Nutrição

Presidente do Conselho Nacional de Saúde palestra na Unesc

Presidente do Conselho Nacional de Saúde palestra na Unesc
​Ronald Ferreira abortou o tema “SUS: Perspectivas e desafios em cenário de crise” (Fotos: Mayara Cardoso) Mais imagens

Alunos do Mestrado Profissional em Saúde Coletiva da Unesc, além de acadêmicos dos cursos de Odontologia, Farmácia, Medicina e Nutrição acompanharam na tarde desta quarta-feira (15/8) uma palestra do Presidente do Conselho Nacional de Saúde, Ronald Ferreira. Ele esteve na Universidade e pôde conhecer a estrutura dos cursos de saúde oferecidos na instituição. Em sua fala com os alunos, Ronald levantou o assunto “SUS: Perspectivas e desafios em cenário de crise”.

Conforme o presidente, o principal objetivo da conversa com os alunos foi salientar que a escolha de trabalhar nessa a área da saúde exige muita ciência, muita técnica, mas principalmente muito compromisso político com a vida. “Hoje vivemos um momento de muitos interesses dentro dessa área. Em minha fala procurei elencar alguns dos desafios que estão colocados nessa disputa hoje e qual o esforço estamos fazendo para que o trabalho em saúde tenha, na prática do dia a dia, o compromisso com a vida, especial com o direito à vida e o direito à saúde”, comentou.

Para Ronald, é essencial que as universidades formem profissionais preparados para essa realidade. “Quanto a isso saímos da Unesc com esperança ao ver uma Universidade inserida no seu território, comprometida com a missão de utilizar todo o seu potencial no ensino, na pesquisa e na extensão nessa área especial. É uma Universidade que se preocupa com a sua região e que faz valer o conceito de comunitária ao demonstrar seu compromisso em resolver os problemas de saúde dessa comunidade”, completa.

Apesar de considerar que no Sul do país o Sistema Único de Saúde (SUS) é favorecido, principalmente pelas condições econômicas de desenvolvimento da região, o presidente destaca que o sistema ainda enfrenta sérios problemas e que estes impactam no sofrimento das pessoas, assim como em todo o país. “Entre essas questões podemos pontuar problemas de acesso a especialidades e a procedimentos mais complexos”, acrescenta.

Troca de experiências com o visitante

Conforme a residente e mestranda em Saúde Coletiva e uma das viabilizadoras da vinda de Ronald a Criciúma, Giovana Vito Mondardo, o contato com a liderança nacional foi muito positivo, já que se faz necessário compreender, a nível de Brasil, o cenário que já é visto hoje em Criciúma. “O Ronald é catarinense, farmacêutico, Presidente do Conselho Nacional de Saúde, e tem um entendimento para além do SUS. Ele compreende todo esse contexto político que perpassa pela educação, pela economia, pelas desigualdades sociais que o Brasil vive hoje e que também nisso o SUS tem papel fundamental, agindo nas desigualdades. Ele pôde contribuir muito com o debate”, explicou.

Entre os principais assuntos trazidos pelo palestrante, conforme Giovana, esteve as perspectivadas para o Sistema. “Isso porque para além da situação que a gente vê de desmonte, precisamos ter esperança e compreender que o SUS não é só uma política pública, que ele não pode ser simplesmente tirado e colocado outra coisa no lugar. A gente sabe que hoje o povo brasileiro não vai ter condições de viver em um país sem saúde pública. Precisamos saber como fazer para que no futuro o SUS não seja um mero arcabouço de políticos falando de saúde porque é uma causa sensível, mas, sim, que seja uma causa de objetivo e comprometimento de toda uma sociedade que visa desenvolver o Brasil acima de qualquer coisa”, completou.

A participação da Universidade na troca de experiências com um profissional com tamanha bagagem, para Giovana, é de extrema importância, pois toca em um dos diferenciais da graduação. “A formação, especialmente na área da saúde, precisa ser pautada de forma comprometida com a sociedade. Dentro das salas de aula hoje os cursos da saúde têm migrado para o estímulo à criticidade dos movimentos, dos seres humanos. Quando a gente vai para a prática, percebe que não é como gostaríamos que fosse, mas o que você vai fazer para mudar isso? Porque a crítica pela crítica por si só não vale. Para nós, que fazemos um apanhado do ponto de vista político, é necessário promover formas de viabilizar o SUS de maneira integral, universal e de qualidade e promover esse debate também é fundamental dentro da Academia”, destacou.

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Por: Mayara Cardoso 15 de agosto de 2018 às 19:33
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