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Conferencista da Unisinos aborda tema na abertura da 12ª Semana Acadêmica de Direito

Conferencista da Unisinos aborda tema na abertura da 12ª Semana Acadêmica de Direito
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"O responsável pelo regime de exceção – da exclusão social – na contemporaneidade se oculta nas decisões anônimas do mercado e na burocracia do Estado". A afirmação é do professor doutor Castor Bartolomé Ruiz, da Unisinos, durante a conferência de abertura da Semana Acadêmica do Curso de Direito, na noite de ontem, no auditório Ruy Hülse.

Autor de vários livros, dentre os quais "As Encruzilhadas do Humanismo" (Petrópolis,Vozes, 2006) e "Os Labirintos do Poder" (Escritos, 2004), Castor apresentou o tema "Para os oprimidos, o estado de exceção continua sendo a norma". Em sua abordagem, ele lembrou que a Declaração dos Direitos Humanos e a própria constituição dos Estados Unidos (1750) são formas de reação aos regimes autoritários.

Biopoder

"Entretanto, há um biopoder (poder do corpo) presente nas ditaduras recentes no mundo", destaca Ruiz. Conforme ele, mesmo com o estado de direito na atualidade, o mercado capitalista continua a exercer sua força sobre a população. Constitui-se, então, um período de exceção, no qual o controle minucioso da vida humana suspende o direito do cidadão, num processo considerado natural.

A atividade humana, de acordo com o conferencista, está à mercê de um soberano, determinando o destino das pessoas. "O nazismo surge como um novo direito de exceção total", lembrou. Ruiz destacou ainda que este estado que suprime o direito dos cidadãos é hoje representado pelo mercado, se impõe como uma forma única e necessária, tornando-se soberano.

*Colaboração: professora Iara Almansa Carvalho 09 de setembro de 2008 às 11:32
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