ana é acadêmica de Direito da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e militante do movimento feminista. Nesta quinta-feira (9/8) ela participou de um debate dentro da programação da Semana de Feminismos Marielle Franco, promovido pelo CA (Centro Acadêmico) do curso de História da Unesc. O evento contou com a participação de professores e acadêmicos de diversos cursos de Licenciatura da Universidade.

O objetivo do encontro foi de abordar e desfazer os paradigmas do movimento feminista dentro da cultura do povo indígena. “Desde pequena eu sempre fui metida, no bom sentido. Sempre envolvida com as causas da aldeia, por isso meus irmãos brincam comigo assim”, comenta. Incentivada pela mãe, Ana saiu da aldeia para estudar em Florianópolis e conheceu o movimento feminista. “Quando você sai da aldeia, você começa a ver as diferenças. Nossa realidade de vida é diferente. Hoje eu sei o que é o feminismo”, acrescenta.

De acordo com ela, o seu interesse não é o de retirar os costumes do povo indígena, mas sim de criar uma nova política feminista indígena. “Eu penso de que forma levar o feminismo sem ferir os usos da minha aldeia, pois lá se tem costumes que não serão modificados, pois fazem parte da cultura daquele lugar”, comenta.

Segundo Ana, alguns hábitos que as mulheres da aldeia praticam são parte histórica daquele povo. “As mulheres da aldeia têm uma política diferente. O machismo que hoje existe lá dentro, veio de fora, veio do homem branco da cidade. É por esse machismo que lutamos contra, pois ele fere com os costumes que os homens indígenas praticam dentro da aldeia”.

Espaço de atuação


A professora do curso de Direito da Unesc Mônica Ovinski de Camargo Cortina, produziu um recente trabalho que trata sobre os direitos das mulheres indígenas. De acordo com ela, atualmente o avanço nessa área tem aumentado. “Não compete a nós tomar a fala das mulheres indígenas, mas temos que dar espaço e fala para elas. Porém, isso de nada vai adiantar se não tivermos pessoas para escutá-las”, enfatiza.

Segundo Ana, a luta das mulheres dentro e fora da aldeia é constante. “Nós temos que além de aprender com a Universidade, ensinar e ter espaço de fala”. De acordo com ela, está ocorrendo um aumento da participação indígena na UFSC, o que seria um reflexo da luta de muitas pessoas por espaço ao povo indígena.

Além de Mônica e Ana, o debate teve a participação da professora do curso de História Michele Gonçalves. 

Semana de Feminismos

Iniciada nesta terça-feira (7/8), o evento tem por objetivo promover o debate do tema entre os acadêmicos. “O número de feminicídios cresce e o feminismo pode parecer um tema batido, mas queremos trazer conhecimento e conscientização para dentro da Universidade. O machismo não vai acabar tão cedo, então precisamos debater, pois ele não afeta só as mulheres, ele afeta a sociedade como um todo”, comenta a presidente do CA, Samira Rampinelli.

Em sua abertura, o evento abordou a temática geral do movimento feminista. Na quarta-feira (8/8), foi o dia de debater o Feminismo Negro. Nesta sexta-feira (10/8) o encontro ocorrerá na sala 1 do Bloco O, às 14 horas e vai debater o Transfeminismo.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

10 de agosto de 2018 às 09:50
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Conquista: Cerimônia marca formatura de 71 acadêmicos da Unesc

Conquista: Cerimônia marca formatura de 71 acadêmicos da Unesc
Momento especial foi vivido entre graduandos, familiares e amigos (Foto Mayara Cardoso) Mais imagens

Na cabeça de cada um dos presentes no auditório Ruy Hülse, na Unesc, na noite desta terça-feira (8/8) certamente passou um filme. Eram 71 graduandos acompanhados de pais, familiares e amigos, todos emocionados por estarem celebrando a conquista da graduação, uma vitória que por tantas vezes envolve toda a família.

Após a cerimônia especial de colação de grau em gabinete a Unesc ganhou de forma oficial novos profissionais das áreas de Artes Visuais Licenciatura, Ciências Biológicas Licenciatura, Ciências Biológicas Bacharelado, Educação Física Licenciatura, Educação Física Bacharelado, Geografia, Licenciatura, História, Letras Habilitação em Língua Portuguesa, Matemática Licenciatura e Pedagogia.

Em sua mensagem aos formandos, o vice-reitor Daniel Preve lembrou que a vida é feita de períodos de fluxo contínuo, mudanças de rota e momentos de ruptura e para marcar esses momentos são realizadas celebrações especiais de ritos de passagem. “Estamos celebrando um desses momentos hoje, dia que marca uma divisão entre a vida de vocês até agora e o que será a partir de agora como profissionais. Agora vocês passam a interferir na sociedade sob uma nova ótica e, ao mesmo tempo, serão responsáveis por suas escolhas e decisões”, destacou.

Sobre as situações que serão enfrentadas daqui em diante Daniel lembrou ainda que jamais deve lhes faltar técnica e ética profissional. “Muito da técnica e da ética vocês aprenderam durante esses anos na Unesc e continuarão apreendendo ao longo da vida. Vocês puderam perceber também que as técnicas, estruturas e equipamentos são apenas meios a serviço do homem e devem estar dispostos unicamente para melhorar a vida das pessoas. Demonstrem isso com gestos e ações em qualquer lugar em que estiverem e honrem sempre o nome da Unesc”, completou.

Aos olhos da mãe Sônia dos Santos, tudo colaborou para que o momento fosse inesquecível. Ela esteve na Unesc para acompanhar a formatura do filho Ronen dos Santos Marcílio, de 28 anos, em Educação Física. Para Ronen, a noite serviu para fechar em grande estilo os momentos vividos na universidade. “Gostei muito da cerimônia e sei que, mesmo sendo mais simples, ela ficará na minha memória como uma recordação de algo muito importante e especial”, comentou.

Quem também viveu uma noite especial em família foi o presidente do DCE (Diretório Central do Estudante), Alexandre Bristot. Além de representar os estudantes entre as autoridades da cerimônia e discursar em nome dos acadêmicos, Alexandre pôde fazer uma homenagem especial em sua fala para a própria mãe, Andreia Josiane Bristot Rocha, formanda do curso de Pedagogia. “Em meu nome e dos meus irmãos registro nosso orgulho e felicidade por nossa mãe, que, assim como muitos de vocês aqui, por muitas vezes abdicou das suas próprias vontades e necessidades para que nós realizássemos nossos sonhos primeiro e hoje está realizando o dela. Estamos muito felizes por isso”, disse.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Mayara Cardoso 08 de agosto de 2018 às 21:53
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