Parque Científico da Unesc faz parceria com a iniciativa Sebraetec
As pequenas empresas e os produtores rurais de 10 municípios da região carbonífera já podem contar com subsídios para a realização de ensaios de qualidade de seus produtos. O Parque Científico e Tecnológico da Unesc (Iparque), se credenciou recentemente ao Sebraetec, um serviço realizado pelo Sebrae para conectar os pequenos negócios a uma rede de prestadores de serviço. O objetivo é promover a melhoria de processos, produtos e serviços e colaborar com a introdução de inovações nos negócios e mercados.
Por meio deste credenciamento, os agricultores familiares e proprietários de pequenas empresas irão receber do Sebraetec um subsídio de 60% para a realização de ensaios nos laboratórios do Instituto de Alimentos (Iali) e Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas (Ipat), vinculados ao Iparque Unesc. Os outros 40% serão custeados pelo solicitante dos ensaios.
A coordenadora dos laboratórios do Ipat e Instituto de Alimentos (Iali), Josiane Ferreira Nagel, afirma que o foco dos testes será em alimentos. “Na região carbonífera temos várias atividades envolvendo alimentos como carnes, pescados, ovos, mel e produtos coloniais e por meio do Sebraetec, conseguiremos ampliar a contribuição dos laboratórios do Ipat e do Iali em auxiliar no controle de qualidade. Esses ensaios e análises com certeza irão colaborar para que tenhamos no comércio alimentos cada vez mais controlados do ponto de vista das questões de boas práticas de higiene e manipulação e com mais qualidade, dando maior segurança ao consumidor”, afirma.
Josiane chama a atenção ainda ao fato de que os ensaios e as análises serão importantes para o desenvolvimento de novos produtos, além de contribuírem com o trabalho de orientação e fiscalização dos órgãos responsáveis, como o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), responsável em cada município por fiscalizar o setor de alimentos. Cada SIM, vinculado à respectiva prefeitura, está integrado ao Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Região Carbonífera (CIM-Amrec), que procura dar suporte aos serviços e articular as demandas de análises na região carbonífera.
Na região, o credenciamento ao Sebraetec vai beneficiar estabelecimentos de Criciúma, Cocal do Sul, Forquilhinha, Içara, Lauro Müller, Morro da Fumaça, Nova Veneza, Orleans, Siderópolis e Urussanga. Neste trabalho, o Iparque Unesc contará com a parceria da Epagri, que identificou 37 iniciativas que podem usufruir do subsídio para a realização de testes e análises.
A Epagri, que desenvolve o apoio técnico na assessoria das agroindústrias familiares, foi a responsável pela aproximação do Sebrae e da Unesc nesta parceria via Sebraetec, para que os empreendedores pudessem receber subsídios de 60% para a realização de análises microbiológicas dos produtos de origem animal.
Segundo o médico veterinário e coordenador do Programa de Gestão de Negócios e Mercados pela Epagri no Sul catarinense, Marcelo Silva Pedroso, a Epagri, que desenvolve o apoio técnico na assessoria das agroindústrias familiares, articulou a parceria entre Sebrae e Unesc para o Sebratec. Ele salienta que todo o trabalho é realizado em conjunto com a Associação dos Municípios da Região Carbonífera, por meio do CIM-Amrec e que foi estabelecida uma parceria entre Unesc e Senai Chapecó para a realização das análise físico-química dos produtos.
“Estes subsídios via Sebraetec são imprescindíveis para a manutenção e desenvolvimento das agroindústrias familiares de produtos de origem animal, pois são fundamentais para a adesão do Consórcio Regional ao Sistema Brasileiro de Inspeção, o que garantirá comércio destes produtos em todo o Território Nacional”, comenta Pedroso.
Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
19 de novembro de 2020 às 08:00Unesc colabora na recuperação ambiental de mais de 140 hectares em Treviso e Siderópolis
O Sul de Santa Catarina teve recentemente, a conclusão das obras de recuperação ambiental de duas áreas degradadas pela mineração que juntas somam mais de 140 hectares. As obras nos espaços, localizados em Treviso e Siderópolis, foram realizadas a partir de estudos e do Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD) elaborados pelo Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas (Ipat) do Parque Científico e Tecnológico da Unesc (Iparque). Os técnicos do Ipat ainda auxiliaram a equipe de Criciúma do Serviço Geológico do Brasil/Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (SGB/CPRM) apoio à fiscalização das obras.
