Psicologia

Criminalização da LGBTfobia é debatida por profissionais do Direito e da Psicologia na Unesc

Criminalização da LGBTfobia é debatida por profissionais do Direito e da Psicologia na Unesc
Evento “Eu me orgulho” trouxe reflexões no Dia Internacional do Orgulho LGBTI+ (Fotos: Milena Nandi) Mais imagens

O 28 de junho marca o Dia Internacional do Orgulho LGBTQI+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer e intersexo), e nesta sexta-feira (28/6), a Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas da Unesc realizou debates e reflexões com especialistas, acadêmicos, professores e representantes de movimentos sociais sobre assuntos como a criminalização da LGBTfobia. O evento “Eu me orgulho” contou ainda com um Sarau Cultural e uma conferência na qual foram levantadas as necessidades dos LGBTQI+ nas áreas de saúde, educação e segurança, para a elaboração de um documento público.

O Escambo de Ideias, que abriu o evento, abordou criminalização da LGBTfobia, com a participação do professor doutor do curso de Direito da Unesc, Jackson da Silva Leal, da psicóloga do Centro de Psicologia Simone de Beauvoir, Cléo Martins e da psicóloga e coordenadora adjunta da Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas da Unesc, Rita de Cássia Guimarães Dagostim.

Leal iniciou a fala abordando o Direito Penal e como as leis e projetos são criados, com foco na criminalização da LGBTfobia. “Criminalização não é política afirmativa é, no máximo, medida paliativa que em geral, vai intensificar o problema. A comunidade LGBT é vista como uma área de desorganização social e sofre preconceito quando vai comunicar um ato de violência. Isso é LGBTfobia institucional, que não vai acabar por conta da criminalização. Coibir a LGBTfobia é uma questão de mudança de mentalidade e compreensão social que não muda apenas com a edição de uma lei”.

Para a psicóloga Cléo, eventos como o desta sexta-feira dão voz a importantes debates como os relacionados aos diversos tipos de violência. “Não queremos apenas que prendam pessoas por demonstrarem seu preconceito, mas sim mudança de estrutura, de valores, de crenças. Não queremos só a penalização, mas queremos poder circular em todos os espaços sem sofrer violência. Queremos viver nossas escolhas e nossa identidade de maneira saudável. Não queremos apenas que aquela pessoa que pratica a violência contra alguém da comunidade seja punida legalmente, mas respeite”.

Escambo de Ideias  

A assistente social e historiadora da equipe da Secretaria de Diversidade, Priscila Schacht Cardozo, explica que o Escambo de Ideias é uma atividade desenvolvida periodicamente com diferentes temas. “Desta vez, trouxemos a criminalização da LGBTfobia sob o olhar do Direito, da Psicologia e da Educação, pauta indispensável para pensar a existência de pessoa que muitas vezes estão à margem de direitos fundamentais e em total estado de vulnerabilidade”, comenta.

A coordenadora adjunta da Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas da Unesc, Rita de Cássia Guimarães Dagostim, afirma que o reconhecimento das diversidades é parte fundamental da construção de uma cultura de paz e que eventos como o “Eu me orgulho” possibilitam o diálogo, a escuta qualificada e a troca de ideias e informações. “A Secretaria é uma construção feita por um coletivo e um desejo de mudança. A Unesc tem a semente de cultura de paz nela”.  

A chefe de gabinete da Reitoria, Gisele Coelho Lopes, enfatizou a importância do evento e da atuação da Secretaria de Diversidades, para criar momentos de reflexão e espaço de escuta na Instituição. “Essa Secretaria tem sido muito importante para nós podermos entender e construir movimentos que vão ao encontro dessas dores que muitas vezes são silenciosas no bastidor de cada um. É importante construirmos essas reflexões para fazer com que as pessoas possam conviver no mesmo espaço e respeitar as diferenças”.

