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A luta da mulher no mercado de trabalho e na sociedade é tema de debate

A luta da mulher no mercado de trabalho e na sociedade é tema de debate
Mesa redonda contou com diversas mulheres de todas as lutas (Fotos: Mayra Lima) Mais imagens

Enfermeiras, psicólogas, empreendedoras, professoras, conselheiras. O palco do Auditório Ruy Hülse foi preenchido por histórias incríveis de força, batalha e liderança. Mulheres de diversas lutas compuseram uma mesa redonda na noite desta segunda-feira (12/3). O encontro com a temática “Mulheres que fazem história”, trouxe ao debate dificuldades vividas por cada uma delas, sejam negras, com deficiência, transexuais, ou unicamente por serem mulheres. 

A vice-presidente do Núcleo da Mulher empresária, Maria Salete Milanezi, ressaltou a importância de se valorizar e da união feminina. “Temos que aplaudir cada conquista de nossas vidas e sermos sempre as melhores naquilo que fazemos. Além disso, é muito importante nos unirmos na luta do dia a dia com outras mulheres. Não critique outra mulher, nós somos todas iguais e precisamos estar juntas”, comentou. 

A mediação da mesa foi desenvolvida pela jornalista Pity Búrigo. Em meio ao debate, Pity questionou a professora Fernanda Lima, professora, pesquisadora e negra, sobre o que ocorreu com a rede social Instragram, que teve que tirar a plataforma de “Gifs” por problemas relacionados ao racismo. Segundo Fernanda, a raiz do problema vai muito mais além. “A construção do racismo se originou há muito tempo atrás. Após a abolição da escravidão o país nação não deu nenhuma estrutura para os negros realmente serem livres. Foi quando se originou todo o problema. Hoje, a luta segue, e nós precisamos ser fortes”, ressaltou. 

Completando a fala da professora Fernanda, a presidente do Conselho da Mulher de Criciúma, Maria Estela Costa da Silva, comentou sobre o racismo institucional. “Te olham e dizem qual é o teu ligar de direito. Por ser negra, acham que em uma escola não posso ser a professora, mas sim a profissional de serviços gerais. Em criciúma é visível o racismo institucional. Costumo dizer que é um leão por dia”, comentou. 
A psicóloga conselheira tutelar de Siderópolis, Cleo Martins, contou sobre a sua trajetória para se reconhecer como mulher transexual, e a luta não é apenas essa. “Carrego a luta por ser mulher, uma segunda luta por ser mulher negra, e uma terceira por ser transexual. Quantos rótulos em uma única pessoa? Muitos amigos me dizem: Mas o preconceito diminuiu, não diminuiu? E ai eu respondo: Você consegue enxergar a mulher trans em espaços de educação ou no mercado de trabalho? Eu sou igual a elas, apenas tive oportunidades diferentes. Ainda estamos longe”, contou. 

Também participaram do encontro  a juíza Débora Rieger Zanini, a secretária de Saúde de Criciúma, Franciele Lazzarin de Freitas Gava, a chefe de gabinete da reitoria da Unesc, Gisele Coelho Lopes, a conselheira Munivial de Saúde, Rindalta das Graças de Oliveira, a professora da Unesc Giovvana Jacinto Salvaro e a professora aposentada Maria Tereza Rovaris Conti. 

Fonte: Setor de Comunicação Integrada

12 de março de 2018 às 22:32
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