A maior área, com 120 hectares, fica em Treviso. O terreno, localizado no interior do município, começou a receber as obras em 2016. A conclusão se deu no fim de 2019. Já em Siderópolis, a área de 20 hectares localizada em um espaço mais urbanizado, as obras ocorreram em duas etapas: de 2014 a 2016 e de 2019 a setembro de 2020.
O técnico do SGB/CPRM e engenheiro civil, Geovani de Costa, explica que as áreas em Treviso e Siderópolis foram mineradas pela Carbonífera Treviso S/A, e que como se trata de uma massa falida, uma ação civil pública determinou que a União realizasse a execução e fiscalização das obras de recuperação ambiental, uma vez que ela deveria ter fiscalizado a atividade no passado. Por ser área minerada, a ação foi para o Ministério de Minas e Energia (MME) e como o SGB/CPRM já atua na região, o MME entendeu que a gerência da recuperação ficasse conosco”, explica.
A concepção do projeto
O coordenador do Centro de Engenharia e Geoprocessamento (Cegeo) do Ipat, Jóri Ramos, conta que a equipe multidisciplinar envolvida na elaboração do estudo, desenvolvimento do projeto e no assessoramento técnico para a fiscalização das obras é composta por profissionais das engenharias Civil, de Agrimensura, Ambiental e Química, além de Agronomia, Biologia e Geologia.
O Prad elaborado pelo Ipat indicou a utilização de técnicas de bioengenharia para a recuperação das áreas degradadas. Também deu a preferência para utilização de plantas nativas da região, com um mix de espécies de verão e de inverno, para que a área tenha cobertura vegetal o ano todo.
Ramos reforça a importância da entrega destas duas obras para a região Sul de Santa Catarina, uma vez que estas, trazem benefícios socioambientais. “Eram áreas inutilizadas e com potencial degradante muito forte. Com as medidas implementadas, o ambiente se tornou melhor. O cenário da região começa a ser modificado e a Unesc como universidade comunitária, tem também o papel de contribuir nesta reconstrução”, afirma.
O processo indicado pelo Prad foi o de cobertura seca. O coordenador do Cegeo explica que nesta técnica, o estéril que está em contato com as áreas de preservação permanente (APP), como margens dos rios é totalmente retirado. Já no interior do terreno, com a impossibilidade de tirar toda essa camada de resíduos, é realizado o nivelamento da camada de estéril, posteriormente coberto com uma camada de argila para que assim, evite o acesso da água ao material estéril. “Isso impede que o estéril reaja com a água e assim, ela se torne ácida, contaminado as águas subsuperficiais. Na região, a drenagem ácida é o maior problema que temos relacionado ao passivo ambiental da mineração”, explica Ramos
Os estudos indicaram ainda a remodelagem topográfica do terreno permite o disciplinamento das águas de chuvas para os sistemas de drenagem pluvial, contribuindo com a minimização da infiltração da água no sistema. “O desafio em uma área tão grande é fazer com que a água da chuva vá até os cursos hídricos sem ter contato com a camada poluente”.
Técnicas modernizadas
O técnico do SGB/CPRM e engenheiro civil, Geovani de Costa, conta que o processo de recuperação ambiental de áreas degradadas no Sul de Santa Catarina iniciou há 20 anos e ao longo do tempo, as técnicas utilizadas foram melhorando e se modernizando. Segundo ele, as águas subterrâneas são a maior preocupação, uma vez que a drenagem ácida inviabiliza a vida aquática e o uso da água para diversas atividades. “Todo o trabalho é realizado com o objetivo de trazer benefício para a sociedade. Ao falar de recuperação ambiental estamos nos referindo também à qualidade de vida da população que mora no entorno destas áreas”, salienta.
Costa explica que o passo seguinte à conclusão das obras é realizar o monitoramento de cada área por cinco anos, com coletas e análise de água superficial e subterrânea, verificação da regeneração natural da vegetação, e análise do retorno da fauna e flora. Ao final deste período, os resultados das análises das amostras e demais informações serão encaminhadas ao Instituto de Meio Ambiente de Criciúma (IMA-SC) para avaliação. É o órgão quem dá o parecer final sobre a eficácia da recuperação ambiental e a liberação da área para ser devolvida à sociedade. “A modificação do ambiente já é perceptível ainda durante as obras de recuperação. Durante o processo na área do Rio Pio (em Treviso), já conseguimos perceber a melhora na qualidade da água. As análises demonstraram que o pH da água já estava menos ácido que anteriormente”, revela.
Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
06 de novembro de 2020 às 15:49Iparque Unesc entrega plano de recuperação ambiental de área degradada pela mineração em Urussanga
Profissionais do Parque Científico e Tecnológico da Unesc (Iparque) entregaram, no dia 1º de outubro, um importante Plano de Recuperação Ambiental (Prad) para a região. Realizado pelo Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas (Ipat) do Iparque, o plano traz um estudo para a recuperação de uma área de 77 hectares na localidade de Santana, em Urussanga, degradada pela mineração. O documento final foi entregue para a equipe de Criciúma do Serviço Geológico do Brasil/Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (SGB/CPRM), contratante do estudo.
O geólogo do Ipat e coordenador do estudo, Gustavo Simão, explica que o trabalho original foi concluído em 2012 e neste período, ocorreram mudanças de diretrizes e com isso, a necessidade de atualização do estudo. “A nossa equipe multidisciplinar buscou as melhores alternativas para que se atinja a finalidade de um plano que efetivamente traga melhoras ambientais dentro do que é factível para a área degradada pela mineração. Em casos como a desta área é muito difícil reverter a totalidade do dano ambiental e toda a avaliação, estudo e concepção do plano tem o objetivo de melhorar o máximo possível a qualidade da água”, afirma.
Segundo Simão, a finalidade principal do Iparque é conciliar o atendimento à comunidade, a melhoria ambiental da região e a realização de pesquisa e desenvolvimento, assim, a equipe inseriu no plano novas técnicas e visões para esta atualização. “Temos acadêmicos, professores, pesquisadores, mestrandos e doutorandos atuando em nossa equipe e conseguimos entregar um estudo ambiental com um viés executivo. Esta bagagem nos permitiu fazer um plano mais focado na efetividade das ações. Queremos agradecer a parceria do SGB/CPRM na cooperação técnica. Um estudo como este só foi possível por conta desta troca de conhecimento. Ele tem uma experiência muito grande e sempre escutamos muito o que dizem, pois estão no dia a dia da execução”, afirma.
O técnico do SGB/CPRM e fiscal do plano, engenheiro civil Geovani de Costa, comenta que por algumas urgências, o projeto inicial, de 2012, não foi executado e por isso houve a necessidade de atualização do mesmo. Ele explica que a área na localidade de Santana foi minerada na década de 70 pela Carbonífera Treviso, e que uma ação civil pública determinou que a União realizasse a execução e fiscalização da obra de recuperação ambiental, uma vez que ela deveria ter fiscalizado a atividade no passado.
“Como a União não fiscalizou da forma correta na época, passou a ser subsidiaria da ação e se os réus não executarem a recuperação, a União precisaria fazer. Como se trata de uma massa falida, a Justiça determinou que fosse a União a responsável. Por ser área minerada, a ação foi para o Ministério de Minas e Energia (MME) e como o SGB/CPRM já atua na região, o MME entendeu que a gerência da recuperação ficasse conosco”, conta.
O próximo passo, segundo Costa, é encaminhar o Prad para o Instituto de Meio Ambiente de Criciúma (Imasc) para avaliarem. Com a validação do Instituto, uma licitação para contratar a empresa para a execução da obra será realizada – há a possibilidade ainda do Exército Brasileiro atuar nessa parte da realização da obra. “A localidade de Santana é muito atingida pelo passivo da mineração, especialmente os rios. Queremos realmente fazer as obras e que em 10 anos tenhamos melhorias das águas superficiais, devolvendo à população uma melhor qualidade de vida”.
Para o chefe do Núcleo de Apoio do SGB/CPRM de Criciúma, Albert Teixeira Cardoso, este tipo de recuperação é relativamente novo no país e por isso a importância da parceria com uma instituição que pode dar consultoria e também fazer pesquisa. “Desta maneira vamos conversando, pesquisando e descobrindo quais as melhores técnicas para ser empregada de acordo com a realidade local. Acreditamos nisso, que a recuperação das áreas degradadas pela mineração de carvão precisa ser realizada levando em conta as especificidades de cada local”.
A entrega do plano teve ainda a presença de técnicos do Iparque, Sergio Galatto, Tiago Rosso Urbano, Jóri Ramos Pereira e Éder Costa Cechella.
Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
05 de outubro de 2020 às 13:36Iparque realiza treinamento sobre Hidrogeologia e Amostragem de Água Subterrânea
Técnicos do Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas (Ipat) do Parque Científico e Tecnológico (Iparque) da Unesc e do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), concluíram nesta sexta-feira (2/10), o treinamento sobre Hidrogeologia e Amostragem de Água Subterrânea. A capacitação, realizada pelo Iparque, ocorreu em três etapas: duas aulas mediadas por tecnologia com conteúdo teórico, realizadas em setembro, e uma presencial.