Isonomia para a igualdade

Segundo o coordenador do curso de Direito da Unesc, João Carlos de Medeiros Júnior, a Constituição Federal deixa claro que “somos todos iguais perante a lei”, mas que é preciso observar atentamente o conceito de igualdade. “Se igualdade é tratar todos exatamente da mesma forma, estamos cometendo um absurdo com algo que nos caracteriza como seres humanos, que é o fato de não sermos iguais. Somos semelhantes, mas não iguais. Então, avançamos no conceito e chegamos à isonomia. E para tratar alguém com igualdade, tenho que primeiro compreender e respeitar as diferenças de cada um, e a partir disso eu avanço e vou ter a capacidade de tratar todos de forma isonômica para que se alcance o conceito ideal de igualdade”.

A coordenadora adjunta do curso de Psicologia, Graziela Amboni, comenta que a criação da Secretaria de Diversidades na Unesc, há um ano, tem colaborado com a discussão e realização de ações assertivas. “Esta iniciativa é muito importante e colabora para a Unesc ser uma universidade diferente. Conseguimos falar de assuntos que impactam a vida das pessoas, como o debatido nesse encontro. Ao mesmo tempo em que se fala que o Brasil está avançando em leis para a comunidade LGBT, é o pais que mais mata. Precisamos sim falar da obviedade de que as pessoas precisam ser respeitadas, ter o direito de fazer e viver as suas escolhas, serem olhadas com dignidade e com isonomia”.

A vice-presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Suzel Ramos, falou sobre o curso de segurança pessoal, oferecido pela representação estudantil para mulheres e LGBTs. “O curso vai trabalhar como a gente pode se defender da violência física e da psicológica. A preocupação é com a permanência no ambiente acadêmico de todos e de todas”.

O evento teve ainda a participação da coordenadora da Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas, Janaína Vitório, e do presidente da UNA LGBT, Lucas Gonçalves.

Milena Nandi – Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Milena Spilere Nandi 28 de junho de 2019 às 18:22
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Ação realizada no CRAS Jaqueline

Foi realizado nos dias 13 e 14 de maio, uma ação no CRAS Jaqueline sobre o Dia Mundial de combate ao abuso e exploração infantil juvenil. A iniciativa contou com a presença da professora Cristina Kern e das acadêmicas Diandra e Thyane.

Por: Curso de Psicologia 25 de junho de 2019 às 15:05
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Unesc participa de congresso sobre Direitos Humanos e Saúde Mental em Salvador

Unesc participa de congresso sobre Direitos Humanos e Saúde Mental em Salvador
Profissionais da Universidade trocaram experiências no IV Fórum de Direitos Humanos e Saúde mental (Fotos: Divulgação) Mais imagens

A Unesc esteve representada, de 19 a 23 de junho, no IV Fórum de Direitos Humanos e Saúde Mental, em Salvador, na Bahia. Fizeram parte das discussões propostas no evento, o assessor da diretoria de Extensão, Cultura e Ações Comunitárias, Rafael Amaral, e a coordenadora da Residência em Saúde Mental da Universidade, Dipaula Minotto da Silva, acompanhados ainda de residentes da turma e de uma acadêmica do curso de Psicologia. Em 2019 o evento teve como temática o “Racismo, desigualdades e injustiças sociais”.

Na oportunidade Rafael pôde apresentar aos participantes o projeto Vivercom, que já parte para a terceira edição na Unesc. Além disso, a Universidade foi representada ainda pela residente Andressa da Silveira, que apresentou o trabalho" Avaliação de ansiedade, depressão e declínio cognitivo em cuidadores, do grupo Viver Bem com Alzheimer” e pela residente Gabriela Valerim, que fez a apresentação de sua pesquisa sobre mulheres em tratamento no CAPS AD.

Na visão de Dipaula, a participação dos docentes, residentes de saúde mental e de acadêmicos foi importante no sentido de verificar quais as principais pautas no cenário de saúde mental do país, levando em consideração que o fórum inclui as questões de direitos humanos precedendo as de saúde mental. “Ou seja, o foco é entender a saúde mental na perspectiva coletiva, e não apenas a partir de sintomas e oferta de tratamento de ao indivíduo que sofre, que sim, é muito importante, mas ampliando o escopo de discussões para o que gera sofrimento psíquico a partir das relações sociais”, salienta.

