AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Acadêmicas do curso de Engenharia Química concluem graduação na Irlanda

Acadêmicas do curso de Engenharia Química concluem graduação na Irlanda
Por meio de parceria firmada com a Dublin City University, alunas da Unesc têm a oportunidade de realizar seu estágio obrigatório no exterior e abrem portas para a internacionalização do curso Mais imagens

Se conquistar o título de bacharel em Engenharia Química já era um sonho para as jovens Juliane Comin e Karoline Benedet, concluir a graduação em outro país e iniciar uma carreira internacional era algo distante. O que parecia utopia, no entanto, se tornou possível graças a força de vontade de cada uma e a parceria firmada entre a Unesc e a DCU (Dublin City University), da Irlanda. Juliane e Karoline, egressa e acadêmica do curso de Engenharia Química, respectivamente, acumulam muito mais que ensinamentos teóricos e já colocam em prática no novo país aquilo que aprenderam no Brasil, enchendo suas bagagens de novos conhecimentos. Além de mudarem suas vidas pessoais e perspectivas profissionais, as alunas abrem novas possibilidades para que colegas sigam os mesmos passos e ampliem a troca de conhecimento durante o curso a nível internacional.

Juliane, a primeira a enfrentar o desafio no exterior, finalizou sua graduação realizando o estágio obrigatório e o trabalho de conclusão de curso na DCU. Decidida a buscar novas experiências na Irlanda, a aluna viu na mudança de país a oportunidade de buscar uma maior qualificação profissional. Com apoio da Unesc, conforme relata Juliane, foi possível vencer as questões burocráticas e firmar um convênio oficial entre as universidades, que lhe garantisse a validação do fim do curso de graduação. “Fiz diversas tentativas de aproximação com o meio acadêmico na Irlanda, até que tive um retorno positivo. Um professor com especialidade na área me chamou para uma conversa e me aceitou como estagiária para que prestasse serviços no laboratório. Assim, auxiliei em um projeto de pesquisa por meio do estágio”, explica a egressa do curso.

Em constante contato com professores, coordenação e secretaria do curso, a parceria entre as universidades foi firmada e cada um, de sua forma, colaborou para que fosse possível colocar em prática o desejo de finalizar a graduação. “Tive o projeto de pesquisa, no qual fiz um estudo sobre o ponto de fusão de alguns compostos orgânicos e, além disso, o TCC. Tivemos alguns percalços como a questão do fuso horário e o meu horário de trabalho, mas nos organizamos e conseguimos manter contato constante para ao longo dos meses eu ir evoluindo com o trabalho e depois a apresentação”, comenta.

A apresentação do TCC de Juliane foi a primeira na história do curso a ser realizada de forma virtual. Por meio de vídeo conferência, a acadêmica pôde fazer a sua defesa do trabalho de conclusão de curso ao vivo da Irlanda para os três professores que formavam sua banca examinadora, além de seus pais, colegas e colaboradores do curso. “Foi algo bem diferente. No início fiquei bastante nervosa, mas acabou se tornando muito tranquilo para mim. Fiquei muito feliz. Foi um sonho realizado”, garante.

Novo caminho

A possibilidade de realizar um projeto de pesquisa e, paralelamente, o TCC também fará parte da vida de Karoline Benedet. A acadêmica foi para a Irlanda em novembro de 2017 com o objetivo de fazer um curso intensivo de Inglês. “Eu percebia que o mercado no Brasil estava cada vez mais rigoroso e que o segundo idioma era mais que necessário. Foi quando, ainda em 2016, comecei a me planejar para esse intercâmbio, que inicialmente seria mais voltado para o curso de Inglês e por tempo determinado”, lembra Karoline.

Apesar do planejamento, a ideia de Karoline começou a tomar novo rumo quando percebeu as vantagens de morar fora do país. “Pensei bem e vi que as gigantes do mercado farmacêutico estão aqui e que a Irlanda já está sendo considerada o novo Vale do Silício. Estou conhecendo culturas diferentes, tendo uma experiência profissional e de vida que não tem como mensurar. Por que, então, eu não poderia ficar e iniciar uma carreira internacional, não é?! Foi aí que dei entrada em minha documentação para Cidadania Italiana e me regularizei para ficar”, completa.

Atualmente Karoline trabalha em uma empresa que confecciona produtos que imitam seios para mulheres que enfrentaram o câncer de mama. Apesar de já envolver questões de Engenharia Química, seu objetivo é se qualificar para atuar em áreas ainda mais voltadas a sua formação.

Desde a primeira semana de setembro, o trabalho da jovem começou a ser realizado na DCU, onde também utiliza as estruturas de laboratórios para os estudos de seu trabalho de conclusão de curso. A acadêmica está sendo acompanhada pelo professor Maykon Cargnin, coordenador de estágios do curso de engenharia química, e pela professora Maria Alice Prado Cechinel, orientadora do TCC. Para o professor Maykon, que também orientou a primeira experiência internacional realizada pela egressa Juliane Comin, é um grande orgulho ver o bom resultado já obtido nessa parceria. “O professor John F. Gallagher, que está recebendo as alunas na DCU, nos deu um feedback muito positivo sobre o desempenho delas e do próprio curso. Isso nos mostra que estamos no caminho certo e aquilo que estamos debatendo e ensinando aqui está no nível e se destaca lá”, salientou.

Entre os elogios do professor da universidade irlandesa, conforme Maykon, esteve a fala de que Juliane, que já concluiu o curso, estaria entre os melhores alunos da turma irlandesa. “Ele se disse impressionado com o conhecimento dela, com a qualidade da sua formação. Temos a convicção de que esses são apenas os primeiros de muitos contatos que irão se transformar em grandes resultados”, destacou.

Coordenação atenta

Acompanhando orgulhosa a movimentação e os bons frutos colhidos pelas alunas a nível internacional, a coordenadora do curso, Maria Alice Prado Cechinel, têm expectativas ainda maiores para a parceria. “É algo positivo tanto para os acadêmicos quanto para a Universidade, uma vez que leva o nosso nome para a Europa e isso pode nos trazer novas possibilidades de interação internacional. Esperamos que esses sejam apenas alguns de muitos contatos que o processo de internacionalização do curso pode proporcionar aos alunos”, completou.

Os próximos passos da parceria entre Unesc e DCU estão sob comando do coordenador adjunto do curso, Michael Peterson, que também ocupa a função de agente de internacionalização da área das engenharias. “Estamos em constante contato e ele tem grandes expectativas de muito em breve estar na Unesc para aproximar ainda mais nossa parceria”, salientou.

Mayara Cardoso - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

Fonte: AICOM - Assessoria de Imprensa, Comunicação e Marketing

08 de outubro de 2019 às 15:26
Compartilhar Comente

Deixe um comentário