A coordenadora dos laboratórios do Ipat e Instituto de Alimentos (Iali), Josiane Ferreira Nagel, comenta que o treinamento teve intuito de reciclar o conhecimento dos técnicos que já atuam no Iparque e capacitar os novos membros da equipe. A responsável pelo Setor de Amostragem dos laboratórios do Ipat, Fernanda Cardoso Silveira, conta que o treinamento incluiu todos os técnicos que atuam em campo, na coleta de material; no laboratório, realizando as análises; os técnicos responsáveis pelo estudo ambiental e os profissionais do IMA.
O geólogo, mestre em Geoquímica e doutorando em Hidrogeologia e Hidroquímica, Gustavo Simão, foi o responsável pelo curso. Ele, que é profissional do Ipat, tem experiência em estudos ambientais incluindo a amostragem de águas subterrâneas e avaliação ambiental de passivos de águas subterrâneas. Simão explica que o curso começou com conceituação básica da temática de água e hidrogeologia, tratando dos tipos de aquífero para depois entrar na temática de poços de monitoramento e técnicas de amostragem de água subterrânea.
Para ele, a capacitação colabora com a manutenção do nível de excelência dos serviços prestados. “Iniciamos tratando do conhecimento de base para entender a água subterrânea e como fazer um poço de monitoramento para ter um resultado correto, que não tenha problema de contaminação cruzada e por último, fomos às diferentes técnicas de amostragem, para a coleta de água e destinação ao laboratório da análise”, conta.
Para o analista ambiental do IMA, Cesar Bussolo, o curso foi muito oportuno para o Instituto, uma vez que os profissionais do IMA se deparam constantemente com demandas fiscalizatórias e análises de poços de monitoramento no processo de licenciamento ambiental, principalmente relativos a processos de mineração e áreas de recuperação ambiental. “O conhecimento do comportamento hidrogeológico é extremamente importante para a melhoria continua do monitoramento ambiental de águas subterrâneas. Ademais, com a disseminação do conhecimento junto aos técnicos pode-se mais facilmente desenvolver uma sistemática para elaboração de relatórios uniformes”, afirma.
A técnica em Controle Ambiental, Nadja Zim Alexandre, afirma que para os profissionais do IMA, que analisam os relatórios, é importante ter um conhecimento mais aprofundado das técnicas de coleta de amostras. “O curso foi ótimo e o conteúdo profundo foi passado de uma maneira de fácil entendimento. Quando recebemos o laudo dos laboratórios, é importante sabermos o que pode acontecer de errado na hora da coleta da amostragem, até porque isso pode dar diferença no resultado da análise”, considera.
O curso finalizado nesta sexta-feira faz parte de um cronograma de capacitações que o Iparque oferece aos seus funcionários e a convidados de órgãos e entidades parceiras.
Milena Nandi – Agência de Comunicação da Unesc
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
02 de outubro de 2020 às 17:38Unesc e Casan discutem esgotamento sanitário catarinense
A Unesc continua abrindo as portas do desenvolvimento para os municípios catarinenses. Desta vez, a universidade se fez presente através do seu Parque Científico e Tecnológico (Iparque). O responsável pelo setor de captação de projetos do Iparque, Tales Antunes, entregou, em reunião nesta terça-feira (17), o portfólio do Iparque para a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).
O encontro abordou diversas pautas benéficas para os municípios da região e de todo o estado. “Foram listadas as necessidades de os municípios estarem realizando a revisão de seus planos de saneamento, conforme a Lei 11.445”, exemplificou Antunes. Também foram abordados os pontos deficitários em esgotamento de Santa Catarina.
Durante a reunião, o Iparque apresentou a revisão dos planos de saneamento dos municípios de Criciúma e Lages que segue desenvolvendo. “Para que os municípios continuem a receber fundos para seus conselhos de saneamento, é imperativo a revisão dos planos de maneira completa e correta”, observou Antunes.
O representante também detalhou viabilidade técnica da Unesc para a confecção de projetos em saneamento, especialmente os de esgotamento sanitário. Estiveram presentes na reunião, a diretora e presidente da Casan, Roberta Maas dos Anjos, a engenheira sanitarista, Anigeli dal Mago e o assessor de Relações Interinstitucionais da Casan, Luiz Henrique Pellegrini.
Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing
Por: Fagner Santos 18 de dezembro de 2019 às 16:20