A principal bagagem trazida da Bahia, conforme a coordenadora, foi a troca com trabalhadores, estudantes, gestores, pesquisadores renomados e usuários de serviços de saúde mental do Brasil e da América Latina, que compartilharam suas experiências e mostraram que também há coisas muito ricas na realidade do nosso país.

Para Rafael, participar de um evento de tamanha relevância foi uma grande oportunidade de aprendizado. “Tivemos, ao longo dos dias, uma gratificante troca de experiências. Foi muito bacana poder ver de perto o que as universidades de todo o país têm feito no que diz respeito aos direitos humanos e à saúde mental, além de levar as ações da Unesc para conhecimento também de estudantes, professores e profissionais de todo o país”, destaca.

Mayara Cardoso - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Mayara Cardoso 25 de junho de 2019 às 13:58
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Encontro de capacitação inter setorial com os profissionais da UBS, ESF e CRAS

Setembro é conhecido como o mês de prevenção ao suicídio. Entretanto, todos os meses são importantes para refletir sobre esse tema tão atual na nossa sociedade. Foi pensando nesta demanda que surgiu durante o estágio social na Unidade Básica de Saúde que a acadêmica de psicologia Lauriane Pizzoni articulou, no município de Timbé do Sul, um encontro de capacitação inter setorial com os profissionais da UBS, ESF e CRAS, sendo eles psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitárias e demais profissionais. Este encontro teve a parceria da Secretaria de Saúde de Timbé do Sul, da Residência Multiprofissional em Saúde Mental e Atençao Psicossocial, do Curso de Psicologia e do NUPREVIPS,  com a participação da Psicóloga e residente Patrícia Mariano, da enfermeira e residente Gabriela Valerim e da psicóloga e docente Dipaula Minotto. O encontro ocorreu na tarde do dia 12 de Junho e  teve como objetivo promover um momento de reflexão sobre a importância da prevenção do suicídio, enfatizando a necessidade de uma escuta qualificada e de acolhimento para as vítimas. A partir deste encontro, os 25 participantes puderam compartilhar suas experiências, esclarecer suas dúvidas referente aos mitos que envolvem o suicídio e refletir suas práticas.

Estágio de Psicologia Social - Curso de Psicologia

Por: Curso de Psicologia 17 de junho de 2019 às 10:37
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Ação mobiliza entidades no Dia de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa

A violência contra a pessoa idosa pode acontecer de várias formas, seja por meio da negligência familiar, do poder público ou da sociedade, do abandono, do abuso financeiro ou da violência psicológica, além de, é claro, agressões físicas, que na maioria dos casos não são denunciadas. Buscando conscientizar sobre todos esses tipos de violência, entidades, voluntários, estudantes e professores estiveram mobilizados durante toda a manhã deste sábado (15/06), na Praça Nereu Ramos, de Criciúma.  O evento marcou o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, comemorado na mesma data.

Durante toda a manhã, a Unesc, ao lado destas entidades que integram tanto a rede oficial de atenção, assistência e proteção à pessoa idosa quanto as que realizam trabalhos voluntários, como a OAB e a Pastoral da Pessoa Idosa, fizeram a sua parte na sensibilização deste tema que é cada vez mais recorrente.

Para a reitora da Unesc, Luciane Bisognin Ceretta, esta ação é muito importante, pois reforça o movimento de muitas entidades, com um grande mobilização, permitindo o atendimento de muitas pessoas pelos estudantes e professores. "Os movimentos realizados consolidam o que viemos ressaltando de que a universidade deve estar onde estão as pessoas. É lá que temos que levar nossos conhecimentos, produzindo e plantando nossas sementes, sobretudo, quando o tema é a prevenção da violência contra o idoso e também a promoção da saúde", destacou.

