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Emanuela encontrou no México novas formas de lutar pelos Direitos Humanos

Emanuela encontrou no México novas formas de lutar pelos Direitos Humanos
Intercâmbio trouxe experiências transformadoras por meio do curso de Direito (Foto: Mayra Lima) Mais imagens

Ainda adolescente, a estudante Emanuela Caciatori já se interessava por temas políticos e movimentos sociais. Quando se deu conta das inúmeras injustiças que assolam o mundo, o tema “Direitos Humanos” começou a aflorar em sua vida. Foi assim que ela descobriu: esse seria o seu caminho para a transformação da realidade. Em meio a tais questionamentos, Emanuela encontrou no curso de Direito da Unesc sua porta de luta, e sem parar por aí buscou experiências ainda mais transformadoras por meio de um intercâmbio no México.

Emanuela fez duas disciplinas no curso de Direito da UASL (Universidad Autónoma de San Luis Potosí), Sociologia Jurídica e Ciência Política. A universidade escolhida possui um programa específico em direitos humanos. “Eu soube da universidade por meio do meu orientador da iniciação científica, o professor doutor Lucas Machado Fagundes, foi ele quem deu início aos tramites institucionais para realizar o convênio entre as universidades. A partir daí, quando abriu o edital, me inscrevi, fui aprovada, e decidi ir. Além disso, eu sempre tive um interesse pela América Latina, inclusive o recorte geopolítico na minha pesquisa é o cenário latino-americano, então o México foi a opção ideal para mim”, ressaltou a aluna.

Experiências mexicanas


Além de fazer as matérias do curso de Direito da UASL, Emanuela também aturou na Clínica em Direitos Humanos da universidade, um projeto que parte do mestrado em Direitos Humanos da instituição. “Esse projeto foi o que mais me motivou a ir para o México. “Todos os casos selecionados pela Clínica envolvem alguma violação de direitos humanos, então costuma sempre ser algo complexo. Trabalhamos bastante com questões ligadas à imigrantes, com violações de direitos trabalhistas, à uniões homoafetivas, à defesa dos recursos naturais e das populações indígenas e campesinas. Fizemos também algumas saídas de campo com a equipe da Clínica, visitando as pessoas a quem prestávamos auxílio jurídico, para intercambiar conhecimentos e informações relativas aos casos”, relatou Emanuela.

Entre os casos que a aluna atuou, um em especial a marcou durante o intercâmbio. Ela contou que uma empresa tentou instalar um lixão tóxico, de lixo industrial, no subsolo de uma comunidade rural. A ação iria afetar toda a agricultura e os meios de subsistência da população. Alguns integrantes da comunidade perceberam a intenção e passaram a se organizar para impedir a instalação, requerendo auxílio jurídico da universidade.

A Clínica ingressou com ações para impedir a construção e descobriu inclusive documentos com assinaturas falsificadas, ingressando também com uma ação penal. “Até o ponto em que pude acompanhar, as obras estavam suspensas e a comunidade acompanhando o caso de perto. Participamos de uma assembleia comunitária da população sobre o caso e foi uma experiência incrível ver a comunidade organizando-se e resistindo”, ressaltou.

Realizações pessoais e profissionais

Conhecer uma realidade totalmente diferente trouxe à Emanuela grandes ensinamentos em um pequeno espaço de tempo. Segundo ela, o amadurecimento está em primeiro lugar entre as experiências transformadoras. “Perceber que o mundo é muito maior que nosso umbigo nos possibilita encarar a vida e seus desafios com outros olhos. Fui muito bem recebida, fiz muitos amigos do México e também intercambistas de outros países. Também aprendi a me comunicar em outro idioma, falar, escutar, escrever, o que é imensurável enquanto aprendizado para a vida”, comenta a estudante.

Segundo a aluna, quem tiver a oportunidade de fazer um intercâmbio não deve deixar a chance passar. “É uma experiência imensurável e rica em muitos aspectos. O aprendizado extrapola o âmbito acadêmico. Eu optei por trocar a festa de formatura pelo intercâmbio e não me arrependo em nada, pois me agregou muito. É desafiador? É. Às vezes é difícil também, pois temos que aprender a nos virar sozinhos em um país diferente, que tem outro idioma, possui outros costumes”, comenta a aluna.

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

13 de março de 2018 às 17:42
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