A ação teve atendimentos de saúde, feitos pelos estudantes dos cursos de Medicina, Psicologia, Nutrição, Biomedicina, Odontologia, Fisioterapia, Farmácia e Enfermagem, e repassou informação sobre os vários tipos de violência praticados todos os dias contra a pessoa idosa. “Muitas pessoas acham que só existe violência física, mas temos a grande incidência de violência psicológica, violência social, violência econômica, muitas vezes praticada pela família. Precisamos falar com a sociedade, sensibilizando de forma geral contra esses abusos, conhecer mais o idoso para evitar que essas violências aconteçam”, explica a enfermeira e professora da Unesc, Neiva Junkes Hoepers.

A Unesc realiza o trabalho de atendimento ao idoso nos serviços de saúde das Clínicas Integradas, onde também são realizadas notificações de casos de todos os tipos de violência. “O público com quem trabalhamos é formado por uma porcentagem muito grande de pessoas idosas e semanalmente temos feito notificações de todos os tipos de violências. São casos de abandono, de pessoas que moram sozinhas e são negligenciadas, entre outros. Essas notificações são encaminhadas aos serviços da rede de proteção”, especificamente o Nuprevips (Núcleo de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde), que fica anexo à nossa clínica", explica Neiva.

Para a Diretora de Extensão da Unesc, Fernanda Faustini Sônego, essa ação é muito importante, pois, com isso, a Universidade cumpre a sua missão de educar por meio do ensino, pesquisa e extensão. “A extensão não pode ficar de fora de movimentos como este. Temos projetos que abordam a violência e temos o Nuprevips, que nos auxilia na notificação compulsória destes casos de abusos. Estamos muito felizes com essa grande mobilização de diversos parceiros que hoje estão aqui reunidos”, destaca Fernanda.

A Presidente do Conselho do Idoso, Angela Maria Silva, destaca que a entidade realiza um trabalho constante de conscientização e informação para que os casos de violência sejam denunciados. “Nestas ações, buscamos mostrar para as pessoas o que é uma violência contra o idoso, pois muitas vezes isso acontece em casa e a pessoa que provoca não tem consciência disso". Ela cita também outros aspectos como a violência financeira, emocional e negligenciada. “A própria pessoa idosa muitas vezes se negligencia ou é negligenciada pelo poder público, pela sociedade e pela família. Falta muita conscientização de todas as pessoas quanto a essa situação”, analisa Angela. Segundo a presidente, Criciúma possui uma população idosa com aproximadamente 24 mil pessoas e, até maio de 2019, foram notificados quase 60 casos de violência.

A Subseção da OAB Criciúma também marcou presença na mobilização, alertando sobre os casos de abuso cometidos contra a pessoa idosa e como fazer a denúncia destes casos. A Presidente da Comissão dos Direitos da Pessoa Idosa da OAB Criciúma, Milly Christie Lima, salientou que muitos casos de violência acontecem diariamente, de modo que o idoso é vítima de violações dos seus direitos. Nos casos de denúncias os responsáveis podem ser enquadrados no Estatuto do Idoso, que prevê pena de multa e reclusão.

O Evento contou também com a presença da equipe do Centro de Referência Especializado de Assistência Social – Creas. A presidente, Mariela Paseto, salientou a importância da mobilização e da conscientização sobre os casos de violências, bem como no atendimento, por meio do serviço de proteção à pessoa idosa.

A Pastoral do Idoso de Criciúma também esteve unida ao movimento, distribuindo folders e sensibilizando a população sobre o problema. “Nosso trabalho é levar amor, carinho, ajuda e escutar o idoso”, explica Zuleima Casagrande Perraro, coordenadora da Pastoral na Matriz São José. Com atuação de aproximadamente 100 voluntários capacitados, o grupo realiza visitas para mais de 400 idosos, geralmente acamados ou em situações mais vulneráveis socialmente.

Para denúncias de violência contra a pessoa idosa é possível ligar para o Creas: (48) 3445 8944; para o Conselho Municipal do Idoso: 100; e ainda na Delegacia do Idoso: (48) 3433 2189.


Ana Sofia Schuster - AICOM Unesc

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Ana Sofia Schuster 15 de junho de 2019 às 16:56
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